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Convulsões febris: o que são?

convulsões febris

Capazes de provocar momentos de grande aflição, as convulsões febris acontecem por norma em crianças até aos seis anos.

As convulsões febris são convulsões que surgem no início de um quadro de febre – estes episódios, que se registam por norma em crianças saudáveis com entre 6 meses e 6 anos de idade, não são graves e têm origem maioritariamente hereditária, mas devem ser obviamente vigiados.

Segundo os dados da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, cerca de uma em cada vinte crianças (5% da população infantil) sofre de convulsões acompanhadas de febre, pelo menos uma vez.

Convulsões febris: quando e como é que acontecem?

Quando as crianças pequenas fazem febre, a temperatura do seu cérebro aumenta muito rapidamente.  O seu sistema nervoso central, ainda imaturo, nem sempre consegue processar bem esse aquecimento, pelo que se um circuito de neurónios ficar assim demasiado excitado pode dar origem às convulsões.

Na maioria dos casos, quando sofre uma convulsão febril a criança perde os sentidos, e, nesse momento, revira os olhos, fica com o corpo tenso e os braços e pernas  a tremer.

Durante este período, a criança pode também ficar com os lábios arroxeados ou espumar pela boca, e fazer xixi. Apesar de ser um momento aterrorizador, por norma os movimentos param sem que exista qualquer intervenção de um adulto: o corpo relaxa e a criança acaba por adormecer. Neste sentido, são convulsões muito semelhantes às que ocorrem mesmo sem febre em pessoas adultas.

Existem dois tipos de convulsões febris:

  • Simples: São convulsões únicas, com duração inferior a 30 minutos no total, que envolvem todo o corpo da criança;
  • Complexas: São convulsões repetidas no mesmo episódio febril, com duração superior a 30 minutos, e que envolvem apenas um lado do corpo da criança.

As convulsões podem recorrer em algumas crianças, isto é, voltar a acontecer depois de um primeiro episódio, havendo um risco maior de reocorrência nos primeiros 6 a 12 meses após o primeiro registo.

Convulsões febris: o que podemos fazer?

Parece impossível, mas durante os episódios o mais importante é mesmo tentar manter a calma e deitar a criança de lado, num local confortável e seguro. Tentem anotar as horas em que começaram e terminaram as convulsões, para maior precisão na avaliação médica, e não coloquem nada na boca da abobrinha.

Depois, existem outros procedimentos a ter em conta, já não diretamente relacionados com as convulsões mas com o objetivo de baixar a febre, entre os quais despir a criança e tentar baixar-lhe a temperatura com medicação (paracetamol ou ipabrufeno), para além de reduzir o máximo possível a temperatura ambiente.

Se for a primeira convulsão febril, devem dirigir-se ao hospital quando a criança acordar, para uma avaliação médica cuidada. Se não for a primeira convulsão, os pais saberão que devem fazer a administração dos clisteres de Diazepam (Stesolid-R) e entrar posteriormente em contacto com o médico para que este lhes indique os passos seguintes. No entanto, se a criança acordar bem não deverá ser necessário deslocarem-se às urgências.

Convulsões febris: quais as consequências?

Apesar de assustadoras, as convulsões febris quando devidamente acompanhadas não trazem quaisquer problemas futuros à saúde das abobrinhas e desaparecem até aos seis anos.

As convulsões febris não provocam lesões cerebrais nem epilepsia. Segundo a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, a evolução futura para epilepsia é mais frequente em crianças com atraso do desenvolvimento, história familiar de epilepsia ou crises febris complexas.

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