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Todos os meses vamos conhecer diferentes temas com a colaboração dos Centros Ciência Viva.
Este mês, o Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva partilha connosco soluções para enfrentar a escassez de água.
Sabiam que de toda a água existente no planeta, apenas 0,01% está disponível para consumo? A água é um bem precioso e vamos conhecê-lo melhor.
O gesto de abrir uma torneira e ter água potável a correr é banal em muitas partes do planeta. No entanto, para mais de 2 mil milhões de pessoas é apenas um desejo impossível. Mas pode tornar-se realidade com o compromisso de todos. O Pavilhão do Conhecimento produziu Água – uma exposição sem filtro para alertar crianças e crescidos para o problema da escassez da água. Afinal, a solução está nas mãos de cada um de nós!
A Família Pumpkin já mergulhou de cabeça nesta exposição sobre a Água, tão gira quanto importante, e, com o apoio do Pavilhão do Conhecimento, conta-vos um pouco do cenário mundial no que toca à falta de água – e, depois, temos dicas de como poupar água em vossa casa!
Quatro factos que impressionam
Sabiam que as doenças causadas pelo consumo de água contaminada e a falta de saneamento básico matam mais pessoas todos os anos do que todas as formas de violência, incluindo a guerra?
E que três em cada dez pessoas não têm acesso pleno a água potável?
Uma em cada quatro escolas primárias em todo o mundo não tem serviço de água potável, levando alunos e professores a usarem fontes desprotegidas ou, simplesmente, a ficarem com sede.
E sabiam que de toda a água existente no planeta, apenas 0,01% está disponível para consumo?
Uma vida sem água
Todos os dias, milhares de mulheres e raparigas em todo o planeta andam a pé durante 200 milhões de horas para recolher água para as suas famílias. São 8,3 milhões de dias e mais de 22.800 anos! Percorrem quase 6 km por dia, 365 dias por ano.
Talvez seja fácil imaginar que qualquer um de nós faria estes quilómetros, desde que estivesse em boa forma física e com os acessórios adequados. Mais ainda se esse trajeto fosse feito numa calçada plana, lisa e sem obstáculos. Mas não é assim, por exemplo, na África Subsaariana.
Neste ponto do globo, a população não tem acesso a fontes de água potável. Mais de três milhões de crianças e quase 14 milhões de mulheres caminham mais de meia-hora para coletar água nos rios ou em lagoas poluídas, descalças ou com sandálias de borracha. Muitas vezes fazem este percurso mais do que uma vez por dia.
Um cenário alarmante
O crescimento acentuado da população à escala mundial, que chegará aos 11 mil milhões de habitantes até ao final deste século, a juntar à grande concentração de pessoas nas grandes cidades nas zonas costeiras, irá fazer aumentar fortemente o “stress hídrico” em várias zonas do planeta, tornando a água doce um recurso cada vez mais crítico.
Estima-se que em 2050 cerca de metade da população mundial possa vir a sofrer de falta de água e por isso é urgente colocar este tema na agenda dos governos e das organizações internacionais.
Reduzir as perdas nos sistemas urbanos de abastecimento de água – que chegam a ser na ordem dos 50% – é essencial para a melhoria de eficiência. Isto passa pela adoção de atitudes mais sustentáveis, novos métodos de gestão e novas tecnologias, que devem ser implementadas pelas entidades gestoras e pelos vários intervenientes do setor da água.
Em Portugal, o desperdício de água é cada vez mais alarmante e em algumas cidades chega aos 80%. São dados preocupantes, se pensarmos que o nosso país está localizado numa zona de risco de aquecimento global. O aumento gradual da temperatura poderá significar uma diminuição dos recursos hídricos, com impacto nos nossos modelos de consumo.
Um dos módulos interativos de Água – uma exposição sem filtro mostra-nos ainda que para produzir uma simples t-shirt são gastos 2500 litros de água.
Os garrafões estão empilhados num totem com oito metros de altura e vão-se iluminando à medida que o visitante seleciona alimentos e bens que fazem parte do seu dia a dia: uma barra de chocolate (1 700 litros), um bife (3 750 litros) ou uma resma de papel (5 000 litros).
Um futuro com água
A chave está na mudança dos nossos hábitos de consumo. Na última etapa da exposição somos convidados a assumir um compromisso com a água. O que estamos dispostos a fazer para que no futuro todos tenhamos acesso a este bem essencial?
Eis algumas dicas para evitar o desperdício de água:
- Fechar a torneira enquanto lavamos os dentes ou nos ensaboamos.
- Tomar duches rápidos em vez de banhos de imersão. Um duche diário de dez minutos – considerando uma família de quatro pessoas – pode implicar um gasto entre 7 200 a 33 600 litros por mês, dependendo da eficiência do chuveiro. Se demorar só cinco minutos, gasta apenas metade. Uma família com esta tipologia que adote essas medidas poderá poupar até 200 mil litros de água por ano.
- Reparar torneiras e autoclismos que pingam.
- Não deixar a água a correr enquanto lavamos a loiça à mão.
- Regar as plantas nas horas de menor calor e com a água de lavar os legumes.
- Lavar o carro apenas quando necessário.
Visitem Água – uma exposição sem filtro no Pavilhão do Conhecimento até setembro de 2022 e atrevam-se a tomar um duche em plena exposição. O museu fornece a toalha e o sabão!
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