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Como contar uma história?

Dicas para Ler

Contar uma história de forma divertida e cativante pode ser mais difícil do que parece, não é?

Manter as abobrinhas interessadas nas páginas de um livro depende muito da entoação, dos gestos e do quão capazes somos de encarnar, literalmente, as personagens.

Parece-vos uma missão impossível? Pedimos a alguns dos melhores contadores de histórias do país que partilhassem connosco dicas para que os vossos momentos de leitura em família sejam os mais criativos e dinâmicos de sempre. Nós também gostamos de ler às abobrinhas e, apesar de não sermos profissionais, trazemos para completar as nossas sugestões, aquelas que funcionam bem na nossa família.

Agora é só escolher o livro ideal e… boas histórias!

Contar histórias implica disponibilidade

dicas para contar histórias

Quem o diz é Leonor Tenreiro, jornalista e redatora que se dedicou à narração de textos, adaptação de contos, escrita criativa e mais recentemente à escrita de livros infantis.

Para Leonor, a disponibilidade guia o começo das histórias, mas também o seu meio e o final feliz. É necessária disponibilidade, primeiro, para a escolha de um livro adequado à criança, com textos que espelhem os seus interesses, e, depois, disponibilidade para criar um ambiente propício a um momento calmo para a descoberta que aí vem.

A seguir, é importante contar-se uma história com espaços em branco, ou seja, com abertura e disponibilidade para as interrupções por parte de quem ouve, já que uma história participada (mesmo com perguntas da criança) é uma história melhorada.

No decorrer do conto, quem conta pode assumir vozes diferentes consoante as personagens, mas só se lhe for confortável fazê-lo. É preferível ficar pela interpretação certa do texto, alternando tons e emoções.

Alternar contos de livros ilustrados com histórias verdadeiras (da vossa infância, ou a história incrível de um dos membros da família) é uma escolha a ter em conta.

Contar histórias com os livros certos

A importância de escolher a história certa já foi sublinhada mas é de facto tão relevante que sentimos a necessidade de o destacar. Basta pensarmos em nós, que perdemos facilmente o foco quando lemos sobre um assunto que não dominamos, ou quando estamos envolvidos numa conversa sobre temas que não nos motivam, entusiasmam ou interessam.

Procurem, por isso, comprar livros que reflitam os gostos das crianças e não os vossos, mesmo que as escolhas deles sejam… “discutíveis”. Se querem facilmente chegar a um consenso, temos a solução!

Contar histórias tem princípio, meio, mas não… um fim

dica principio meio e fim

Bruno Magina foi um dos vencedores das «Bolsas Jovens Criadores 2015», dos «Much More Awards 2015-2016» e dos «Prémios Time Out Lisboa 2016», e o seu livro de estreia, “A Vila das Cores”, é recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para Apoio a Projetos de Educação para a Cidadania.

Para Bruno, ler é um processo que pode começar de dia, como o início de algo muito importante. “Gosto da ideia de ler, ou ouvir ler, histórias durante o dia, mais do que à noite, ao deitar, para que não se adormeça mas sim se desperte com um bom livro e para uma boa leitura”.

Depois, o segredo é deixar o momento desenrolar-se, oferecendo aos pequenos ouvintes a possibilidade de antever, escolher, participar na leitura e fazer parte da história.

“Começo por mostrar o título e a capa, perguntando aos meus sobrinhos o que pensam que poderão esperar, assim mesmo, à primeira vista. Depois, e como quase sempre o livro tem ilustrações, folheamo-lo e observamo-las, tentando imaginar que história, ou histórias, nos reserva.

Os meus sobrinhos já sabem ler, por isso muitas vezes são eles que o fazem, em voz alta, sem interrupções. Quando sou eu que leio, isso varia: posso fazer uma ou outra pausa, esclarecendo o que ficou para trás ou antevendo o que se seguirá, mas sempre de forma muito sucinta.

Às vezes, pode parecer que apenas ecoam palavras soltas ou que a atenção é pouca ou nenhuma, mas a verdade é que dias ou semanas depois ainda guardam tudo na cabeça…”

Contar histórias pode ser mais divertido com “ajuda”

contar histórias fantoche

Mas não é uma ajuda qualquer!

Talvez não seja fácil seguir à risca esta dica, não pelo menos todos os dias da semana ou na leitura pós-xixi-cama, mas podem escolher ocasiões especiais e chamar à sala alguns narradores muito especiais, como… fantoches de dedo, por exemplo!

Conseguem encontrar com alguma facilidade fantoches que reproduzem algumas das histórias para crianças mais famosas, daquelas que também povoam a nossa imaginação e memória (conhecer bem a história facilita, claro, o momento de a contar) e que vão trazer ainda mais emoção ao momento.

Porque não revisitar “Os 3 Porquinhos” ou a história da “Capuchinho Vermelho” com esta ajuda especial? Vai ser muito divertido para todos!

Outra ideia, para os pais mais talentosos, passa por simular a história… na parede, um dos melhores palcos de aventuras de sempre! Basta colocar o quarto a meia luz, usar uma lanterna para iluminar a mão e fazer das sombras um estímulo mais para a imaginação das crianças.

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