6 dicas para viajar longas distâncias com crianças sem desesperar - Pumpkin.pt

6 dicas para viajar longas distâncias com crianças sem desesperar

6 dicas viajar longas distâncias criancas sem desesperar

O Dr. João Moreira Pinto, que além de pediatra e pai é também autor do blog “E os filhos dos outros“, trouxe-nos algumas dicas para quem vai viajar longas distâncias com crianças:

1. Estar sempre prevenido. 

Quem viaja com crianças, sabe que existem sempre demasiados imprevistos (um suja a fralda assim que pomos os pés ao caminho, o outro vomita, outro faz febre, etc).

Depois, existem os imprevistos inerentes à própria viagem (um furo no pneu, uma ligação de aérea que se perde, as malas que se extraviam).

Assim, mais vale ir sempre prevenido. Convém levar na bagagem de cabina (no caso do avião) ou numa mala de acesso fácil (no caso de carro e comboio): duas ou três mudas de fraldas, toalhitas e cremes em quantidade suficientes para os 2 dias e várias mudas de roupa por criança.

2. O mesmo se aplica à alimentação. 

Dependendo da idade da criança, convém pensar na eventualidade de não ter acesso fácil ao leite adaptado, às papas de fruta ou às sopas raladas, nos dois dias seguintes. Por isso, preparar uma merenda reforçada, para o que der e vier.

3. Beber e oferecer. 

Seja por causa do ar condicionado dos aviões, seja pelo calor dentro do carro, as viagens predispõem à desidratação.

Deve por isso oferecer-se muita água às crianças. Água não é sumo nem refrigerantes. O contéudo em açucar destes predispõem ainda mais à desidratação. Mesmo nos bebés amamentados deve oferecer-se água. A água, desde que seja potável, não precisa de ser fervida.

4. Brincar. 

Se vamos estar 4 ou mais horas num avião, é bom que tenhamos com que entreter as crianças. Obviamente, a idade da criança vai influenciar nas escolhas.

O leitores de DVD e os tablet permitem ver vídeos e até jogar jogos. Os livros também são óptimos e até puxam para o soninho. Mesmo assim, a criança vai cansar-se, principalmente se estiver num carro onde nem se pode levantar. Pense em jogos que possam fazer a dois. Aproveite a ‘panca’ do momento. 

5. Fazer pausas frequentes. 

O ser humano não foi feito para estar sentado no mesmo sítio durante longos períodos de tempo. Se uma viagem é feita de carro, é importante parar de tempos a tempos (2 em 2 horas ou 3 em 3 horas).

Estes momentos são importante para os pais descansarem do volante, desentropecerem as pernas e beberem um café. São também momentos óptimos para as crianças descarregarem as baterias que vão acumulando durante as horas de viagem.

Mesmo em viagens de avião ou de combóio, estabeleça metas até à próxima ‘pausa’. Por exemplo, quando chegar à hora X, vamo-nos levantar e lavar a cara; quando passarmos a estação Y, vamos ver quem encontra a primeira motorizada, etc. As crianças funcionam muito bem por objectivos estabelecidos.

6. Medicar para dormir. 

O sonho de qualquer pai é que a criança adormeça assim que embarca e acorde já no seu destino.

Sinceramente, acho que não devemos forçar esse sono por meio de medicamentos. Primeiro, porque vai interferir com as rotinas de sono no local de férias, o que só por si já costuma ser um problema. Segundo, porque vejo as viagens também como uma oportunidade. Uma oportunidade dos pais estarem com os filhos e viverem este desafio de se entreterem mutuamente e estarem quietos durante tanto tempo em conjunto.

Mas há pais e pais, crianças e crianças, e eu nao sou fundamentalista. Salvaguardando que deverá sempre falar com o médico/pediatra assistente, para aqueles que não aguentam mesmo viagens muito longas existirá sempre a hidroxizina (vulgo Atarax) e o diazepam (vulgo Metamidol). São dois ansiolíticos leves que se costumam prescrever na idade pediátrica. Como todos os fármacos, eles também poderão ter efeitos adversos. Uma pequena percentagem das crianças desenvolve euforia e irritabilidade (o exacto contrário do que se pretende), pelo que aconselho sempre testar uns dias antes, em casa.

Não vão querer um destes ataques de euforia no dia da viagem… Ambos exigem prescrição médica, pelo que reforço que deverá sempre falar com o médico/pediatra assistente da pertinência da sua toma.

 

Crédito da foto: [fonte: smh.com.au]

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