O postal mais bonito dos Açores.
Em São Miguel, na freguesia das Sete Cidades, fica o mais emblemático postal do arquipélago açoreano, uma Lagoa rodeada de verde, numa vista de perder a respiração, e que é sem dúvida o exemplo maior da beleza das nossas ilhas no Atlântico.
Este é o maior lago de água doce dos Açores, situado nas crateras vulcânicas que formam a Ilha, sendo constituído por duas lagoas (a Lagoa Verde e a Lagoa Azul) que aqui promovem um cenário de beleza extrema e indescritível.
Visite a Lagoa das Sete Cidades com as abobrinhas, garantimos que vão ficar deslumbrados – toda a família!
Organize a sua visita.
Há diversas formas de visitar e conhecer a Lagoa das Sete Cidades. Podem decidir-se pela aventura de explorar, sozinhos, os caminhos para os Miradouros, nos quais poderão desfrutar das mais incríveis paisagens. Recomendamos o Miradouro da Boca do Inferno, que oferece vistas absolutamente incríveis, a poucos minutos de caminhada da estrada. Apesar de mal sinalizado e do tempo sempre instável, a caminhada vale muito a pena, o percurso é de cortar a respiração, e desemboca naquele que é considerado o Miradouro com melhor vista para a Lagoa das Sete Cidades e a Lagoa de Santiago. Não deixem também de ir ao Mirante da Vista do Rei.
Recomendamos que, antes de partir à descoberta, visitem a Loja do Parque da Lagoa das Sete Cidades, onde poderão obter diversas informações sobre as áreas protegidas que constituem o Parque Natural de São Miguel, incluindo trilhos pedestres, geologia, flora, fauna, recursos hídricos, património classificado, entre outros.
Também nas ruínas do Hotel Monte Palace pode deparar-se com um cenário deslumbrante, já que o mítico hotel tinha vista priveligiada para a Lagoa. Os mais corajosos aventuram-se mesmo pelos escombros do empreendimento, mas talvez seja arriscado fazê-lo com crianças.
Se preferir fazer uma visita acompanhada, sugerimos experimentar uma Excursão de jipe em Sete Cidades, ou fazer uma Excursão a Pé, dependendo da capacidade física de todos e também, claro, da vossa preferência. A Geo Fun e a Celina Tours oferecem estes serviços.
Origem do nome.
Há mapas que a representam, lendas e referências geográficas actuais que reforçam a sua existência, mas a verdade é que ninguém pode garantir que a mítica Antilia, também conhecida como Ilha das Sete Cidades, existiu mesmo algures no Oceano Atlântico.
O primeiro documento ibérico referente às Sete Cidades é uma crónica em latim da cidade de Porto Cale (Porto), aparentemente escrita por volta do ano 750 a.C por um clérigo cristão, mas a lenda mais bonita e que explica a origem da Lagoa das caldeiras do vulcão das Sete Cidades, nos Açores, é a Lenda da Princesa e do Pastor no Reino das Sete Cidades.
Segundo a tradição oral dos Açores, representada no livro Açores, Lendas e Outras Histórias de Ângela Furtado-Brum, “os reis desta terra encantada tinham uma filha que não gostava de se sentir presa entre as muralhas do castelo e saía todos os dias para os campos.
Durante um dos seus passeios pelos campos conheceu um pastor, filho de gente simples do campo, que vinha do trabalho com os seus rebanhos. Conversaram quase toda a tarde sobre as coisas da vida, e viram que gostavam das mesmas coisas. Dessa conversa demorada veio a nascer o amor e passaram a encontrar-se todos os dias, jurando amores eternos.
No entanto a princesa já com o destino traçado pelos seus pais, tinha o casamento marcado com um príncipe de um reino vizinho. E quando o seu pai soube desses encontros com o pastor, tratou de os proibir, concedendo-lhe no entanto um encontro derradeiro para a despedida.
Quando os dois apaixonados se encontraram pela última vez, choraram tanto que junto aos seus pés aos poucos foram crescendo duas lagoas. Uma das lagoas, com águas de cor azul, nasceu das lágrimas derramadas pelos olhos também azuis da princesa. A outras, de cor verde, nasceu das lágrimas derramadas dos olhos também verdes do pastor.
Para o futuro ficou, reza a lenda, que se os dois apaixonados não puderam viver juntos para sempre, pelo menos as lagoas nascidas das suas lágrimas ficaram juntas para sempre, jamais se separaram”.
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