Antecipar a matrícula do 1º ciclo. Sim ou não? - Pumpkin.pt

Antecipar a matrícula do 1º ciclo. Sim ou não?

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Os pais de crianças com 5 anos devem ou não antecipar a matrícula do 1º ciclo? O que é melhor para a criança? Leia a opinião dos especialistas!

A entrada para o 1º ciclo é o inicio de uma nova fase na vida das crianças. Para as crianças que façam 6 anos de 16 de Setembro a 31 de Dezembro a inscrição é opcional. A decisão de antecipar a entrada no primeiro ciclo depende dos encarregados de educação embora a sua entrada esteja condicionada ao número de vagas disponíveis.

Mas afinal os pais devem ou não antecipar a matrícula do 1º ciclo? O que é melhor para a criança? Quais os principais aspetos que os pais devem ter em conta para saber se a criança está apta para ingressar na nova vida escolar?

Pedimos aos nossos parceiros para nos ajudarem a esclarecer todas as dúvidas dos pais e ensinar-lhes os aspetos a ter em conta no momento desta grande decisão.

Oficina de Psicologia

antecipar a matrícula crianças

As vantagens e desvantagens, de uma entrada antecipada no primeiro ciclo, associam-se directamente com o nível de desenvolvimento global da criança, com a sua maturidade global, e não especificamente com a sua idade cronológica. Ou seja, haverá maioritariamente vantagens se as crianças possuírem um desenvolvimento sócio-emocional e cognitivo preditores de uma adequada adaptação e integração aos novos desafios escolares.

Por outro lado, se a criança não possuir essa maturidade, os contras estarão em maioria. Ainda assim, e para idades muito “limítrofes” face ao previsto na lei, e assumindo um desenvolvimento global dentro, ou acima do esperado para a idade, com aquisições diversificadas em termos de autonomia, linguagem, raciocínio, competências sociais, auto-regulação, entre outras, a possibilidade da criança poder manter o seu grupo de pares de referência, facilitando a adaptação social, é conceptualizada como uma vantagem dessa entrada antecipada.

Por outro lado, uma criança que cognitivamente e socio-afectivamente tenha um desenvolvimento ajustado às exigências do primeiro ciclo, que permaneça no pré-escolar “apenas” devido à sua idade cronológica, poderá sentir-se pouco estimulada e diminuir o seu interesse na participação das actividades pré-escolares.

Tudo depende também das características individuais, em termos de personalidade e auto-conceito, de cada criança, assim como do suporte familiar e educacional que possua.

Os pais assumem, por vezes, uma expectativa exagerada das vantagens de uma entrada antecipada no primeiro ciclo – seja por questões económicas, logísticas, de pressão social e/ou competitividade… A principal preocupação dos pais deve prender-se com o perceber se o seu filho possui, ou não, um perfil global de desenvolvimento que favoreça a sua adaptação a uma nova realidade de ensino-aprendizagem.

E, para o sucesso académico, ao contrário da tónica que por vezes se coloca, a dimensão cognitiva inteligência não é factor único. Ou seja, podemos estar perante uma criança que cognitivamente se encontra ao nível dos seus amiguinhos um pouco mais velhos, mas que em termos emocionais e sociais poderá não estar preparada – porque não possui estratégias de regulação comportamental, porque não possui um competências sociais desenvolvidas, porque manifesta ainda uma preferência pelo trabalho lúdico em detrimento da aprendizagem mais formal, porque é ainda muito dependente do adulto, entre outros.

Assim, uma postura de respeito pelos ritmos de desenvolvimento da criança é fundamental e o conhecimento do se nível de desenvolvimento nas dimensões cognitiva, social e emocional. Porque o sucesso académico (rendimento escolar, satisfação, motivação, etc…) depende da confluência destes factores. Deste modo, a tomada de decisão dos pais, deve ser sustentada num parecer técnico e não nos seus interesses ou visões pessoais. A avaliação integrada do educador, do pediatra e do psicólogo deve ser tida em consideração.

Em nome do Pai – Rui Brasil

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A primeira resposta que tenho para esta questão é genuinamente inconclusiva: depende. “E depende do quê?”- perguntar-me-á a mãe.

Depende muito mais de questões de foro emocional que da cognitivo, ou seja, não tem apenas que ver se o menino tem potencial cognitivo, se aprende bem ou não, se memoriza bem ou não, de tem ou não atenção, se reproduz, se assimila conhecimentos, se relaciona conceitos mas sim se está emocionalmente disponível e preparado para começar esta caminhada. (…)

Em suma, a resposta à sua questão está na sua sensibilidade quanto à maturidade do seu filho para dar esse passo.

Duas notas:

1- Vamos retirar a carga negativa à expressão normalmente utilizada de “atrasar” a entrada na escola primária como se os colegas com admissão não condicional avançassem e as crianças com entrada condicional ficassem para trás. Não é verdade! Aqui não há retenções. Trata-se, fundamentalmente, de evitar que crianças de 5 anos sejam obrigadas a crescer e a acompanhar crianças de quase sete nos mesmos desafios de escolarização. Trata-se de respeitar o ritmo e as necessidades de faixa etária e de lhes responder de forma adequada a essas necessidades. A criança que fica mais um ano na pré-primária não fica desfavorecida em termos de competição com os colegas que não fizeram esse caminho. Na verdade, interessa é que a criança compita consigo própria, que se supere, que se torne melhor que no dia anterior e que tenha como referencial de sucesso o seu desenvolvimento pessoal e não a competição com os pares.

2- Decida sem culpas nem tendo em conta pressões sociais. Se decidir que é melhor que o seu filho fique mais um ano na pré-primária pense nos pontos positivos: as crianças têm apenas 5/6 anos para poderem exclusivamente brincar e todo o resto da vida para serem alfabetizados, escolarizados e letrados. A educação não formal (brincar) é tão importante para o desenvolvimento emocional e cognitivo como a educação formal e absolutamente fulcral nos primeiros anos de vida. Se decidir que o melhor é que o seu filho ingresse numa escola de 1º ciclo privada foque-se que será o melhor para dar resposta às necessidades deste, respeitando o ritmo que identifica nele e acompanhando a sua motivação. O mais importante é respeitar não o tempo do calendário lectivo mas sim o tempo da criança.

Pegadas – Centro de Desenvolvimento Educativo

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A entrada no 1º ano é sempre um momento de grande ansiedade para pais e alunos. Os pais não querem que os seus filhos “percam” um ano ficando mais tempo no pré-escolar. No entanto, este adiamento na entrada no 1º Ciclo pode revelar-se vantajosa a longo prazo.

Nesta decisão, ouvir a opinião do(a) Educador(a) é muito importante! Ele(a), melhor do que os próprios pais, sabe se a criança revela maturidade suficiente para as exigências do 1º ano.

Crianças que ainda não demonstram qualquer interesse/curiosidade pela escrita (do seu nome/dos colegas), que não reconhecem a sequência temporal (dias da semana, por exemplo) e numéricas, bem como a noção quantidade, que não conseguem respeitar/concretizar rotinas, revelarão muitas dificuldades em adaptar-se ao 1ºciclo.

As crianças que nascem após 15 de setembro vão iniciar o processo de aquisição de leitura e da escrita ainda com 5 anos… Estas crianças podem ainda não revelar maturidade suficiente para estar numa sala de aula, sentadas durante 5 horas. Poderão assim, revelar pouco interesse no que está a ser feito em sala de aula e ter mais dificuldade em acompanhar os progressos da turma, pois enquanto os outros estão interessados no que está a ser feito, estes apenas querem brincar.

Deslocar Palavras

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A entrada para o 1º ano é um momento marcante na vida de qualquer criança e na dos seus pais. O tempo passa muito depressa e os momentos marcantes acabam por assinalar fases importantes em que damos conta dessa passagem e sentimo-la realmente.

Dizemos-lhes que “já vão para a escola dos crescidos”, que “estão a ficar grandes”, que “agora vão começar a trabalhar a sério” ou que “já não é só brincar”. Não paramos para pensar no que lhes estamos a transmitir quando lhes dizemos estas coisas. Deveríamos?

Antes dos 6 anos as crianças não estão SÓ a brincar. Elas estão a brincar! E devem fazê-lo. Muito! Quanto mais brincarem (com carros, legos, bonecas, máscaras, construções, malabarismos, plasticinas, canções e lenga-lengas) mais estão a aprender, a estruturar o cérebro, a adquirir competências que vão permitir-lhe, aquando da entrada no 1.º ano, conseguir corresponder e estar à altura de todos os desafios e ter sucesso na escola.

Tudo sobre o Regresso às Aulas 2024:

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