Gravidez ectópica: o que é, quais os sintomas e o que fazer - Pumpkin.pt

Gravidez ectópica: o que é, quais os sintomas e o que fazer

gravidez ectópica - capa

A gravidez ectópica é uma das grandes preocupações das futuras mães assim que sabem que vão ter um bebé. Saiba no artigo o que é, os sintomas e o que fazer.

É com muita emoção que a mulher recebe a novidade de que vai ser mãe. Mas é também nessa altura que surgem muitas dúvidas sobre a gravidez – se o feto está bem, de quanto tempo está e todos os passos e precauções para que tudo corra pelo melhor. No entanto, quando o casal sabe, numa primeira ecografia, que se trata de uma gravidez ectópica são ainda mais as dúvidas, os receios e a ansiedade que paira sobre os futuros pais.

Gravidez Ectópica

O que é?

A gravidez ectópica acontece quando o embrião se desenvolve fora do útero, alojando-se, na maior parte das vezes, nas trompas de Falópio – 95 em cada 100 gravidezes ectópicas-, ou no ovário, abdómen ou no colo do útero.

Na maior parte das vezes, a gravidez ectópica pode não chegar ao seu termo, resultando em aborto espontâneo.

gravidez ectópica - o que é
Fonte: Pexels

Sintomas de uma gravidez ectópica

Apesar de ser em tudo semelhante à gravidez dita normal – nos sintomas: irá sentir enjoos, tensão mamária, cansaço extremo, etc. –, esta gravidez pode provocar um sangramento escuro, algumas cãibras e dores abdominais.

Se o embrião estiver alojado nas trompas de Falópio e estas se romperem, é muito provável sentir:

  • Uma dor muito forte no abdómen ou na pélvis;
  • Dor muito forte aquando da palpação do útero;
  • Vertigens;
  • Tensão baixa;
  • Tonturas;
  • Exame Beta HCG negativo.

Nesse caso, é aconselhável que se desloque de imediato ao hospital mais próximo para ser avaliada por um especialista, tendo em conta que a rutura de uma trompa pode resultar numa grande hemorragia e colocar em risco a vida da mulher.

Fatores de risco

Todas as mulheres sexualmente ativas que possam engravidar correm o risco de desenvolver uma gravidez ectópica. Esse risco pode, no entanto, aumentar se se verificar alguma das situações seguintes:

  • Gravidez ectópica anterior;
  • Inflamação ou infecção das trompas de Falópio;
  • Problemas de fertilidade;
  • Trompas de Falópio com um formato incomum;
  • Idade da mãe igual ou superior a 35 anos;
  • Historial de cirurgia pélvica, abdominal, ou de vários abortos;
  • Concepção auxiliada por medicamentos que visam aumentar a fertilidade;
  • Historial de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs);
  • Uso inadequado do DIU (Dispositivo Intra-Uterino).
    Se for utilizado corretamente, o DIU é um método contracetivo que impede a fecundação do espermatozoide no óvulo da mulher. Contudo, se, mesmo com o dispositivo, ficar grávida é provável que se trate de uma gravidez ectópica;
  • Gravidez após o laqueamento das Trompas de Falópio – apesar de ser raro tal acontecer, se existir uma gravidez após este procedimento médido, a probabilidade de se tratar de uma gravidez ectópica aumenta consideralmente.

Causas

gravidez ectópica - sintomas

É bastante comum que a principal causa para o desenvolvimento de uma gravidez fora do útero (gravidez ectópica) seja algum tipo de dano que tenha ocorrido nas trompas de Falópio. O(s) óvulo(s) fecundado(s) pode ficar por essa zona e desenvolver-se lá.

As trompas podem ser danificadas devido aos seguintes fatores:

  • Tabagismo;
  • Doença inflamatória pélvica – pode surgir através de uma infeção por clamídia ou gonorreia (DSTs);
  • Inflamações e cicatrizes nas trompas de falópio, decorrentes de uma condição médica ou cirurgia anterior;
  • Gravidez ectópica anterior numa trompa de Falópio.

Contudo, nem sempre é fácil identificar qual a causa de uma gravidez fora do útero. Apesar disso, existem algumas indicações que podem ter  uma ligação com o desenvolvimento deste tipo de gravidez. São eles:

  • Fatores hormonais;
  • Anormalidades genéticas;
  • Defeitos congénitas;
  • Condições médicas que afetam a forma e a condição das trompas de falópio, bem como dos órgãos reprodutivos.

Tratamento

Se esta condição for descoberta logo no início da gestação podem são administrados medicamentos que impedem o crescimento do embrião. Depois de realizado o tratamento, há que controlar as hormonas, de forma a garantir que já não há gravidez.

Mas, se a gravidez já estiver numa fase mais avançada os medicamentos não são a solução mais eficaz. Pode haver a necessidade de fazer uma laparoscopia (técnica cirúrgica usada para realizar procedimentos cirúrgicos na cavidade abdominal e pélvis). Neste procedimento, é feita uma incisão no baixo ventre, onde é introduzido um pequeno tubo com câmara para remover o tecido. Dependendo dos danos, pode ser necessário remover a trompa de Falópio.

No caso de rutura da trompa, pode ser necessário uma cirurgia. Por vezes, o tratamento pode levar à perda do órgão reprodutor feminino (útero) e, por conseguinte, à infertilidade. No caso de haver a necessidade de laquear uma uma trompa de Falópio, as probabilidades de engravidar novamente diminuem cerca de 50%, sendo que após a existência de uma gravidez ectópica, há ainda cerca de 15% a 20% de probabilidade de vir a ter outra. Assim sendo, é fundamental que numa futura gravidez a primeira ecografia de gravidez seja realizada um pouco antes do normal, por volta das sete semanas de gravidez.

Ainda que gravidez ectópica seja detetada numa fase muito inicial da gestação, representa sempre uma perda para os futuros pais. Por esse motivo, é perfeitamente normal que se sinta frágil, triste e com vontade de se isolar.

É importante fazer o seu luto.

É totalmente proibido carregar essa dor sozinha. Partilhe-a com o seu companheiro, com quem ama e a ama! Só assim conseguirá ultrapassar esta fase menos boa da sua vida!

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