A hora das refeições é uma verdadeira luta, tipo a revolução francesa ou o 25 de Abril?
Muitos pais queixam-se de dificuldades à hora das refeições – por isso, Beatriz Pereira do blog Mais Q’Especial traz-nos algumas dicas para que as vossas abobrinhas comam sem birras, dramas ou problemas.
Estas regras devem ser definidas e trabalhadas de acordo com as idades da criança e devem ser um trabalho de equipa em que o objetivo final pode ser “terem tempo para estarem juntos após o jantar”.
1. Evitar qualquer linguagem que demonstre o vosso medo ou ansiedade de que a criança não vai comer
As crianças apoderam-se de vós assim que sentem que estão “cheiiiinhos” de medo da hora da refeição. Isto inclui também evitar dizer em frente a outras pessoas que “ai, ele é péssimo a comer” como se isso fosse impossível de mudar e melhorar.
2. Façam a vossa reunião de família para estruturar bem as regras da hora da alimentação: horas, tempo para comer e o comer
Se só chamam, uma vez para a mesa, só chamam uma vez. Se só há peixe com batata (e sabem que a criança come muito bem este mesmo prato em qualquer outro lugar), só há peixe e batata.
Se a criança se levanta mil e quinhentas vezes da mesa, consideram que é sinal de que já não quer comer nem a sobremesa que tinham preparado no final.
3. Muitas vezes, esta “luta” na hora das refeição vem exatamente de uma sensação de poder que a criança sente neste momento.
Porque sabe que se não comer, os adultos preocupados em garantir que a criança coma, vão jogar o jogo que for preciso e que elas definirem.
Então uma forma, de lhes dar poder neste momento, sem condicionar a alimentação propriamente dita, pode passar por envolverem a criança na confeção da comida, na escolha dos ingredientes no supermercado, etc.
4. Acreditem que a criança quando tem fome, ela come
Se termina o jantar sem comer o prato todo porque depois sabe que vai comer bolachas antes de ir para a cama ou um belo balde de pipocas, talvez seja por isso que acaba por nunca comer tudo.
Porque sabe que fome é algo que não queremos que passem e que vão corresponder sempre à frase “eu tenho fome… posso comer bolachinhas?.
5. Lembrem-se que, muitos dos comportamentos manifestados nas refeições, são a expressão de outras necessidades da criança
Como, por exemplo, a necessidade de ser mais escutado, envolvido em decisões ou atenção. Reflitam sobre a que necessidade devem corresponder.
Este artigo foi útil para si?