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Infertilidade feminina: causas e tratamentos

Infertilidade feminina

A infertilidade feminina acontece devido a várias condições físicas. Conheça por que razões algumas mulheres não estão a conseguir engravidar de forma natural e tratamentos a considerar.

Quando um casal pretende ter filhos é natural pensar nas melhores formas de como engravidar. Se após tentarem gravidar durante algum tempo não tiverem sucesso, é importante investigar se a dificuldade se prende com a infertilidade feminina ou  infertilidade masculina e procurar soluções.

Podem ser processos morosos e que impliquem muitas emoções à mistura, pelo que aconselhamos que, enquanto casal, sejam seguidos por um psicólogo. Pode conseguir engravidar logo no primeiro tratamento, mas também pode acontecer ter que tentar várias vezes e deparar-se com os danos da perda gestacional.

Conheçam as causas da Infertilidade Feminina e tratamentos a considerar.

Infertilidade Feminina

Os cientistas acreditam que a incidência da infertilidade, que tem vindo a aumentar, se deva a diversos motivos, tais como o sedentarismo, a alimentação desequilibrada, a obesidade, o consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas ou de drogas, bem como o adiamento da maternidade (como a gravidez depois dos 40 ou perto dessa idade) e a exposição a químicos.

Quais as causas mais comuns?

De acordo com  a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, as causas de infertilidade são, numa grande parte (25%), derivadas de problemas de ovulução, processo que, a cada ciclo, liberta ovócitos para serem fecundados. Dentro desta fatia, que representa um terço dos problemas de infertilidade feminina, estão:

– Alterações hormonais

Estas alterações podem ser visíveis na redução da hipófise (glândula endócrina que tem como função a regulação de muitas outras glândulas endócrinas), no excesso da homona prolactina e em doenças da tiroide.

 – Síndrome de ovário poliquístico

Esta é uma patologia caracterizada pelo desequilíbrio hormonal: excesso de androgénios, formação de quistos nos ovários que, consequentemente, impede a formação de ovócitos ou até mesmo da ovulação.

 – Insuficiência ovárica

Condição na qual o útero para de libertar óvulos ou liberta-os só de forma intermitente ou param de produzir o estrogénio, a progesterona e a testosterona ou, mais uma vez, produzem-nos também de forma intermitente, ou seja, quando o corpo bem entende.

Outros fatores a ter em conta aquando do diagnóstico de infertilidade feminina:

 – Idade da mulher

Com o passar dos anos a fertilidade vai diminuindo, tendo sido avançado que após os 35 esta decresce significativamente.

 – Menstruações irregulares

Este fator dificulta o cálculo do período fértil, sendo também a ovulação muito irregular, o que dificulta as probabilidades de engravidar.

 – Menopausa precoce

A menopausa precoce pode acontecer devido a vários fatores:

  • O tabaco

Isto porque o cigarro tem vários compostos químicos que podem originar óvulos e embriões de baixa qualidade, e a uma crescente deficiência cromossómica. Essas consequências vão alterar o nível de estrogénio e de progesterona, o que pode influenciar a menopausa.

  • Doenças da tiroide

A glândula tireoideia intervém em muitos processos vitais do organismo, como para uma maior e melhor distribuição de hormonas. Por esse motivo, quando há uma alteração existe um maior risco de ter menopausa precoce ou problemas de fertilidade.

  • Intervenções cirúrgicas

As mulheres que são alvo de determinadas intervenções cirurgicas, tais como a remoção de um ovário, dois ovários ou do útero, têm maiores probabilidades de ter a menopausa mais cedo. Como a remoção de um ovário ou útero reduz os níveis de estrogénio e progesterona, acelera o fim do altura da fertilidade. Já a remoção de ambos os ovários origina a menopausa imediata.

  • Radioterapia e quimioterapia

Estes tratamentos, utilizados para combater o cancro, podem causar a menopausa prematura.

  • Consumo de carnes processadas

Apesar de ter uma aparência fresca, as carnes processadas são compostas por elevadas quantidades de produtos químicos, a que se chama nitratos e nitritos, e que podem causar descontrolo hormonal.

  • Doenças autoimunes

As doenças autoimunes surgem de condições que originaram uma reação imunitária anormal dos anticorpos do seu corpo, atacando os tecidos saudáveis. Quando aparecem afetam, de forma negativa, a qualidade dos ovários e interfere na atividade dos recetores de estrogénio, causando um descontrolo hormonal, que, por sua vez, pode levar à menopausa em idade precoce.

– Doenças do aparelho reprodutor

As doenças do aparelho reprodutor, como a endometriose, a doença inflamatória pélvica, os miomas no útero ou síndrome de ovário poliquístico podem diminuir a fertilidade da mulher.

De acordo com a rede hospitalar CUF, A endometriose “é a designação dada ao processo clínico no qual as células que constituem o endométrio se encontram fora da sua localização normal, por exemplo no peritoneu pélvico, nos ovários, na bexiga, no apêndice, intestinos ou, até, no diafragma”.

Já a doença inflamatória pélvica, é uma inflamação no útero causada por bactérias sexualmente transmissíveis.

O síndrome de ovário poliquístico é uma desordem endocrinológica que afeta cerca de 6% da população feminina em idade reprodutiva, segundo dados da CUF. É um síndrome que compromete a fertilidade das mulheres em idade fértil.

Outras potenciais causas:

  • Medicamentos como antidepressivos e tratamentos médicos, nomeadamente oncológicos
  •   Excesso de peso ou de magreza
  • Doenças sexualmente transmissíveis
  • Doenças crónicas como diabetes e asma
  • Distúrbios alimentares, como anorexia e bulimia

Quais os tratamentos mais adequados?

 –  Tratamento Cirúrgico

Quando a mulher apresenta miomas uterinos, pólipos ou malformações uterinas, como alterações tubárias corrigíveis e endometriose a cirúrgias pode resolver a situação.

 – Relação Sexual Programada

Este tratamento é utilizado quando a mulher tem problemas na ovulação. Primeiro, induz-se a ovulação através da toma de comprimidos ou de injeções subcutâneas. Durante este período, o desenvolvimento dos folículos (cada folículo tem um óvulo) é controlado através de ecografias. Assim que atingirem o tamanho adequado, a mulher faz uma nova medicação que estimula a ovulação. Programa-se com o médico os dias para ter relações sexuais com o parceiro, e,14 dias depois, pode fazer o teste de gravidez para saber se está aou não grávida.

 – Inseminação Artificial

A Inseminação Artificial é o tratamento mais adequado para casais em que não se sabe qual o fator da infertilidade. Também na inseminação artificial existe uma indução de ovulação e, posteriormente, injeta-se os espermatozoides “bons” do homem dentro do útero da mulher para que estes façam o seu percurso até ao óvulo e o fecundem.

 – Fertilização In Vitro

Outra opção é ainda a fertilização in vitro. Esta é já uma solução para problemas “mais sérios” de infertilidade, como alterações tubárias (do útero da mulher), endometriose, baixa qualidade dos óvulos e uma alteração significativamente negativa do sémen. Este método consiste, numa primeira fase, na indução da óvulação; numa segunda fase, na recolha dos óvulos; depois, na coleta dos espermatozoides viáveis; e, finalmente, na fertilização em laboratório e, por fim, transferência dos embriões para o útero da mulher.

 – Medicação

Só o médico lhe poderá dizer o que é o mais adequado para o seu caso. Se acha que tem algum problema de fertilidade, consulte um médico especialista e siga as instruções. Pode ser só necessária alguma medicação, como pode ter que seguir um tratamento mais rigoroso e com mais etapas. Cada caso é um caso!

Quando procurar ajuda

Segundo a Associação Portuguesa de Fertilidade (APF), os casais devem procurar ajuda especializada quando não conseguem engravidar depois de um ano de relações sexuais desprotegidas (ou seis meses, caso a mulher tenha idade igual ou superior a 35 anos).

Também o facto de não ter menstruação, de a ter irregular ou acompanhada com muita dor pode merecer uma especial atenção da sua parte!

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