As birras fazem parte do crescimento dos mais pequenos. Mas quando estas se tornam regulares, há que saber dizer não. Mas qual é a melhor forma? Veja o artigo do nosso parceiro Connecting Dots – Consultoria Familiar.
As birras, como qualquer outra alteração recorrente do comportamento, sinalizam o mal-estar das crianças. Muitas vezes, os pais não o entendem dessa maneira. As justificações “ela é assim”, “esta criança é mais difícil” e “faz parte” são as que mais se ouvem nas consultas.
Existe uma fase do desenvolvimento em que as birras “fazem parte”. Por volta dos 2 anos, as crianças começam a ganhar a sua autonomia e a explorar o mundo. É natural, que surjam receios e dúvidas e as birras expressam esses sentimentos. Nesta altura, o papel dos pais é fundamental porque, como em todas as fases, há um início e um fim e esse percurso depende da capacidade dos pais ajudarem os seus filhos a autorregular-se.
Assim, para ajudar nesta fase, há que:
– Definir quais os limites que não podem ser ultrapassados.
Esta fase é importante e exige um trabalho de cumplicidade entre pai e mãe. Imagine quão confuso é um pai dizer “sim, podes fazer isto” e o outro dizer “não, isso não podes”. Estas respostas diferentes a um mesmo problema fazem as crianças ter respostas divergentes. Aí não estará a ajudar o seu filho, estará apenas a confundi-lo.
– Dizer “NÃO”.
Esta parece ser uma grande dificuldade para os pais de hoje em dia. É urgente interiorizar que dizer “NÃO” é uma atitude imprescindível para o crescimento de qualquer criança. Quando dizemos “NÃO” estamos a delinear os limites, a definir uma zona de segurança e estamos a dizer aos nossos filhos que nos importamos com o que eles fazem.
Numa consulta recente, M., mãe de uma criança de 24 meses, dizia-me: “a melhor coisa que me fizeram ver foi que não estava a magoar o meu filho nem a traumatiza-lo quando digo que não”.
Dizer “NÃO” é bom, saudável e favorece o crescimento. Vamos aprender a dizer “NÃO”.
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