Para todas as famílias que estiverem a considerar esta opção, existem alguns aspetos a atentar para garantir que gerem eficazmente as suas finanças nesta fase.
Há alturas na vida de uma família em que, seja por que razão for, mudar de casa se torna uma necessidade. A família cresce, surgem oportunidades profissionais noutra cidade ou as vontades mudam, mas a verdade é que todo o processo de mudança é emocional e financeiramente exigente.
Pensar numa perspetiva de qualidade de vida
Uma casa no coração da cidade implica custos diferentes relativamente a uma mais afastada do centro. A habitação certa para cada família depende daquilo que pretende para a nova mudança: por um lado, estar perto de tudo é mais prático e facilitador no quotidiano. Não será um problema escolher uma escola, levar as crianças ao hospital se essa necessidade surgir ou até encontrar programas alternativos para passar tempo de qualidade em família ao fim de semana…
Por outro lado, algumas pessoas simplesmente não nasceram para lidar com a confusão das cidades. Esta questão é facilmente contornável. Afinal, o que não faltam são habitações nas zonas circundantes que são, regra geral, mais tranquilas, rodeadas de espaços verdes e locais para as abobrinhas brincarem e correrem à vontade.
Escolher o tipo de imóvel certo
A médio ou longo prazo, há que fazer a seguinte questão: planeia-se aumentar a família? Se sim, talvez faça sentido considerar-se a hipótese de mudança para uma moradia. Quem já tem filhos adolescentes deve sobretudo colocar a hipótese de eles saírem de casa algures nos próximos cinco a 10 anos.
O investimento numa nova casa deve ser pensado a longo prazo e, como tal, há que colocar em cima da mesa eventuais mudanças no futuro. A vida é muito imprevisível, mas convém sempre tomar decisões sustentadas nos planos que se tenha.
Se é para mudar, a máxima é poupar
A partir do momento em que se escolhe aquela que será a próxima casa, vem a última – mas não menos importante – parte do processo, que diz respeito a encontrar o financiamento certo.
Há dezenas de instituições financeiras em Portugal disponíveis para conceder crédito à habitação (ou parte dele, porque os bancos, por norma, financiam somente até 80% do valor do imóvel).
Cada uma oferece determinadas condições ao nível do spread, das taxas de juro e seguros incluídos que podem revelar-se muito confusos e que se refletem naturalmente no valor final a pagar pelo empréstimo (designado por montante total imputado ao consumidor).
Afinal, como decidir qual é a proposta mais vantajosa? O segredo está em comparar. Neste âmbito, é assim necessário compreender que existem fatores que condicionam os custos do empréstimo, os quais é preciso ter em conta para que se possam reduzir os custos, tanto quanto possível.
Por exemplo, e normalmente, os bancos exigem que se faça um seguro de vida associado ao empréstimo, o que representa um custo acrescido na prestação mensal que se paga ao banco. Todavia, não existe nenhuma obrigação legal de contratar o seguro que a instituição financeira sugere. Quem encontrar uma solução mais vantajosa numa outra seguradora, pode escolhê-la (mesmo sem mudar de banco) e poupar assim consideravelmente no crédito à habitação.
Do mesmo modo, os bancos oferecem, muitas vezes, produtos associados ao empréstimo que, quando subscritos, reduzem a mensalidade a pagar: é o caso de alguns seguros, da domiciliação do ordenado, da aquisição de cartões de crédito e/ou até da subscrição de um Plano Poupança-Reforma.
A mudança de casa pode ser um processo algo moroso e cansativo, mas com a família por perto e tomando as decisões certas tudo se torna mais fácil.
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