A Praxia ou Motricidade Fina é o sétimo fator psicomotor a ter em conta no desenvolvimento das crianças.
A motricidade fina, a capacidade em realizar movimentos mais precisos, com destreza e controlo manual, implica a conjugação de todos os factores psicomotores anteriores. A psicomotricista Beatriz Pereira do blog Mais Q’ Especial fala-nos agora da praxia fina.
Por exemplo, sabiam que alguns problemas de motricidade fina estão relacionados com hipertonicidade ou hipotonicidade (recordo que a tonicidade é o primeiro dos factores psicomotores)? Sabiam também que crianças com uma fraca noção do corpo têm dificuldades no manuseamento de objetos mais pequenos?
Por tudo isto quando se trabalha o desenvolvimento da motricidade fina tem de se promover mais que a coordenação manual. Há que trabalhar o tónus, a estabilidade postural, a coordenação de ambos os lados do corpo, a coordenação visuo-motora, o sistema sensorial, percepção visuoespacial… Ufa, bem mais que o movimento das mãos, certo?
A maturação deste factor psicomotor ocorre por volta dos 6 ou 7 anos e envolve mais do que agarrar o lápis.
Alguns sinais de alarme:
– Dificuldade em tamborilar os dedos;
– Dificuldades a utilizar a tesoura;
– Dificuldades em pintar;
– Dificuldades em abotoar, manusear talheres.
– Instabilidade postural;
– Excesso de força no manuseamento de objetos;
– Leveza no manuseamento de objetos que leva a que estejam sempre a cair, ou o traço seja fraco.
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