Como promover uma relação saudável entre as nossas crianças e o dinheiro? Trazemos algumas dicas originais, seguras e úteis!
“Mãe, dás-me vinte euros?”. Cada vez mais cedo, os miúdos manifestam a necessidade de usar dinheiro – para comprar um brinquedo, para pagar um lanche ou mesmo para guardar. Com ela surge outra necessidade: a de os educar financeiramente, preparando-os para um mundo que é cada vez mais acessível, prático e digital!
Reunimos várias dicas para a educação financeira das crianças: como ensiná-las a gerir o dinheiro, a poupar, a proteger os seus dados e, sobretudo, como garantir que o fazem de forma consciente e segura.
Os 5 passos para uma relação saudável com o dinheiro
Cabe-nos a nós, pais ou tutores, orientar as nossas crianças para que desenvolvam uma relação saudável e responsável com o dinheiro. Mas por onde começar? Achamos que estes são os 5 pontos essenciais:
Compreender o valor do dinheiro
Nesta altura em que estamos fechados em casa e as tarefas domésticas chegam ao teto (help!), esta função é super útil. Funciona como um estímulo saudável que motiva as abobrinhas a fazer as tarefas com vontade e noção de que o seu esforço será recompensado.
Já vos aconteceu os miúdos quererem muuuuito comprar algo injustificavelmente caro? Há algum tempo, a abobrinha Leonor quis juntar mais de 100 euros para comprar um diadema do universo de Harry Potter. Revelou-se a altura ideal para uma conversa sobre o valor do dinheiro.
É importante transmitir-lhes a noção de que o dinheiro custa a ganhar, de que é limitado e de que deve ser gasto em coisas que valem a pena, explicando também o equilíbrio preço-utilidade-qualidade dos bens e serviços.
Uma boa forma é recompensar monetariamente algumas tarefas que as crianças podem fazer. Na nossa família há um minimo a cumprir (camas feitas, pôr a roupa para lavar, levantar a mesa…) mas há tarefas extra, além desses mínimos, que podem ser recompensadas.
Também podemos recompensar atividades e atitudes que promovem os comportamentos que queremos estimular, como ser mais autonomos e responsáveis, empáticos como ler mais ou fazer um desenho para enviar à avó.
Com cada tarefa, as abobrinhas vão familiarizar-se com o quanto custar ganhar o seu próprio dinheiro, aprendendo a valorizá-lo de forma pessoal.
Aprender a fazer uma gestão equilibrada
Tenhamos muito ou pouco dinheiro em mãos, a forma como o gerimos faz toda a diferença. Por isso, é importante ensinar-lhes a orçamentar o seu dinheiro, a refletir antes e depois de fazer uma compra, a analisar as despesas mensais e a ter sempre algum dinheiro de parte, entre outras coisas – o que nem sempre tem muita piada…
Através de uma gamificação das finanças, permite às crianças aprender a gerir o seu dinheiro de forma divertida e apelativa: conseguem entender que se, por exemplo, já gastaram quase toda a mesada no início do mês, não terão dinheiro para as demais semanas.
Nesse caso, fica a lição para gerir os gastos de forma mais equilibrada no mês seguinte ou toca a fazer tarefas para conseguir um dinheirinho extra!
No poupar é que está o ganho
Crescemos com a nossas avós a dizer-nos “Se tens 20 (escudos ou guilders), gastas 10 e guardas os outros 10”, e a verdade é que ainda hoje temos essa ideia muito presente. Mais do que uma forma de fazermos crescer o nosso dinheiro, a poupança é um hábito saudável que nos ajuda a limitar as nossas despesas ao essencial. Como transmitir este pensamento aos mais novos?
Associar um objetivo concreto ao esforço de poupança é a forma mais eficaz de ensinar o valor da poupança, e dar às crianças a liberdade e responsabilidade de decidir o quanto querem poupar permite-lhes desenvolver essa sensibilidade.
Cada passo dado no sentido de alcançar o seu objetivo dá-lhes também uma enorme satisfação. Quase tanto como apanhar um pokemon particularmente raro!
Experimentar a responsabilidade em primeira mão
A experiência é uma das melhores ferramentas para a educação: isto é verdade tanto para aprender a andar de bicicleta como para aprender a gerir o dinheiro!
Ao ter a sua própria conta e cartão, estamos a conceder-lhes independência e responsabilidade para que possam explorar o funcionamento do dinheiro pessoalmente.
O ideal é fazê-lo por fases, e com esta app é muito fácil: através do nosso smartphone, podemos definir que operações as abobrinhas estão autorizadas a fazer e ir aumentando a liberdade à medida que verificamos a sua responsabilidade. É possível estabelecer se podem ou não fazer transferências ou levantar dinheiro, por exemplo.
A primeira responsabilidade que as crianças têm quando criamos a conta é a escolha da imagem do seu cartão – uma ótima ideia, porque quem tem filhos pré e adolescentes sabe a importância que imagem tem.
Entrar no mundo do dinheiro com acompanhamento
A segurança nunca é demais no que toca ao dinheiro – e principalmente quando falamos das nossas crianças.
Por isso, é importante que os pais possam acompanhar todas as partes do processo e ajudar no que for preciso. Elas exploram a sua independência financeira e aprendem a gerir o dinheiro, enquanto nós monitorizamos tudo no nosso telemóvel.
Para que este seja também um processo seguro, não faltam medidas de proteção: todos os operadores com restrições de idade estão bloqueados, o número do cartão encontra-se no verso e os pais recebem uma notificação sempre que as crianças fazem um pagamento.
Também é possível bloquear o cartão deles de forma simples e rápida, para que possamos ter uma conversa construtiva caso verifiquemos uma gestão menos equilibrada.
E aí em casa, já começaram a falar de dinheiro com as vossas abobrinhas? Partilhem as vossas experiências e questões nos comentários 🙂
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