Nascimento do macaco-aranha vem reforçar a esperança na recuperação desta espécie tão carismática.
O nosso planeta é a maior herança que deixamos aos nossos filhos. Nestes artigos partilhamos inspirações para conhecer e proteger o nosso planeta. Desta vez, Jardim Zoológico de Lisboa fala-nos de um primata muito especial e do seu papel na conservação da biodiversidade.
Um primata muito especial: o Macaco-aranha-da-colômbia
Sabiam que nas densas florestas tropicais húmidas que se estendem da cordilheira ocidental dos Andes, ao oeste do rio Cauca e leste do Panamá, habita uma espécie de primata muito peculiar? É o Macaco-aranha-da-colômbia.
Os macacos-aranha sofreram grande perda do habitat devido à crescente desflorestação, fragmentação do habitat e à forte pressão pela caça para o consumo humano. Na Colômbia estima-se que nos últimos 10 anos a sub-espécie “Ateles fusciceps rufientris” tenha perdido cerca de 30% do seu habitat.
Vamos conhecer melhor os MacacossAranha, que têm um estatuto de conservação vulnerável:
Dono de um pelo lustroso que contrasta com a face clara e nua, este primata de médio porte é ainda conhecido pelos longos membros e pela sua cauda preênsil. Esta característica faz com que a cauda funcione como um quinto membro, um excelente atributo para uma vida arborícola.
É comum ver o animal agarrado pelas patas, mãos e cauda, todo esticado, fazendo lembrar uma aranha gigante, daí o seu nome comum.
As relações entre eles são duradouras. Não só as crias dependem das progenitoras durante os primeiros dois anos de vida, como também macho e fêmea desenvolvem relações monogâmicas.
Nascimento de uma cria reforça a esperança
No dia 10 de janeiro de 2022, nasceu no Jardim Zoológico uma cria de Macaco-aranha e os visitantes podem observá-la bem agarrada à mãe, no seu colo.
No entanto, às 10 semanas, prevê-se que o animal ganhe alguma autonomia e comece a explorar a instalação, voltando ao dorso materno, sempre que se sentir ameaçado.
Apesar da IUCN, União Internacional para a Conservação da Natureza, indicar uma tendência de decréscimo populacional, o seu estatuto obteve uma importante melhoria desde 2008, altura em que foi classificado como “Criticamente em Perigo”.
Devido aos programas de conservação de que tem sido alvo, o Macaco-aranha apresenta à data um estatuto “Vulnerável”, pelo que, nascimentos como este vêm reforçar o programa e a esperança na recuperação desta espécie tão carismática.
A rápida expansão da população humana e a utilização pouco sustentável dos recursos naturais do Planeta, representam um forte impacto sobre a biodiversidade que, consequentemente, está a diminuir de forma avassaladora ao longo dos últimos anos. A vida na Terra está ameaçada.
Jardins zoológicos, aquários, parques e reservas da vida selvagem, assumem atualmente um papel fundamental para a sobrevivência das espécies em vias de extinção. Em conjunto, estas instituições, são hoje verdadeiras Arcas de Noé. Contribuem e colaboram através da educação, da investigação científica e da implementação ao nível local, europeu e mundial, de medidas de conservação das espécies e dos seus habitats até à reintrodução de espécies na Natureza.
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