Pré-eclâmpsia e eclâmpsia: causas, sintomas e tratamentos - Pumpkin.pt

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia: causas, sintomas e tratamentos

Pré-eclâmpsia e eclâmpsia

A pré-eclâmpsia e eclâmpsia são condições que podem ser muito graves quando ocorrem na gravidez.

Várias são as complicações que podem decorrer da gravidez e uma delas é a Pré-eclâmpsia e Eclâmpsia. Neste artigo, explicamos tudo sobre estes problemas de saúde.

Pré-eclâmpsia

O que é?

A Pré-eclâmpsia é uma condição que deriva da hipertensão arterial, ou seja, da pressão arterial alta que é acompanhada de proteína na urina, e que se desenvolve, normalmente, após as 20 semanas de gravidez. A Eclâmpsia são convulsões que ocorrem em mulheres com pré-eclâmpsia e que não apresentam outra causa.

Tipos de Pré-Eclâmpsia

Existem três tipos desta doença:

  • Pré-eclâmpsia leve

Quando a pressão arterial ultrapassa os 140/90 mmHg, na gestante com 20 ou mais semanas de gestação, e é acompanhada por aumento na quantidade de proteínas na urina, com valores acima dos 300 mg em 24 horas – tal por ser o resultado de uma urina espumosa.

  • Pré-eclâmpsia sobreposta a hipertensão crónica

Quando a gestante já tinha hipertensão antes da gravidez, o diagnóstico é confirmado se houver um aumento de 30 mmHg da pressão arterial máxima ou de 15 mmHg da pressão arterial mínima, acompanhado de aumento da proteína urinária ou inchaço generalizado;

  • Pré-eclâmpsia grave

Esta acontece quando a pressão arterial atinge valores iguais ou superiores a 160/100 mmHg e a quantidade de proteína na urina ultrapassa valores de 2 gramas por dia, acompanhadas de sinais e sintomas como diminuição do volume urinário diário – menor que 500 ml em 24 horas -, dor abdominal, alterações visuais, aumento das enzimas do fígado e redução do número de plaquetas no sangue.

Fatores de risco

As causas da pré-eclâmpsia são desconhecidas. No entanto, é mais comum ou mais frequente nas mulheres que tenham:

  • Idade superior a 37 anos ou inferior a 18 anos;
  • Obesidade antes da gravidez, com um IMC de 30 ou mais;
  • Uma gravidez gemelar;
  • Tido pré-eclâmpsia numa gestação anterior – uma em cada cinco mulheres apresenta o problema de novo (se o companheiro for diferente entre uma gravidez e outra, a mulher volta a ter risco como se fosse uma primeira gestação, mesmo que não tenha apresentado pré-eclâmpsia na anterior);
  • Têm historial clínico de pré-eclâmpsia na família;
  • Já tinham a pressão arterial alta ou uma doença vascular ainda antes de engravidar;
  • Uma doença coagulativa (dificuldade de fazer a coagulação do sangue);
  • Problema crónico de saúde que afete o sistema circulatório, como hipertensão, lúpus, problemas renais ou diabetes.

Sintomas de pré-eclâmpsia

O mais comum é o aumento da pressão arterial e a presença de proteína na urina após 20 semanas de gestação. No entanto, existem outros sintomas que a devem deixar alerta e procurar um médico, tais como:

  • Grande inchaço no rosto, à volta dos olhos ou nas mãos;
  • Inchar de repente ou demais nos pés e tornozelos;
  • Engordar mais de 2 quilos numa semana (o que indica retenção de líquidos).

Consequências

  • A pré-eclâmpsia pode originar o descolamento da placenta, podendo resultar em problemas no desenvolvimentonum nascimento precoce, o que, por sua vez, potencia o risco de o bebé ter problemas imediatamente após o nascimento.
  • As extremidades do corpo da mulher podem inchar, e se a pré-eclâmpsia for grave e não for tratada, a gestante pode ter convulsões (eclâmpsia) ou danos nos seus órgãos.
  • Dependendo da gravidade da pré-eclâmpsia, o tratamento pode envolver diversas formas: repouso, hospitalização, medicamentos ou “agendar” o nascimento do bebé para o mais cedo possível.

Tratamentos

Se tiver pré-eclâmpsia, vai ter de medir a sua pressão arterial e fazer exames de urina com frequência para verificar a presença de proteína.

Além disso, também as hormonas devem ser avaliadas através de análises de sangue para que o médico possa avaliar a probabilidade da pré-eclâmpsia agravar. Além disso, outros exames podem ser realizados para avaliar outros órgãos, como o funcionamento do fígado.

Se se comprovar que existem sérios riscos tanto para a mãe como para o bebé, o mais provável é que seja internada para receber via intravenosa um tratamento medicamentoso.

No entanto, o médico pode achar que não há necessidade disso e outro dos tratamentos poderá ser a adoção de uma alimentação saudável e com restrições no que ao sal e açúcar diz respeito.

Também o bebé será alvo de constante monitorização. Ao mínimo sinal de que o seu desenvolvimento não está a correr de acordo com o previsto ou caso o líquido amniótico esteja a diminuir, o tratamento poderá passar pela indução do parto normal ou, no caso de se tratar de um quadro grave, de uma cesariana.

Mesmo após o parto a mãe continua a ser observada durante alguns dias que se podem estender a quatro semanas, visto ainda haver riscos neste primeiro mês pós-parto.

Eclâmpsia

O que é?

A eclâmpsia é uma manifestação grave da pré-eclâmpsia, traduzindo-se numa complicação grave da gravidez que se caracteriza por episódios repetidos de convulsões, e que pode ser fatal se não for tratada imediatamente.

Sintomas

Alguns dos sintomas são:

  • Convulsões;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Tensão arterial elevada;
  • Aumento rápido de peso, devido à retenção de líquidos;
  • Inchaço das mãos e pés e até da face;
  • Perda de proteínas pela urina;
  • Zumbidos nos ouvidos;
  • Dor de barriga intensa;
  • Vómitos;
  • Alterações na visão.

As convulsões pode ter a duração de cerca de 1 minuto, podendo evoluir para coma.

Riscos da eclâmpsia

Os maiores riscos desta doenção são:

  • Síndrome HELLP

Esta síndrome é caracterizada por uma alteração grave da circulação sanguínea, na qual dse regista destruição dos glóbulos vermelhos, diminuição das plaquetas e lesão nas células do fígado, oo que provoca o aumento das enzimas hepáticas e bilirrubinas no exame de sangue.

  • Diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro, causando lesões neurológicas, retenção de líquidos nos pulmões dificuldades respiratórias e insuficiência renal ou do fígado.
  • Também o bebé pode sofrer com a doença, podendo haver a necessidade de induzir um parto prematuro ou verificar-se atrasos no seu desenvolvimento.

Quais as causas?

Os fatores de risco para uma gestante desenvolver eclâmpsia são:

  • Gravidez em mulheres com mais de 37 ou menos de 18 anos;
  • Histórico familiares com eclâmpsia;
  • Gravidez gemelar;
  • Mulheres com hipertensão;
  • Obesidade;
  • Diabetes;
  • Doença renal crónica;
  • Grávidas com doenças autoimunes, como lúpus.

Tratamento

Há a possibilidade de haver dois tipos de tratamento, tendo em conta o grau de gravidade da doença:

  • Sulfato de magnésio

Medicamento dado por via intravenosa para prevenir ou impedir as convulsões;

  • Interrupção da gravidez ou indução do parto

Nos casos mais graves, naqueles em existe um maior risco de mortalidade materno-fetal, pode ser necessário interromper a gravidez ou induzir o parto, uma vez que a cura da eclâmpsia só é possível depois do bebé nascer e da placenta sair do útero da mulher.

Atenção que nada do que aqui está exposto, dispensa a consulta de um especialista. Se tiver algum destes sintomas desloque-se de imediato ao seu obstetra para que ele a possa avaliar e fazer um diagnóstico.

Veja também:

  • Dicas para as grávidas: Para que serve o pré-natal?
  • Parto: as diferentes formas de ver a magia acontecer!

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