E quando o dói-dói da abóbrinha dói mesmo? - Pumpkin.pt

E quando o dói-dói da abóbrinha dói mesmo?

E quando o dói-dói da abóbrinha dói mesmo? Saiba o que fazer com as dicas da Oficina de Psicologia.

A dor é muito útil como sistema de alarme que nos concentra toda a atenção e aponta para a urgência na resolução de seja lá o que for que requer “conserto”. Foi assim o desenho que a natureza encontrou para nos ajudar nesta difícil tarefa da sobrevivência.

Infelizmente, e como qualquer alarme, é muito desagradável e pode mesmo retirar-nos pontualmente qualquer capacidade para funcionar normalmente.

Numa criança, a dor é particularmente difícil. Como não tem como perceber o que lhe está a acontecer, algo que ajuda muito a suportar a dor num adulto, nem que vai passar, fica facilmente subjugada pelo mal-estar, e não consegue sozinha encontrar formas de se confortar.

Para os pais, também, é extremamente difícil verem o seu pequenito aflito e quererem reduzir instantaneamente esta aflição, sabendo que os “dói-dóis” levam o seu tempo a sarar.

Felizmente, as abóbrinhas têm uma imaginação muito activa e esta imaginação pode ser recrutada para lhes diminuir a percepção de dor.

Além disso, há várias estratégias que também são úteis a confortar a dor nas crianças.

Ver a sua abóbrinha com dor será um momento desconfortável e difícil, contudo a sua colaboração e envolvimento serão de extrema importância, quer o seu filhote se encontre em casa ou em contexto hospitalar.

• Procure manter-se tranquilo: o seu estado emocional será perceptível para a sua abóbrinha, que se encontra já ansiosa. Senti-lo tranquilo contribuirá para que a ansiedade e medo do seu filho diminuam.

• Esteja presente durante os procedimentos dolorosos: sempre que lhe for permitido pela equipa de saúde, mantenha-se próximo do seu filho durante a realização de procedimentos dolorosos, exames complementares de diagnóstico ou tratamentos necessários. Se possível, segure-lhe a mão, incentive-o a respirar calmamente e assegure-lhe que não o deixará sozinho;

• Se a sua abóbrinha for ainda uma criança de colo, e se a situação o permitir, segure-o contra o seu peito. Esta posição, chamada posição de canguru, tem provado ser eficaz para acalmar a criança e transmitir-lhe segurança, o que contribui para a diminuir a dor;

• Seja a voz do seu filho: algumas crianças poderão não falar com os profissionais de saúde acerca da sua dor por isso é importante que diga aos médicos ou enfermeiros que o seu filho está desconfortável, uma vez que só sabendo que a criança tem dor será possível tratá-la;

• Informe os profissionais de saúde acerca das palavras e sinais que habitualmente o seu filho utiliza para expressar dor e que estratégias utilizadas anteriormente foram eficazes;

• Quando a dor se torna mais intensa, ou se prolonga no tempo, a sua abóbrinha poderá ficar ansiosa e desconfortável. Se em algum momento sentir necessidade, não se iniba de recorrer a ajuda dos profissionais especializados;

• Sempre que possível reforce o ensino do uso da escalas de dor que lhe serão apresentadas pelos enfermeiros. Estas escalas são muito úteis quer para perceber o nível de dor da criança, para que se possa avaliar a eficácia das estratégias de controlo que estão a ser aplicadas.

• Técnicas de respiração: ao incentivar o seu filho a respirar calmamente estará a proporcionar-lhe a possibilidade de relaxar e, desta forma, a diminuir a sua dor. Alguns dos exercícios que podem ser úteis são:

– encher o peito de ar e soprar devagarinho para afastar a dor;

– encher o peito de ar como se estivesse a cheirar uma flor e depois deitar o ar fora devagarinho como se estivesse a soprar por uma palhinha;

– encher o peito de ar e depois mandar o ar fora como se estivesse a fazer bolinhas de sabão.

• Imaginação guiada: com o intuito de induzir um estado de maior relaxamento no seu filho convide-o a imaginar que está no seu lugar preferido, onde se sente seguro, e incentive-o a falar sobre as suas sensações e sentimentos. Poderá ainda reconstruir com o seu filho, os momentos divertidos em família.

 

As melhoras!

 

Equipa Infanto-Juvenil

Oficina de Psicologia

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