Qual é o pai que não se preocupa com a educação do filho? Hoje em dia, assegurar que os filhos frequentam as melhores escolas é primordial para o futuro de uma criança. Como tal, o melhor é preparar as finanças.
Em 2016, 112.701 jovens matricularam-se, pela primeira vez, num curso superior. Se, para quem tem filhos, este cenário ainda está distante, significa que existe a possibilidade de se começar, desde já, a organizar o orçamento. Tendo-se mais margem de manobra para ir dando pequenos passos, apostar numa conta-poupança ou num depósito a prazo podem, desde logo, ser alternativas a pensar. Vejamos.
Conta-poupança e depósito a prazo: para quem ainda tem tempo para planear.
Como é que funciona uma conta-poupança? Imaginando que se abre uma conta com 0,5% de taxa de remuneração anual, na qual se colocam 50 euros mensalmente durante os próximos 10 anos, ao fim de um ano já se terão amealhado cerca de 4.440 euros (tendo já em consideração os incontornáveis 28% de impostos deduzidos).
Já o depósito a prazo consiste numa conta com uma taxa de juro cujo término é acordado de antemão. Nessa mesma conta deposita-se o valor que se entender e, findo o período determinado, recebe-se esse mesmo valor somado ao valor dos juros. Contudo, ao contrário da conta-poupança, não se pode mexer no dinheiro enquanto este estiver a render, para além de que compensa mais se o depósito for avultado.
Crédito formação: dos mais competitivos no mercado.
Alternativamente existem os créditos especializados para formação. Basicamente trata-se de empréstimos como quaisquer outros, mas com taxas bem mais reduzidas do que um empréstimo pessoal sem finalidade.
Pode ser utilizado para pagar as propinas do curso – seja uma licenciatura, mestrado, doutoramento ou qualquer outra formação –, bem como para a aquisição de material escolar (livros e afins).
Para quem pondera recorrer a esta solução para planear o percurso dos filhos, é preciso ter em conta vários aspetos para além das taxas. Vamos então por partes.
Regra geral, este é um empréstimo flexível no que diz respeito aos prazos de reembolso e ao montante financiado. Existem muitas alternativas no mercado: algumas instituições financeiras propõem ofertas diferentes, dependendo da finalidade específica para a qual se pretende usar este tipo de financiamento. Se o crédito for para formação executiva terá uma determinada taxa de juro, enquanto que se for para uma licenciatura, por exemplo, terá outra.
No caso de ser para estudar no estrangeiro, o número de ofertas disponível é mais reduzido e, por vezes, estas não seguem os mesmos moldes do crédito para utilização em Portugal.
No que diz respeito ao reembolso, aplica-se geralmente a modalidade de carência de capital: isto significa que é possível, no início do empréstimo, pagar apenas o valor referente aos juros, ficando-se com uma prestação mensal mais reduzida durante algum tempo. Às vezes, os bancos até permitem que este período se estenda durante toda a formação.
Perante tantas variáveis, nada como colocar as ofertas lado a lado e perceber qual é a que faz mais sentido.
Fazer uma pesquisa aprofundada é crucial.
Existem ainda os protocolos entre os bancos e as universidades, facto que convém ser sempre tido em conta. Talvez faça mais sentido optar por um banco em detrimento de outro se existir uma oferta decorrente de um protocolo que exista entre as duas partes.
A melhor solução depende do contexto da situação, mas uma coisa é certa: com a devida gestão financeira, o céu é o limite.
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