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Gravidez depois dos 40: E agora?

Gravidez: e depois dos 40?

A tendência para adiar a maternidade é cada vez mais comum, mas ao adiar, ela vai ficando para segundo plano. Chega-se perto dos 40 anos e as mullheres pensam “E agora?”.

Cada vez mais há a tendência para adiar a maternidade, primeiro por causa dos estudos, depois do trabalho, de seguida devido à progressão na carreira. E portanto, é cada vez mais frequente as mulheres decidirem ter filhos depois dos 40 anos. Sofia Serrano, médica ginecologista e autora do blog Café, Canela e Chocolate e a Barrigas de Amor falam sobre a gravidez depois dos 40 anos.

Gravidez depois dos 40

Existem vários fatores para adiar a maternidade, tal como a procura de maior estabilidade pessoal, financeira, finalização dos estudos, entre outras. Mas será que sabemos quais são as consequências de um projeto de maternidade tardio?

A partir dos 30 anos, as mulheres têm uma redução da sua fertilidade – a ovulação ocorre menos frequentemente com o avançar da idade, e o óvulo não é tão facilmente fertilizado. Por isso, poderá ser mais difícil engravidar. No entanto, pode recorrer a alguns truques sobre como engravidar, como começar a tomar de imediato um suplemento polivitamínico.

Nos casos em que há doença crónica, como hipertensão ou diabetes, há mais risco de complicações obstétricas e maiores probabilidades de morbilidade e mortalidade perinatal – o que implica uma gravidez de risco, com uma vigilância mais apertada.

Qual a influência da idade na fertilidade feminina?

Gasto da reserva de ovócitos

Ao contrário dos homens, as mulheres nascem com os ovócitos que terão para toda a sua vida, sendo que os vão gastando com o passar do tempo. Um bebé feminino tem, às 18-20 semanas de gestação, aproximadamente 6 a 7 milhões de células germinais (que vão originar os ovócitos) nos seus ovários. No momento do nascimento, esse número decresce para os 1 ou 2 milhões! No início da puberdade, o número de ovócitos volta a reduzir para cerca de 400 ou 500 mil, sendo que apenas 400 ou 500 chegam efetivamente a ovular.

Durante cada ciclo menstrual são “gastos” vários folículos, mas apenas um deles é destinado a ovular. Os restantes irão degenerar e desaparecer por morte celular programada. Nos 10 a 15 anos que antecedem a menopausa (altura em que existem aproximadamente 25 mil ovócitos) o gasto de folículos em cada ciclo menstrual é ainda maior. Ou seja, com o avançar da idade as mulheres vão ficando cada vez com menos ovócitos. Infelizmente, algumas mulheres mesmo antes de chegarem aos 35 anos já são diagnosticadas com falência ovárica precoce.

Alterações dos Ovócitos

Além disso, com o avançar da idade, existe um aumento do número de alterações cromossómicas nos ovócitos que conduzem a alterações no cariótipo dos embriões (alterações cromossómicas). As alterações mais frequentes associadas à idade materna avançada (depois dos 38 anos) são: trissomia dos cromossomas 13, 14, 16, 18 e 21 e uma monossomia do cromossoma X. Consequentemente, as mulheres desta faixa etária acabam por ter mais abortos do que as mais jovens.

As malformações fetais são, como vimos, mais frequentes com o avançar da idade. No entanto, a grávida pode efetuar aconselhamento genético e exames para avaliar o risco de haver alterações no seu bebé, como a amniocentese ou a biópsia das vilosidades coriónicas.

No entanto, as mulheres com 40 ou mais anos que são saudáveis e tenham os devidos cuidados pré-natais adequados têm boas probabilidades de terem uma gravidez normal e um bebé saudável.

Mas será que o útero também envelhece tão rapidamente quanto os ovários?

Não. Diversos estudos realizados com mulheres recetoras de ovócitos de dadoras puderam verificar que a recetividade do útero era constante até aos 45 anos, mas que a partir dos 45 até aos 50 o sucesso de uma gravidez das mulheres era cada vez menor. A justificação para a diminuição da taxa de gravidez era justificada pela redução da recetividade do endométrio.

Se sofrer de algum tipo de infertilidade, fique a saber que existem diversos tratamentos que pode realizar para ter o tão sonhado bebé.

Resumindo e concluindo, podemos dizer que a quantidade e a qualidade dos ovócitos diminui a partir dos 35 anos. No entanto, a recetividade do útero só parece estar comprometida a partir dos 45 anos.

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