Dicas para a relação escola-família nas Necessidades Especiais - Pumpkin.pt

Dicas para a relação escola-família nas Necessidades Especiais

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A relação escola-família pode ser um tema delicado para todos aqueles que estão envolvidos: os professores, os pais e a própria criança.

Os pais têm de confiar o seu filho/filha e as suas necessidades/dificuldades aos professores, auxiliares e à escola. E nisto, têm de aprender a regular a sua ansiedade e preocupação – o que pode ser um desafio e até desgastante.

Os professores terão de procurar preparar-se para dar resposta à criança considerando não só as suas necessidades ou dificuldades mas também as potencialidades e habilidades da criança. Esta preparação pode ser desafiante, podendo causar ansiedade e insegurança e, em alguns casos, gerar até algum sentido de “defesa”.

Por último, mas não menos importante, a criança terá um percurso escolar fortemente marcado pela relação que terá com os seus pais e com a escola mas também pela relação entre ambos.

Esta relação pais-escola é uma chave fundamental para que a criança seja feliz, consiga consolidar as aprendizagens e desenvolver competências emocionais e relacionais – a Beatriz Pereira do blog Mais Q’ Especial explica-nos como.

Como trabalhar a relação pais-escola nas Necessidades Especiais

Para que esta relação seja construída da forma mais positiva para todos os intervenientes partilho convosco algumas dicas que poderão explorar.

É importante que os professores e os pais estabeleçam uma relação de confiança

Para isso é fundamental que se conheçam. Guardem algum do seu tempo para partilhar as vossas experiências, o vosso percurso até ao momento em que se conhecem, as vossas certezas e incertezas. Sejam transparentes e assumam um compromisso entre ambos de sinceridade e comunicação constante.

Partilhem entre vós histórias do dia-a-dia da criança

Momentos de alegria, de tristeza, experiências. É importante que a criança sinta que existe comunicação e confiança entre ambos para que também se sinta segura e feliz. Para além disso, esta partilha de informação pode ser fundamental para que ambos os lados estejam a par das vivências da criança e consigam perceber alguns comportamentos ou partilhas da criança, sejam estes mais preocupantes ou até positivos!

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empatia e a escuta ativa entre pais e professores é essencial

Escutar e falar considerando como o “outro” se poderá estar a sentir/se irá sentir será essencial para que consigam colaborar com respeito. Neste processo de escuta procurem estar disponíveis para receber informação sobre dificuldades, desafios e progressos também! Utilizem esta forma de comunicar para falar da condição, das dificuldades e das potencialidades da criança e explorar estratégias ou adaptações – lembrem-se que não se trata de uma competição de quem sabe mais ou menos mas sim de estarmos sempre a aprender e a fazer novas descobertas!

Certamente, muitos pais ou muitos professores aplicam já estas estratégias, no entanto, ainda existem muitos pais e muitos professores que têm dificuldade em ter uma relação positiva, transparente e de cooperação constante!

Seja porque não sabem como confiar, partilhar ou escutar; seja porque pais estão cansados, sem esperança de algo positivo; seja porque professores não sabem como podem ajudar a criança perante as suas dificuldades; ou porque não há disposição para isso (por muito que custe escrever isto, também existe isto mesmo): no final de contas, o importante não é querer que a criança tenha o percurso escolar mais brilhante com as melhores notas ou com todo o conhecimento destinado às crianças da sua idade.

O importante é que todos cooperem para que a criança adquira os conteúdos que lhe foram definidos, se relacione com os colegas de forma positiva, que não seja colocada de parte mas incluída, que procurem explorar as suas potencialidades e as melhores adaptações ou estratégias e utilizá-las como forma de ensinar e de superar as suas dificuldades ou desafios. Aqui sim, coloca-se a criança em primeiro lugar e proporciona-se experiências e aprendizagens que irão, sem qualquer dúvida, ajudar-nos no nosso maior dever: ajudar a criança a crescer feliz!

Não é só estalar os dedos e tudo isto parecerá fácil. O primeiro passo não é estalar os dedos e colocar estas dicas em prática, mas sim pensar sobre elas e começar por uma delas, pelo menos!

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