Intoxicação acidental: medidas e comportamentos a evitar

Intoxicações: medidas e comportamentos a adotar para as evitar

as crianças veem as coisas de forma diferente

Em média, por ano, morre uma criança ou jovem por intoxicação acidental.

Todos os anos morrem três mil crianças por intoxicação acidental na União Europeia, e as intoxicações são a terceira causa de internamento de crianças por acidente em Portugal.

Segundo os dados recolhidos pela APSI em conjunto com o Centro de Informação Antivenenos (CIAV), a maior parte das intoxicações acontece com medicamentos (60%) e em crianças com idades entre os 1 e os 4 anos. A maioria dos acidentes ocorre em casa – 95% deles, o que prova que está apenas à nossa responsabilidade tomar medidas para os evitar.

No mundo das crianças, não há garrafas boas e más. Nem distinção entre bolinhas de chocolate com cores e comprimidos. E se as embalagens de detergentes são tão apelativas e bonitas, é claro que as crianças querem brincar com elas e provar o que está lá dentro.

Situações destas levam a tratamentos dolorosos e prolongados, principalmente quando os líquidos ingeridos queimam a boca e o esófago.

A APSI lançou, a acompanhar estes dados, um filme, com a participação do padrinho João Gil, que sensibiliza as famílias para o risco de intoxicação nas crianças e ensina medidas e comportamentos a adotar para as evitar.

Como evitar intoxicações acidentais nas crianças?

Não medique as crianças às escuras

Verifique sempre o medicamento e a dose antes de o administrar à criança.

Cuidado com os detergentes e produtos tóxicos

Depois de utilizar, feche bem a tampa e guarde imediatamente os frascos num local longe do alcance e da vista das crianças ou utilize proteções adequadas “e à prova de criança” para os armários.

Guarde os medicamentos num local seguro

Guarde os medicamentos numa divisão em que a criança não costuma estar, em locais altos e fechados.

Não tome o medicamento à frente de uma criança

Sempre que tiver que tomar os seus medicamentos faça-o sozinho, num local sem a presença de crianças.

Não reutilize garrafas de bebidas para guardar produtos tóxicos

Uma criança que chega da escola com sede não vai pensar que a garrafa de sumo que há uns dias estava no frigorífico pode ter agora outro líquido guardado nela. Mantenha os detergentes nas suas embalagens originais.

Cuidado com a automedicação pelas crianças ou adolescentes

Quando nos sentimos doentes procuramos alívio no armário ou gaveta dos medicamentos. As crianças mais velhas podem sentir-se impelidas fazê-lo sem supervisão de um adulto e sem saber quais podem tomar em segurança. Explique aos adolescentes o risco de se automedicarem.

E imagine descobrir que os seus filhos ingeriram medicamentos? O que fazer? 

Em caso de acidente, entrem em contacto imediatamente com o CIAV – Centro de Informação Antivenenos através do 808 250 143 (custo de chamada local). Único no País, com uma cobertura nacional, o CIAV funciona ao longo das 24 horas do dia, 7 dias por semana, sendo o serviço assegurado por pessoal médico especializado.

Mantenha a calma. Não se precipite, mas não perca tempo!

Prepare-se para responder às seguintes perguntas do MÉDICO DO CIAV:

QUEM  Idade da criança e o sexo.

O QUÊ  Nome do medicamento ou produto (se possível tenha a embalagem consigo).

QUANTO  Quantidade ingerida (aproximadamente) ou tempo de exposição ao produto.

QUANDO  Há quanto tempo.

ONDE  Em casa, na rua, na escola, etc.

COMO Em jejum, com alimentos, etc.

Siga as instruções indicadas. A sua colaboração é fundamental.  Se não conseguir ligar para o CIAV ligue 112 ou dirija-se ao hospital mais próximo.

Conheça o trabalho da APSI

E não se fica por aqui! A APSI disponibiliza ainda monofolhas informativas organizadas por faixa etária sobre a prevenção dos vários tipos de acidente na infância.

Estas monofolhas funcionam como complemento à informação transmitida nos filmes e podem ser impressas.

Esta iniciativa tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e foi desenvolvida em parceria com o CIAV.

A coletânea “Um segundo pode durar para sempre” é um recurso criado sobretudo para os profissionais de saúde e pretende constituir-se como uma ferramenta de apoio ao aconselhamento prestado por estes profissionais na área da segurança infantil, no âmbito da educação para a saúde.

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