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Organização familiar: tempo para todos

organização familiar

Será que há mesmo falta de tempo?

Liliana Rocha, do Gabinete de Psicologia, partilha connosco uma noção esquecida na pressa dos dias de hoje: a importância de encontrar espaço para todos e para cada um de nós. 

Ontem foi dia do Pai. Mas também foi dia do filho. Foi um dia em que a sociedade nos impõe para ter tempo em família. Mas para viver a parentalidade não precisa de haver um dia, muito menos que esta seja imposta pela sociedade.

Porque ser pai (e filho) é sê-lo todos os dias. É querer ter tempo para vivê-lo com os nossos filhos, com a nossa família. É saber organizar esse tempo, para estarmos verdadeiramente presentes.

A desorganização familiar pode ser atingida em diversos campos, sejam eles emocionais, sociais, financeiros, educacionais (escolar), bem como nas actividades rotineiras, impedindo o funcionamento saudável da família no dia a dia com risco de danos no futuro.

Será que há mesmo falta de tempo? Ou não será uma desculpa cómoda em que queremos acreditar para não ter que investir? Dar amor, carinho e atenção dá trabalho, custa, e após horas infindáveis de trabalho/aulas, cansados e esgotados, de facto não queremos ser importunados. Mas se não houver investimento agora, quando haverá? Será tarde demais quando se chegar às rupturas familiares.

Bom, talvez durante a semana não sobre muito tempo. Com o dia carregado de rotinas esgotantes fica difícil encaixar mais eventos familiares. Mas trocar os distratores digitais por simples jogos tradicionais em família seria mais produtivo. Por vezes, uma hora bem passada, entre risadas, histórias, partilhas de como foi o dia de cada um, quer na escola quer no trabalho, cria mais impacto que uma serie de horas ao fim de semana, com programas chatos por um qualquer centro comercial.

Quando bem organizado o tempo, sem a velha desculpa “não tenho tempo”, abre mais espaço, quer para este tipo de actividades em conjunto, quer também para o tempo individualizado, que cada um precisa (e merece!) para se restabelecer e estar em forças para o dia seguinte.

E que tal, durante o jantar, em vez da TV a bombardear informação insignificante e irritante, não possa ser um espaço de partilha do dia de cada um? E depois do jantar, porque não jogar ao “Monopoly”, como fazíamos antes e mais vezes? E que tal, deitar as crianças mais cedo, contar-lhes uma história e assim, poder relaxar finalmente e ter o tempo para si, que tanto deseja e pode usufruir da maneira que quiser? É aí que fica o tempo para todos e para cada um de nós!

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