Esta é uma pergunta que aparece com frequência no dia a dia das famílias.
Há muitas vezes, nas famílias, desencontros entre o que uns querem e o que outros fazem. Pais sentem vergonha de comportamentos dos filhos, perante si, amigos ou até mesmo na escola. Este assunto é-vos familiar? Em que momentos sentem culpa? Qual a maior dificuldade que estão a enfrentar na vossa família? Conceição Pereira, do blog Amor d’3ducação, fala-nos sobre este sentimento difícil de gerir.
Conheço pais que fazem de tudo para evitar comportamentos indesejados dos filhos e também sei de filhos que se esforçam para fazer o que os pais querem, mas sem sucesso. Deste modo, surgem desencontros, desconforto, desilusão, tristeza e em alguns casos mais avançados muito sofrimento. Um comportamento é apenas a expressão de um pensamento ou emoção e não está relacionado com o pai ou com a mãe, numa perspectiva de afronta.
Mas afinal, de quem é a culpa?
Pais ou Mães que sentem com frequência o peso da culpa, crianças que reagem mal à frustração e escalam a parede da desresponsabilização.
O dicionário da língua portuguesa, descreve culpa, como falta voluntária contra o dever; omissão; desleixo, Causa (de mal ou dano) ou Imputação. A culpa por norma, tras associada a desculpa disto ou daquilo, na esperança de se retirar do peso das ações. Por sua vez responsabilidade é a obrigação de responder pelas acções próprias, pelas dos outros ou pelas coisas confiadas.
E agora continuas a achar que há um culpado? Ou há responsáveis por atitudes e comportamentos? O que pode mudar, se te continuares a culpar pelos acontecimentos (passados ou presentes)? Como mudar comportamentos indesejados de forma efetiva? Responsabilizares o teu filho da forma correta, irá alterar alguma coisa? Mas afinal, de quem é a responsabilidade para mudar?
De todos! Pais e filhos podem alterar juntos esta realidade. Para tal é necessário reformular ações e responsabilidades.
De acordo com cada família, os comportamentos e a idade da criança, existem técnicas e ferramentas para intervir no universo infantil que vão potenciar a mudança nos pensamentos, emoções, atitudes e consequentemente nos comportamentos.
Houve alguma mudança na forma como olhas para essa situação?
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