Mergulhem de cabeça no conhecimento… e deslumbrem-se com o nosso planeta azul!
Há flores no oceano? As espécies marinhas são como nós – de diferentes cores? Como é que os mamíferos respiram debaixo de água? Estas são algumas das curiosidades que vamos descobrir este mês – em que se celebra o Dia da Terra, com o Oceanário!
4 curiosidades sobre o Azul do nosso Planeta Terra!
As anémonas e os corais são flores?
As anémonas, os corais e as medusas são cnidários (Cnidaria), animais de corpo gelatinoso que existem no oceano há mais de 500 milhões de anos. Os cnidários foram os primeiros animais a movimentar-se. No caso dos corais e das anémonas, os adultos são organismos sésseis, ao passo que, nas medusas, o estado adulto é de vida livre.
Os corais são constituídos por um pequeno pólipo (ou mais), e são estruturalmente semelhantes às anémonas.
Podem apresentar uma estrutura esquelética mineral (corais duros) ou não (corais moles). Em águas pouco profundas, os corais associam-se a organismos unicelulares fotossintéticos (zooxantelas), que fornecem outra fonte de alimento.
Graças a esta relação simbiótica, crescem mais depressa e formam recifes. No oceano profundo, também há corais.
Porque há algas vermelhas, castanhas e verdes?
As algas são um grupo de organismos fotossintéticos sem raízes, caule, flores ou sementes.
Existem cerca de 35 mil espécies. Este grupo diversificado inclui formas muito simples, como as microalgas que constituem o fitoplâncton, mas também algas semelhantes a plantas, como o sargaço, ou mesmo as gigantes algas kelp. As algas kelp podem crescer até 60 centímetros por dia.
Tal como as plantas terrestres, as algas usam a clorofila para absorver a luz solar e realizar a fotossíntese. No oceano, a absorção da luz é mais difícil; a maiores profundidades, requer pigmentos fotossintéticos acessórios.
Assim, junto à superfície, as algas são verdes, mas, à medida que a profundidade aumenta, começam a surgir algas vermelhas e castanhas, com pigmentos que lhes permitem absorver as componentes azul e verde da luz.
A vegetação marinha inclui ainda as ervas marinhas, que formam as pradarias marinhas, as plantas halófitas (tolerantes à salinidade) existentes nos sapais e as árvores típicas dos mangais.
Há minhocas no mar?
As minhocas pertencem ao grupo dos anelídeos (Annelida), que inclui diversas espécies marinhas. Contudo, não existem verdadeiras minhocas no mar. No oceano, os animais com o corpo com anéis chamam-se poliquetas e podem encontrar-se desde as zonas costeiras entregares até às fontes hidrotermais, a grande profundidade.
Os anelídeos têm um papel vital na manutenção da vida na Terra, pois reciclam restos vegetais e animais, transformando matéria orgânica em matéria inorgânica (água, sais minerais, entre outros). São também importantes na dieta de muitos peixes, como as douradas e os sargos.
Como vivem os mamíferos debaixo de água?
No oceano, há ainda um grupo de animais que colonizou o ambiente aquático após milhares de anos de evolução em terra: os mamíferos marinhos.
Neste grupo, incluem-se os cetáceos (baleias e golfinhos), os pinípedes (morsas, focas, leões marinhos, elefantes marinhos e otárias) e ainda os dugongos, os manatins, as lontras-marinhas e o urso-polar.
Os mamíferos marinhos, à semelhança dos terrestres, respiram por pulmões e são vivíparos. No entanto, nem todas as espécies têm pelo. Algumas apresentam uma extensa camada de gordura que mantém a temperatura corporal.
A forma hidrodinâmica do corpo e os membros transformados em barbatanas são igualmente adaptações ao meio marinho. Outras espécies sofreram extraordinárias especializações que lhes permitem mergulhar: maior percentagem de glóbulos vermelhos, que facilita a oxigenação, e maior tolerância ao ácido láctico, que deixa os músculos funcionarem sem oxigénio.
As baleias-de-bico podem mergulhar até aos 3000 metros de profundidade e suster a respiração por mais de duas horas.
Os mamíferos marinhos apresentam também adaptações sensoriais ao meio marinho. A comunicação realiza-se sobretudo por missões acústicas subaquáticas. Os cetáceos desenvolveram a capacidade de utilizar o som, e o respetivo eco, para percepcionar o meio que os rodeia (ecolocalização).
Os pinípedes, as lontras e os ursos-polares têm bigodes sensoriais muito avançados.
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Gostaram de saber estas curiosidades sobre os mamíferos, a vida marinha e as espécies que habitam o nosso azul? Agora podem celebrá-las… com arte!
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