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APSI: A Associação que Zela pela Segurança Infantil

Estivemos à conversa com a APSI, uma das causas do nosso coração. Fiquem a conhecê-los!

Há 30 anos a olhar pela segurança infantil, a APSI, Associação para a Promoção da Segurança Infantil, trabalha para promoção de comportamentos e práticas e para a criação de ambientes e produtos seguros que garantam às crianças e jovens um crescimento saudável. O seu objetivo principal é reduzir o número e a gravidade dos acidentes e das suas consequências nestas faixas etárias.

A APSI é uma associação privada sem fins lucrativos, com o estatuto de utilidade pública, uma Instituição Particular de Solidariedade Social, Associação de Família e Associação de Consumidores. É parceira da Pumpkin, e ao longo dos últimos anos temos elaborado e divulgado vários artigos juntas para promover a segurança junto das famílias. Leiam a conversa e fiquem a conhecer o trabalho incrível da APSI!

Mais do que nunca, sentimos a necessidade de nos unirmos, apoiar iniciativas com as quais alinhamos os nossos valores, dar espaço para que todas as vozes cheguem a quem precisa de as ouvir.

Por isso, na rúbrica Causas que Apoiamos, a Pumpkin vai dar a conhecer o trabalho incrível que tantas associações fazem no nosso País, e dizer-vos como podem contribuir, às vezes sem qualquer custo, para alimentar os sonhos de todos. Estas são as Causas que Apoiamos!

Causas que Apoiamos: Conversa com a APSI

Qual é a importância e a missão da APSI?

A APSI é uma associação sem fins lucrativos que comemora, este ano, o seu 30º aniversário sempre com a missão de promover a melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes e assegurar a criação de ambientes, espaços, produtos e oportunidades onde todos possam viver, brincar e desenvolver-se plenamente e de forma saudável, no pleno gozo dos seus direitos.

Como é que começou a vossa história? 

A APSI nasce da preocupação de um designer sueco e pai de 3 filhos — Kaj Edanius —, na altura a residir em Portugal, com a insegurança que se vivia na altura, nomeadamente a nível rodoviário. O Kaj, em boa hora, teve contacto com um artigo do Pediatra Mário Cordeiro, sobre a prevenção de acidentes, algo pouco ou nada tido em conta na sociedade de então.

Encontram-se e no fim de um almoço, estes dois visionários, decidem fundar uma Associação que, como sabemos, continua até hoje a trabalhar em prol da segurança das crianças e jovens em Portugal, nas mais diversas áreas.

Quais são as vossas principais áreas de intervenção? 

A APSI atua através da informação, formação, investigação e participação na elaboração de normas para produtos para crianças e processos de regulamentação com vista à criação de ambientes saudáveis e seguros para todos, onde não exista a possibilidade da ocorrência de acidentes com consequências fatais e incapacitantes e situações que representem riscos graves para a saúde e bem-estar das crianças e jovens.

As nossas áreas de intervenção são a mobilidade ativa & segurança rodoviária, a segurança em casa, na escola, na água e nos espaços de jogo e recreio e desportivos, a promoção da brincadeira na rua e ao ar livre e segurança de serviços e produtos. 

Que projetos estão a desenvolver neste momento?

São vários, mas destacamos:

SigAPé pela Saúde (em Tavira) cujo objetivo é promover uma mobilidade mais suave e uma vivência plena do espaço público, pelas crianças, na envolvente da escola.

Brincapé, uma iniciativa que nasce na zona histórica de Lisboa e que pretende dar novas oportunidades às crianças para brincarem mais e de forma mais diversificada, quer seja nos recreios escolares quer seja na rua ou espaços públicos a cujo usufruto têm direito.

Território Brincapé (Vila Cândida – Lisboa) um espaço comunitário inovador e promotor da brincadeira. Esta é apoiada por adultos com formação especializada em brincar e em segurança infantil, estimulando a criatividade, a curiosidade, a resolução de problemas e a gestão das emoções.

Bycicle Heroes um projeto partilhado entre Lisboa, Dublin e Roma que pretende envolver os jovens como agentes da mudança, encarregando-os de identificar barreiras e benefícios da mobilidade ativa nas suas cidades, antes de apresentarem soluções de design e supervisionarem a implementação das ideias vencedoras. 

CounterRisk – projeto transnacional que visa criar recursos formativos para capacitar, entre outros, os consumidores, para reconhecerem produtos contrafeitos para crianças, contrafeitos, já que estes representam um risco elevado para a saúde e segurança destas.

Trabalham diretamente com crianças, a nível preventivo – por exemplo, nas escolas – ou a vossa mensagem é mais adequada aos pais e cuidadores infantis?

Ambos. Maioritariamente a APSI dirige as suas mensagens às famílias e instituições que são quem tem a principal responsabilidade na salvaguarda dos direitos das crianças, no seu sentido lato. Porém, há diversos projetos e atividades, desenvolvidos pela APSI ou em parceria com outras instituições, dedicadas a targets infantis e juvenis. A título exemplificativo, o Dia Nacional da Segurança Infantil que vai a caminho da 6ª edição e o Júnior Seguro, em parceria com a ANSR – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Como sobrevive uma associação? Onde encontram investimentos, apoios, parceiros e a equipa certa? Implica muita burocracia?

No caso da APSI, sobrevive com muito voluntarismo e a crença inabalável de que o seu trabalho faz, efetivamente a diferença. Não temos qualquer apoio regular estatal o que implica que as nossas receitas advêm fundamentalmente do nosso trabalho, seja enquanto entidade formadora, seja com consultora nas áreas em que atuamos ou através de candidaturas lançadas em diferentes vertentes da nossa atuação em que temos apresentado projetos considerados diferenciadores e de elevadas importância e qualidade.

Burocraticamente, há situações mais pesadas que outras, mas ela, efetivamente, existe e, sobretudo para associações de dimensão reduzida em termos de recursos humanos, como a APSI, significa um elevado investimento para a Associação.

Qual a importância das associações no tecido humano e económico de uma sociedade?

Toda! Desde logo porque, e na nossa em particular, não são raras as vezes que algumas associações acabam a substituir o estado em apoios e serviços que deveria ser aquele a prestar. 

A pandemia de COVID-19 colocou-vos novos desafios? Como os têm ultrapassado?

Como a qualquer instituição ou organização, a pandemia veio obrigar a uma reinvenção de rotinas, procedimentos e até descoberta de potencialidades, como o incontornável recurso ao online que acabou por abrir portas para outras realidades e até destinos a que não se chegava anteriormente.

O ultrapassar desses desafios foi feito com o voluntarismo já anteriormente referido bem como com a perfeita noção de que “lutas” travar e em que momentos. Em alturas de incerteza é importante manter a clarividência e optar por fazer as apostas que nos parecem mais certeiras, mesmo que isso implique colocar em stand by outros projetos e/ ou parcerias anteriormente consumadas (ou perto disso).

Como é que os portugueses podem contribuir para esta causa, fazendo-a de todos nós?

É efetivamente importante que todos nós comecemos a entender a prevenção, sobretudo como um sinal de inteligência — se sabemos como evitar um problema, porque insistimos em arriscar não o fazer? — e não como super proteção que é algo que na APSI recusamos em absoluto.

Chegados a este ponto, seguramente que a sociedade reconhecerá, ainda mais, a premência de incentivar e apoiar o trabalho da APSI, seja tornando-se nosso associado, consignando-nos o seu IRS, sendo voluntário na Associação ou efetuando um donativo.

Agradecemos à APSI a simpatia e a disponibilidade para responder às nossas perguntas!

Podem acompanhar o trabalho da APSI através do site, Blog, Instagram ou Facebook da associação.

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