Saibam como ajudar as crianças a brincar na água em segurança, com estas recomendações da APSI para prevenir afogamentos!
O afogamento na criança, ou acidente por submersão, é um acontecimento trágico, rápido e silencioso, que pode ocorrer em muito pouca água. É a segunda causa de morte acidental nas crianças e jovens em Portugal: nos últimos 18 anos, morreram 260 menores e só este ano já se perderam 4 vidas de crianças e adolescentes.
Para além das mortes por afogamento verificadas, existe ainda a registar e mais de 600 internamentos na sequência de um afogamento.
Estes casos acontecem em ambientes familiares como a banheira, tanque de roupa ou rega, poço, fossa, piscina, lago de jardim, rio, praia ou mesmo baldes e alguidares.
De acordo com o levantamento feito pela APSI, na imprensa, de 2005 até ao ano passado, as piscinas são o plano de água onde mais de 30% dos afogamentos acontecem, seguidas das praias e dos rios, ribeiras e lagoas, com pouco mais de 20% cada.
Nestes planos naturais, são as crianças mais velhas as vítimas mais comuns, ao passo que em ambientes construídos, são sobretudo, as crianças até aos 4 anos. Os rapazes, de acordo com a informação analisada no mesmo período, afogam-se 3 vezes mais que as raparigas.
É inaceitável que, face a este panorama, que não é novo, verão após verão, o Estado nada faça. Há anos que a Associação apela à criação de um enquadramento legal abrangente para todas as piscinas e à obrigação de proteção de piscinas domésticas e inseridas em condomínios, unidades de alojamento local, aldeamentos turísticos, turismo de habitação e turismo rural.
Em 2019 a Carta Aberta enviada a todos os líderes partidários, que resultou em 3 audiências (PEV, CDS e PS) e em que todos reconheceram a relevância do problema, não resultou em qualquer medida concreta.
Em 2020, a APSI foi recebida pelo Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, que assumiu a preocupação com o tema e o compromisso em envolver outras Secretarias de Estado, mas que, até à data não resultou em nenhuma medida com efeitos práticos.
Infelizmente mais um Verão teve início sem que as piscinas possuam um enquadramento legal.
Por isso, é muito importante estarmos atentos e prevenir. Como? Estes 10 conselhos da APSI vão ajudar-vos a evitar os afogamentos e a viver o verão de forma segura e feliz!
10 conselhos rápidos para evitar os afogamentos de crianças:
1. Perto da água, não percam as crianças de vista nem por um segundo.
2. Dificultem o acesso das crianças aos locais com água: vedam ou cubram piscinas, lagos, tanques, poços e fossas.
3. Nunca deixem uma criança de 3 ou 4 anos sozinha na banheira durante o banho.
4. Despejem toda a água de baldes, alguidares e banheiras logo após a utilização.
5. Coloquem sempre às crianças braçadeiras em águas paradas, transparentes e pouco profundas ou um colete salva-vidas em águas agitadas, turvas ou profundas. Saibam mais sobre auxiliares de flutuação.
6. Escolham praias e piscinas vigiadas e cumpram a sinalização.
7. Ensinem as crianças a nadar, mas mantenham a vigilância.
8. Ensinem as crianças a nunca irem nadar sozinhas e não mergulhar de cabeça sem conhecer bem a profundidade da água.
9. Aprendam a fazer reanimação cardio-respiratória, esse gesto pode salvar uma vida. Façam um curso de Primeiros Socorros!
10. Em Férias, redobrem a vigilância. O primeiro dia e o final da tarde são os momentos em que acontecem mais afogamentos.
Consultem em detalhe a brochura Brincar na Água em Segurança da APSI.

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