Nome: Mariana Gautier Cancela de Abreu
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Zona do país onde fotografa: todo o país
Tem filhos? De que idades?: Ainda não, mas estão dois a caminho.
Como é que a fotografia entrou na sua vida?
Desde pequena, eu acho. Os meus pais registavam quase tudo, os meus álbuns (de folhas pretas e cantinhos autocolantes) estão cheios de fotografias das várias idades e eu adoro folheá-los. Acho as fotografias mágicas: as cores, a escolha dos ângulos e dos momentos, a simplicidade dos ambientes, e parece que ao vê-las me lembro de cada um dos momentos: o meu nascimento em Moçambique (deitada na alcofa de palha forrada de tecido, o banho num alguidar azul…), depois a vinda para Lisboa (a 1ª pápa, em casa no parque a brincar, no jardim com as minhas primas da mesma idade…), depois veio o meu irmão e lembro-me especialmente de uma a olhar para dentro da alcofa e outra com ele ao colo muito orgulhosa. E depois mais velhos, a brincar sempre juntos, quase sempre na praia ou na quinta da minha avó. E foi continuando, com o nascimento das minhas cinco irmãs. Eram sempre fotografias muito naturais e muito caseiras, no sentido em que retratavam exactamente o que se estava a passar. É tudo isto que eu adoro na fotografia!
Em que momento decidiu que queria ser uma fotografa profissional e não apenas encarar a fotografia como um hobby?
Há uns anos decidi que tinha que repensar a minha profissão. Trabalhava na área financeira há 10 anos e a partir de certa altura, o tipo de trabalho deixou de me preencher. O problema é que não sabia o que gostava então de fazer e fui fazer uma formação avançada em desenvolvimento pessoal e profissional. Foi quando descobri a minha vocação e o que gostava verdadeiramente de fazer: estar mais envolvida com as pessoas, os bebés, essencialmente, e fui buscar o gosto antigo e escondido pela fotografia.
Um fotografo de famílias passa muitos fins de semana a trabalhar. Consegue manter um bom balanço entre a vida profissional e a vida familiar?
Até agora tenho conseguido com alguma facilidade. Existem sempre os eventos familiares em que às vezes não consigo estar mas vou gerindo. Vamos ver agora com a chegada dos bebés como vai ser. A mudança vai ser grande mas tudo se consegue quando se gosta do que se faz.
Grávidas, casais, recém nascidos, crianças, adolescentes, jovens… quais os seus motivos preferidos para fotografar e porquê?
Adoro fotografar bebés e crianças, são a minha perdição. São mágicos, espontâneos, divertidos, brincalhões, ternurentos, surpreendentes e muito naturais! E como é uma fase única e que não volta atrás, parece que tenho uma missão dentro de mim que não paro até que tenham tudo registado.
Que prefere: fotografia em estúdio, dentro de casa das famílias ou ao ar livre?
Prefiro em casa das famílias porque é onde estão todas as memórias e os cantinhos da família, e onde estão todos no seu ambiente, à vontade. Por exemplo, a sessão Bubble Bebé em casa é uma mini reportagem de um dia do bebé, condensado em 2 horas, a que chamo, sessão Anita mamã: onde fotografo o banho, a pápa, a brincadeira e depois no fim adormecem depois de tanta actividade seguida. E ao ar livre também gosto muito pq as crianças adoram: saltam, pulam, sobem às árvores, vão a correr até à água (na praia) e estão livres e felizes, e os bebés, curiosos com o ambiente, fazem caras lindas!
É importante as famílias prepararem alguma coisa para cada sessão? Devem trazer algumas roupas especiais? Que conselhos lhes costuma dar?
Sim, é importante escolhermos a hora do dia, conforme as idades, em que os/as bebés/crianças costumam estar mais bem dispostas. Para as roupas, sugiro que venham conforme o seu próprio estilo e não tentem vestir-se todos de igual se não costumam andar assim normal/, cores harmoniosas entre todos e não a logotipos que façam desviar a atenção do que é mais importante: a personalidade de cada um. Peço para trazerem uma manta e brinquedos como acessórios.
Se o dia estiver horrível ou as crianças estiverem em dia não, como gere isso – dá para marcar para outro dia?
Sim, claro. Na época do ano de mais chuva estamos sempre em contacto para reagendar a sessão. E se no próprio dia as crianças estiverem em dia não reavaliamos a sessão, mas realmente nunca aconteceu, temos conseguimos, eu e os pais, dar sempre a volta à questão. E há sempre uma surpresa que eu levo para dar às crianças para todos brincarem qd o não começa a aparecer.
Uma ideia gira para festas é ter photo booths, cenários e adereços para crianças e adultos se divertirem para a objectiva. Já experimentou? Que acha?
Só experimentei numa festa da Bubble sessions, realizada em parceria com outras marcas, em que o tema eram os Pequenos Índios e em que havia um cenário com uma tenda, almofadas com penas e indumentárias para todas as crianças, foi muito divertido e as crianças adoraram! E os pais, claro!
Tenho visto alguns workshops de fotografia de família e até já participei num. É útil aprender umas dicas para fotografar as crianças sem ficarem tremidas, escuras e sem graça nenhuma. Já organizou algum workshop?
Não, nunca. Não tenho muito jeito para ensinar, talvez um dia me lance nesse desafio.
E para as famílias da Pumpkin, tem algumas dicas?
Registem as várias idades e momentos vossos em família e sempre que possam contratem uma fotógrafa para que todos apareçam e para terem uma outra perspectiva de como estão em família (vão ver que vão ficar surpreendidos e que vão gostar!) porque é uma memória que fica para sempre tão boa e necessária para a nossa vida à medida que vamos crescendo.
Finalmente, pode mostrar-nos as suas fotos preferidas e dizer-nos porque têm tanto significado?
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