Saber agir em situações de afogamento pode ser fundamental para salvar uma vida.
Ano após ano a tragédia continua a vir à tona. É inadmissível, revoltante e injusto, sobretudo quando olhamos para a forma padronizada como acontece: o afogamento em Portugal continua a ser a 2ª causa de morte acidental nas crianças. Os primeiros socorros podem fazer a diferença em caso de afogamento?
Além de todas as medidas de segurança a adotar, globalmente como sociedade e individualmente nas nossas famílias, é, claro, importante também oferecer ferramentas aos adultos para que possam e saibam socorrer vítimas de afogamento em caso de necessidade. Uma rápida, segura e eficaz assistência pode ser a diferença entre um susto e uma tragédia.
Trazemos algumas sugestões de atuação de primeiros socorros em caso de ser testemunha de uma situação de afogamento, sublinhando que estas medidas sugeridas pela DGS são genéricas e não adaptadas ao período de COVID-19.
Chamar o 112
Ao identificar um caso de afogamento, não tentem ser herói! Chamem por socorro e liguem imediatamente para o 112! Ao ligar, tenham em conta as seguintes indicações:
- Informar claramente o local onde se encontra a vítima.
- Relatar de forma simples como se deu o acidente.
- Dar indicações precisas sobre o estado da vítima.
- Pedir a quem atendeu a chamada para repetir a mensagem, a fim de verificar se esta foi devidamente entendida.
- Contactar a família da vítima (de preferência o encarregado de educação, se se tratar de um aluno).
- Promover um ambiente calmo, afastando eventuais curiosos e evitando comentários.
- Acalmar e, se possível, pedir informações à vítima sobre o sucedido.
- Executar os primeiros socorros de acordo com o estado da vítima e as lesões sofridas, seguindo as instruções contidas neste manual.
Prestar primeiros socorros. O que é um primeiro socorro?
O primeiro socorro é, de acordo com o manual da DGS, o tratamento inicial e temporário ministrado a acidentados e/ou vítimas de doença súbita, num esforço de preservar a vida, diminuir a incapacidade e minorar o sofrimento.
O primeiro socorro consiste, conforme a situação, na protecção de feridas, imobilização de fracturas, controlo de hemorragias externas, desobstrução das vias respiratórias e realização de manobras de Suporte Básico de Vida.
Qualquer pessoa pode e deve ter formação em primeiros socorros. A sua implementação não substitui nem deve atrasar a activação dos serviços de emergência médica, mas sim impedir acções intempestivas, alertar e ajudar, evitando o agravamento do acidente.
Em caso de afogamento:
- Retirar imediatamente a vítima de dentro de água.
- Verificar se está consciente, se respira e se o coração bate.
- Colocar a vítima de barriga para baixo e com a cabeça virada para um dos lados.
- Comprimir a caixa torácica 3 a 4 vezes, para fazer sair a água.
O que não fazer?
Se o afogamento se deu no mar ou num rio, o socorrista não deve:
- Lançar-se à água se não souber nadar muito bem.
- Procurar salvar um afogado que está muito longe de terra.
- Deixar-se agarrar pela pessoa que quer salvar. Deve atirar-lhe uma corda ou uma bóia.
Também a APSI partilha um conjunto de medidas preventivas que reforçam a importância da formação em suporte básico de vida:

Onde fazer formação em primeiros socorros?
Os afogamentos, tanto de crianças como de jovens, são muito frequentes. É uma das principais causas de morte, depois dos acidentes de viação. Estejam atentos!

Descubram também, e em segurança, as melhores piscinas em Lisboa e piscinas no Porto , 8 conselhos a ter em atenção com as Brincadeiras na Água e relembrem as nossas recomendações de saúde e segurança para o Verão.
Este artigo foi útil para si?