Alimentação saudável e crianças: como incentivar a relação? - Pumpkin.pt

“Somos aquilo que comemos”, o ano inteiro

alimentação saudável crianças

Quando chega o Verão somos bombardeados com imensas informação sobre o que devemos e não podemos comer.

Temos de ter consciência que, independentemente da estação do ano, o mais importante é manter uma alimentação saudável em casa: pais e crianças.

Ana Salvador, da Bebé Gourmet, partilhou connosco algumas dicas para habituar as abobrinhas a uma alimentação saudável, e nós juntámos outras que, acreditamos, muito ajudaram cá em casa.


Pois bem, cada vez mais é difícil escapar a esta máxima, pois ela invade-nos por todos os meios. Nas últimas semanas já me deparei com informação sobre esta temática pelo menos meia dúzia de vezes (e não, não é exagero).

O que se deve comer, o que se deve evitar, o que NÃO se deve comer… enfim, a questão que me ficou a martelar na cabeça enquanto mãe foi do poder que eu tenho neste momento de influenciar os hábitos alimentares das minhas filhas, e desta forma cimentar um futuro mais saudável para elas.

Mais importante, como é que eu o posso fazer de forma mais eficiente?

Admitindo desta forma que os pais e educadores têm um papel fundamental no desenvolvimento das preferência que as crianças vão desenvolvendo por cada alimento, segue aqui uma lista de sugestões para que possamos levar esta missão a bom porto.

Dicas da Bebé Gourmet para criar crianças com gosto pela alimentação saudável

Incentivar as crianças a consumir alimentos saudáveis, estabelecendo regras e não restringindo alimentos menos nutritivos

Proibir refeições de comidas saborosas às crianças, geralmente vai aumentar o seu desejo por essas refeições, fazendo com que as crianças procurem também esses alimentos quando não estão com fome.

Assim sendo, esta pressão leva a criança a criar um ambiente de alimentação negativo e inibe-as de regularem a fome e os sinais de saciedade. Em contraste, uma quantidade moderada de restrição pode ser benéfico.

Desde que introduzimos na alimentação dos nossos filhos alimentos sólidos, devemos, sempre que possível, focar-nos nas suas preferências alimentares para que o risco de rejeição dos alimentos seja reduzida. 

Por outro lado, se apresentarmos pratos sem cor e com uma consistência estranha, o prato vai ser automaticamente rejeitado.

Nestas idades as crianças preferem alimentos com sabor doce e rejeitam alimentos amargos, como certos vegetais e frutas… e são muito exigentes com alimentos novos e que nunca experimentaram.

 Não oferecer muitos alimentos diferentes na mesma refeição

As crianças devem aprender a distinguir o gosto de cada alimento. Devem servir uma grande variedade de alimentos, coloridos, nas proporções adequadas, mas em dias diferentes.

Todos os dias devem ser introduzidas peças de fruta diferentes e vegetais cozidos diversos, juntamente com o acompanhamento principal do prato. Para ser mais fácil a introdução destes alimentos, os pais podem acompanhar os filhos por meio de filmes interativos, livros ou jardinagem. 

O número exato de exposições necessárias depende de diversos fatores, incluindo a idade da criança, gosto inicial e novidade da comida, assim como exposições anteriores a novos sabores.

Uma exposição pode ser o suficiente para algumas crianças, mas outros podem exigir mais do que uma. A introdução dos alimentos novos e saudáveis é demorada e pode parecer assustadora, com paciência e insistência eles acabam por desenvolver gosto a estes alimentos e querer repetir!

 Não oferecer alimentos por gratificação

“Tiveste uma nota excelente a ciências? Vamos lanchar a Bola de Berlim que tu adoras, do café do Sr. Manuel!” ou “Nota excelente por bom comportamento? Hoje o jantar é pizza!” são comportamentos e frases recorrentes, mas totalmente erradas.

 A habituação a estes alimentos muito calóricos e baixos em nutrientes pode levar a hábitos pouco saudáveis, principalmente quando relacionados a uma conquista, podendo resultar de um problema grave de saúde, a obesidade.

Dicas Pumpkin para criar crianças apaixonadas por alimentação saudável

horta urbana horta em casa colher e comer os frutos

Nós cá por casa também somos adeptos de uma alimentação saudável, que nos confere muita energia e motivação para o dia a dia. Sabiam que temos até uma horta urbana, de onde trazemos os legumes para preparar as nossas refeições semanais?

Como temos uma abobrinha vegetariana, a nossa atenção aos nutrientes é ainda maior, para que nada falte. Inspirem-se com as nossas dicas!

Criar uma rotina e dar o exemplo

O exemplo, como em qualquer aspecto da formação das nossas crianças, é a melhor ferramenta que temos. Comer saudável começa em família, nos hábitos e nas rotinas de todos, diariamente.

A vossa alimentação em casa deve privilegiar o consumo de diário de sopas – temos muitas receitas de sopa deliciosas! – e saladas (conhecem os benefícios dos vegetais e leguminosas?), que são uma importante fonte de vitaminas e minerais, e a carne e o peixe devem ser cozinhados de maneira saudável, sempre com azeite.

Podem até considerar, semanalmente, fazer um dia sem alimentos de origem animal. Já conhecem a nossa seleção de receitas vegetarianas para toda a família?

Tentem também evitar os molhos processados (maionese, mostarda, molho de tomate) e beber qualquer refrigerante às refeições, pelo menos durante a semana. A água tem tantos benefícios! Aliás, o ideal é consumir pelo menos 2 litros de água por dia, de todas as fontes. Além da água no seu estado natural, e dos chás e infusões, os sumos naturais, as frutas e os legumes também hidratam o nosso organismo.

Como sobremesa, ofereçam sempre uma peça de fruta, e, ocasionalmente, um doce, mas nunca ambos ao mesmo tempo.

O equilíbrio é tudo

Restringir totalmente alguns alimentos na infância pode trazer consequências graves ao caráter emocional das abobrinhas, na juventude e vida adulta.

Comer é um dos grandes prazeres da vida, e o nosso bem-estar também está dependente de comermos o que gostamos… sempre com moderação e bom senso.

Por isso, relativizem: comam pão com manteiga e não manteiga com pão; bebam leite com chocolate e não chocolate de leite; comam queijo, mesmo sem pão; comam morangos, mesmo com chantilly.

E por falar em equilíbrio: mais vale comer pouco de cada vez, e muitas vezes ao longo do dia, do que o contrário. Repartir as refeições ao longo do dia é uma excelente forma de controlarem o que comem e quanto comem, e devem tentar passar esses ensinamentos aos miúdos, para que os apliquem principalmente na escola, quando fogem ao vosso “controlo de marmita”.

De qualquer das formas, recomenda-se que não fiquem mais de 3 horas e meia sem comer. É por todos reconhecida a importância do pequeno-almoço, mas também muito importantes são os lanches do meio da manhã e do meio da tarde, assim como a ceia antes de deitar.

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