As sestas na gravidez, quando regulares, podem diminuir o risco do bebé nascer com baixo peso. Esta é a conclusão de um estudo levado a cabo na China.
Sestas na gravidez? SIM! E agora, preparem-se mamãs – há uma desculpa extra para que as façam sem pensar no que poderiam fazer enquanto estão a fazer a bendita soneca. De acordo com um novo estudo, as sestas na gravidez podem ter impacto positivo no peso do bebé na altura do seu nascimento.
Sestas na gravidez
Segundo o estudo levado a cabo na China, as mulheres grávidas que fazem sestas regulares durante a gravidez têm menores probabilidade de ter um bebé com baixo peso (com menos de 2,5 quilogramas).
“O baixo peso no nascimento é um dos maiores receios que os futuros pais sentem durante a gravidez”, afirma Ghada Bourjeily, investigadora da Universidade de Medicina Warren Alpert, em Rhode Island, no estado de New England, nos Estados Unidos da América.
A sesta como fator determinante para o peso do bebé no nascimento
Lulu Song, da Universidade de Ciência de Huazhong, em Wuhan, cidade situada no centro da China, e a sua equipa de investigadores analisaram informação proveniente de dados de cerca 10 mil mulheres recolhidos no estudo “Healthy Baby Cohort”, realizado entre 2012 e 2014 na China, com o objetivo de determinar se o sono na gravidez implicava ou não o peso de nascimento do bebé.
Na população objeto de estudo havia um grupo de cerca de 440 mulheres que tinham tido bebés com baixo peso no nascimento. Comparativamente a essas mulheres, os cientistas verificaram que as gestantes que faziam sestas de uma hora ou hora e meia tinham menos 29 por cento de probabilidades de ter um bebé com baixo peso no nascimento (menos de 2,5 kg).
Contudo, dentro do tema “sesta” existem vários fatores a ter em conta – também a frequência da sesta tem um papel importante. As mulheres que dormiam entre 5 a 7 dias por semana demonstraram ser um grupo menos pré-disposto a ter um bebé com baixo peso.
O sono, a sua qualidade e a duração pode causar problemas na mãe e no bebé
Além disso, e de acordo com a cientista Ghada Bourjeily, o sono, a sua qualidade e duração são fatores de risco que podem originar diversas complicações perinatais e variados problemas de saúde, seja na infância ou na vida adulta, tais como problemas respiratórios, diabetes e hipertensão.
Apesar disso, o estudo chinês não foi um estudo experimental, pelo que não é possível provar que os hábitos de sono afetam, de facto, o peso do bebé aquando do seu nascimento.
Ainda assim, estas descobertas adicionaram “outra peça do puzzle sobre a importância de estarmos alertos sobre as práticas de sono durante a gravidez“, explicou Louise O’rien, investigadora do Centro de Distúrbios do Sono da Universidade de Michigan em Ann Arbor, nos EUA.
A investigadora norte-americana, que estuda a interrupção do sono durante a gestação e os seus resultados perinatais, esclarece que muitos dos comportamentos de sono são modificáveis, e se o facto de ‘passar pelas brasas’ pode não trazer resultados tão bons para mãe e feto, há que entender a razão de isso acontecer.
Acrescenta ainda que futuros estudos devem investigar experimentalmente a duração do sono – em vez de se basear em resultados obtidos através de depoimentos -, bem como a qualidade do sono e a posição de dormir.
Os distúrbios do sono, como a apneia, podem restringir o oxigénio fornecido ao bebé e causar problemas cardiovasculares na mulher
“O sono é outro sinal vital que deve ser medido. As mulheres grávidas não devem ser desnecessariamente testadas para distúrbios do sono, mas, em geral, o sono é altamente subestimado”, disse Suzanne Karan, do Centro Médico da Universidade de Rochester, em Nova Iorque, EUA.
Diferentes autores e cientistas de todo o mundo referem que este estudo demonstrou, essencialmente, a importância que o sono tem na gravidez e na saúde da gestante e do feto
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