Ninguém sabe muito bem, até porque esse tipo de conclusão é muito difícil de fazer de forma clara.
Numa altura em que os valores da Família e Compaixão são calados diariamente, faz algum sentido pensar um pouco no que se está a passar e, acima de tudo, perceber que soluções temos para oferecer…
O Pediatra Hugo Rodrigues, do blog Pediatria para Todos, fala-nos sobre as dificuldades na gestão familiar e como podem elas ter, nas crianças, reflexos pouco benéficos.
Até porque a O.M.S. define a saúde não apenas como a ausência de doenças, mas sim como o completo bem-estar físico, psicológico e social e, numa conversa com Fátima Lopes, no podcast Momento a S.O.S, Hugo traz-nos um testemunho que confirma exatamente isso.
Podem ouvir esta troca super interessante no Spotify, entre outras plataformas, ou assistir à conversa no YouTube!
Por que razão os casos de depressão estão a aumentar na idade pediátrica?
Há, obviamente, alguns factores que podem justificar esse aumento, nomeadamente:
- pouco tempo que os pais passam com os filhos, fruto de condições profissionais complicadas, o que condiciona o suporte e acompanhamento de que as crianças necessitam para crescer saudáveis, equilibradas e seguras
- aumento do número de divórcios e uniões pouco “funcionais”, pois quando não há harmonia em casa torna-se mais difícil manter a estabilidade emocional;
- desemprego e pouco poder económico, que preocupa os pais e, consequentemente, acaba por “contagiar” também os filhos (a “crise” não é culpada de tudo, mas pode efectivamente agravar estas situações);
- pressão escolar exagerada, com múltiplos exames, trabalhos de casa, explicações, …;
- estas situações são muito variáveis, mas não nos podemos esquecer que todas as pessoas precisam de algum tempo para si e as crianças e os adolescentes muito mais; é preciso brincar, sorrir, pensar, sem ter tarefas em cima de tarefas e preocupações em cima de preocupações e, infelizmente, hoje em dia as nossas crianças têm muito pouco tempo para elas, para serem efectivamente crianças;
- maior exposição dos adolescentes nas redes sociais, o que os torna mais vulneráveis a todo o tipo de agressões e intromissões na sua vida privada (por pessoas estranhas ou até próximas).
Estes são apenas alguns exemplos de factores que claramente influenciam o equilíbrio emocional da nossa população pediátrica, mas certamente há mais para discutir.
No entanto, gostaria também de acrescentar um outro factor, que é o facto de os profissionais de saúde estarem também mais alerta para estes diagnóstico, o que terá implicação, obviamente, no maior numero de diagnósticos que se fazem.
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