Saiba mais sobre a indução do parto e sobre quando é ou não aconselhável fazê-lo.
O parto induzido tem origem num procedimento médico e ocorre quando o trabalho de parto não inicia naturalmente. São várias as vozes que, nos últimos anos, se têm levantado contra a indução do parto, frisando a necessidade de respeitar o tempo de cada corpo e do bebé que este gera, mas existem situações em que pode fazer sentido à equipa médica acelerar o parto.
Como acontece um parto induzido?
O parto induzido deve ser sempre realizado no hospital e pode ocorrer de diferentes maneiras: através do uso de medicamentos, com uma sonda especial na vagina e na região uterina, ou forçando o deslocamento das membranas durante um exame de toque.
Por norma, a futura mamã começa a sentir as contrações uterinas 30 minutos após a indução do parto. Por norma, estas são mais dolorosas do que num parto normal ou espontâneo, mas podem ser controladas recorrendo à epidural, ou, no caso das mães que optam por um parto natural (que, neste caso, não o será já a 100%), através de exercícios de respiração.
Existem, no entanto, outras formas naturais de incentivar ou acelerar o parto, caso a grávida queira tentar evitar o parto induzido: relações sexuais, que podem ajudar às contrações, caminhadas ou exercício físico durante as semanas finais da gravidez, com ritmo suficiente para ficar ofegante.
Quando faz sentido ter um parto induzido?
A indução do parto deve ser sempre indicada pelo médico assistente, sendo normalmente aconselhada quando a gravidez ultrapassa as 41 semanas sem existir sinal aparente de contrações.
O parto induzido também pode ser a opção mais viável quando ocorre o rebentamento das águas, sem que, no entanto, as contrações se iniciem no prazo de 24 horas. A grávida pode, noutras situações, estar a perder líquido amniótico sem que a bolsa tenha rompido – nesse caso, é igualmente recomendável induzir o parto.
O parto induzido fará sentido por fim nos casos em que o bebé possua alguma má-formação detetada, não tenha crescido o suficiente, ou se a mãe for diabética, sofrer de doenças renais ou pulmonares, gordura no fígado ou colestase gestacional.
Em que situações o parto induzido não é recomendado?
O parto induzido pode ser realizado a partir das 22 semanas de gravidez, não sendo de todo benéfico acontecer antes dessa data.
Tampouco é recomendado induzir o parto quando o bebé pesa mais do que 4kg, está sentado, está morto, em sofrimento ou com os batimentos cardíacos diminuídos, nesses casos sendo mais seguro a equipa médica optar por fazer uma cesariana.
Existem outras situações em que o parto induzido não é indicado, e, por isso, não deve ser realizado, como quando a mãe já fez mais do que duas cesarianas – devido à presença de cicatrizes no útero -, ou quando o parto é de uma gravidez de gémeos ou de mais bebés.
Em caso de herpes genital ativa, de placenta prévia ou placenta baixa, ou de prolapso do cordão umbilical, o parto induzido está igualmente contraindicado.
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