Especial Fotografia- Carina Oliveira Fotografia - Pumpkin.pt

Especial Fotografia- Carina Oliveira Fotografia

Especial Fotografia- Carina Oliveira Fotografia

Nome: Carina Oliveira

Website: http://www.carinaoliveira.pt

FB: http://www.facebook.com/CarinaOliveiraFotografia

Email: [email protected] 

Zona do país onde fotografa: Todas! Vivo em Guimarães mas desloco-me a qualquer zona do país. Para não implicar um grande custo extra para o cliente, tento sempre agendar várias sessões para a mesma altura, numa zona geográfica específica.

Tem filhos? De que idades? Sim. Um filho. O Hugo de 3 anos e 5 meses.

 

Como é que a fotografia entrou na sua vida?

A fotografia entrou na minha vida pelo simples facto de que sempre achei importante documentar a minha vida, ou pelo menos parte dela. Faz-me algum pavor pensar que daqui a uns valentes anos as memórias possam-se perder e vir a verificar que não deixei espalhadas algumas muletas para me ajudar a lembrar.

Na infância, era menina de diário escrito à mão e fechado à chaves, ao qual, sempre que possível, gostava de juntar fotografias para complementar os textos. Por tudo isto, a fotografia foi algo natural.

 

Em que momento decidiu que queria ser uma fotografa profissional e não apenas encarar a fotografia como um hobby?

Há precisamente um ano e meio atrás. Sempre gostei de fotografar, é um facto, mas não o fazia com muita frequência.

Há 7 anos atrás ofereceram à cara-metade uma máquina compacta digital que tinha algumas funções manuais. Foi o mote perfeito para voltar a fotografar e nessa altura fazia-o mesmo com bastante frequência.

Curiosamente, nunca tive tantas fotografias de mim própria como naquela altura, principalmente auto-retratos.

Há 4 anos atrás tive a oportunidade de explorar uma máquina reflex, a Canon 500D do meu irmão que na altura estudava na área do vídeo e da fotografia.

Fiquei apaixonada pelas possibilidades! Ele foi-me ensinando isto e aquilo e nunca mais quis dar-lhe a máquina de volta J. Meio ano depois, com o nascimento do nosso primeiro filho não resistimos a comprar a nossa própria máquina reflex.

Claro está, com um bebé recém-nascido só para mim e o dia todo, fotografar era imperativo. Ainda para mais tendo em conta essa vontade enorme de documentar a própria vida.

Criei inclusive um blog privado que conta a história dele, muito mais até através de imagens do que propriamente de textos.

Temos família que vive fora do país e eles agradecem imenso a proximidade que o blog permite. E assim a fotografia foi andando sempre comigo nos últimos anos, mas nunca, nunca mesmo, me passou pela cabeça a hipótese de a transformar em algo profissional.

Até há um ano e meio atrás, numa altura em que me encontrava sem um rumo, insatisfeita com o lado profissional da minha vida e se deu literalmente o clique “e que tal fazer disto algo mais?”.

Disse a mim mesma que pelo menos havia de tentar e não perdi tempo. Comecei por fotografar a bebé recém-nascida de um casal amigo, mas no final eles só permitiram publicar 3 imagens. Fotografei depois uma amiga e uma prima que estavam grávidas e pouco tempo depois os seus bebés recém-nascidos. Criei assim o meu portfólio e em Agosto do ano passado comecei a publicitar-me.

 

Um fotografo de famílias passa muitos fins de semana a trabalhar. Consegue manter um bom balanço entre a vida profissional e a vida familiar?

Sinceramente esse é o lado negativo deste trabalho, pelo menos para mim. Sou muita caseira, muito apegada aos meus e o fim-de-semana é o período em que todos estão normalmente disponíveis.

É verdade que com este trabalho, durante a semana, passo muito mais tempo com o meu filho que num emprego de oito horas fixas por dia. Costumo dizer que o meu filho é um privilegiado. Raramente entra na escolinha antes das 9h30 e raramente sai depois das 17h. E volta e meia, decido que passa um dia extra comigo.

Por isso acabo por compensar dessa forma. Já com o marido é mais complicado, apesar de também ele trabalhar muito tempo em casa.

No entanto, quando tenho sessões ao fim de semana, sempre que é possível, eles acompanham-me.

Enquanto estou a fotografar vão passear os dois e depois fazem-me companhia nas viagens. Quando isso não é possível, os fins-de-semana são um pouco mais tristes, e o miúdo sente a minha falta.

Mas acabámos por aproveitar esses dias para que ele conviva mais tempo com os avós ou com o tio. Faz programas diferentes e é sempre enriquecedor para ele que depois vem para nós cheio de histórias novas para contar.

 

Grávidas, casais, recém nascidos, crianças, adolescentes, jovens… quais os seus motivos preferidos para fotografar e porquê?

O meu motivo preferido são mesmo as crianças, a partir da idade em que já andam. As possibilidades são infinitas. São exploradores natos, curiosos sem fim, até mesmo pela máquina que eu levo na mão. São já vaidosos e gostam de se ver retratados.

Em segundo lugar vêm os recém-nascidos. É impossível não se derreter com eles, é impossível não ter saudades do meu próprio filho assim. O cheiro e o toque tão característicos… e depois tudo o que representam naquele instante… é maravilhoso observar uma família com o seu pequeno recém-nascido.

Os casais e as grávidas dão mais prazer registar quando já existe um filho ao colinho ou pela mão ;-).

 

Que prefere: fotografia em estúdio, dentro de casa das famílias ou ao ar livre?

Em primeiro lugar, sem dúvida fotografia com luz natural! Essa luz natural pode ser dentro de um estúdio improvisado para que funcione dessa forma, pode ser na casa das famílias ou ao ar livre. O tipo de luz é o principal factor para mim. Desde que a luz seja natural está tudo bem. Não tem que ser obrigatoriamente muita luz, fotografo com a luz disponível. É um desafio maior também.

Depois sobre o local, tendo escolha, em qualquer situação prefiro sempre o ar livre ou a casa das famílias.

Mas estamos a falar de fotografar famílias e de com essas imagens contar um pouco da sua história. Que melhor local existe para isso, do que a casa das pessoas? É lá que está grande parte da sua história. Cada canto, cada objecto é passível de contar uma história.

Não deixa de ser curioso o facto de raramente, excepção feita para o caso dos recém-nascidos, as pessoas escolherem dois locais ao ar livre. Confesso que quando defini a minha oferta, incluí dois locais, a pensar precisamente na casa das famílias + local ao ar livre favorito, e as pessoas acabam sempre por preferir fazer a sessão fora de casa. Já no caso dos recém-nascidos, adoraria fazer alguns registos no exterior e aí tenho a noção que dificilmente o conseguirei.

Claro está que num dia de inverno, não vamos colocar um ser tão pequenino assim exposto, mas em dias bons, essa era uma experiência que gostaria de realizar. Quem sabe um dia, numa casa de família que tenha jardim 😉

 

É importante as famílias prepararem alguma coisa para cada sessão? Devem trazer algumas roupas especiais? Que conselhos lhes costuma dar?

O primeiro conselho é que sejam elas mesmas. Mais uma vez refiro que o meu trabalho trata de retratar a vida das famílias, de contar um pouco da sua história. Por isso conselhos, tais como, tipo de roupa e etc., não são de todo meu hábito. Se me pedirem expressamente um conselho nessa área, as únicas coisas que digo é para evitarem camisolas/t-shirts com grandes estampados de marcas e afins e em caso de indecisão para optarem sempre pelo mais simples, isto no caso dos adultos. No caso das crianças pode fazer muito sentido vestirem uma t-shirt, por exemplo, do homem aranha, se essa é fase de vida daquela criança. E quem diz uma, diz duas ou três, para irem trocando. Mais tarde, quando olharem para as fotografias, de certeza que se irão lembrar dessa fase.

No caso da sessão ser feita ao ar livre, uma vez que não estamos no ambiente diário daquela família, costumo aconselhar a levarem alguns objetos que façam parte da fase em que a criança se encontra. Pode ser a sua história preferida, um brinquedo, um alimento ou até uma outra pessoa, um amiguinho, por exemplo. Podem ser esses exemplos todos até. Em último caso, se não servirem para mais nada, esses objectos irão servir para a criança se sentir mais no seu ambiente e a sessão ficar assim transformada em mais um passeio de família.

 

Se o dia estiver horrível ou as crianças estiverem em dia não, como gere isso – dá para marcar para outro dia?

Em qualquer uma das situações a sessão pode sempre ser adiada, sem qualquer custo para o cliente. Nunca me aconteceu uma criança estar em dia não. Aconteceu-me sim, casos em que as crianças eram mais tímidas, ou que se sentiam intimidadas com a minha presença, por ser uma pessoa estranha. Mas tenho sempre um truque na manga para estas situações e resultou sempre lindamente 😉

 

Uma ideia gira para festas é ter photo booths, cenários e adereços para crianças e adultos se divertirem para a objectiva.  Já experimentou? Que acha?

Ainda não tive a oportunidade de experimentar, mas acho a ideia gira como complemento a um registo mais descontraído. Por exemplo, num baptizado, realmente poderá ser uma ideia gira, mas sempre como complemento.

 

Tenho visto alguns workshops de fotografia de família e até já participei num. É útil aprender umas dicas para fotografar as crianças sem ficarem tremidas, escuras e sem graça nenhuma. Já organizou algum workshop?

Não, e não é algo que esteja nos meus planos para um futuro próximo. Mas não me faz qualquer confusão, dar essas dicas no fim de uma sessão, por exemplo. Nada exaustivo é claro, mas os princípios básicos são algo que posso passar aos pais de forma mais ou menos rápida e esclarecedora, num cafezito, no final de uma sessão.

 

E para as famílias da Pumpkin, tem algumas dicas?

Vivemos numa era digital e parece que já nos esquecemos da sensação que é pegar numa fotografia em papel e coloca-la numa moldura, ou levá-la na carteira. Com os telemóveis de hoje em dia já nem é preciso não é? Mas ainda assim aconselho a terem pelo menos uma parte das vossas memórias em papel. Não o digo pelos riscos de perda inerentes a tudo o que é digital, porque em formato papel existem outros riscos de perda também, mas sim pela emoção que é pegar nesse pedaço de papel que representa uma memória da vossa vida. E se acham que uma fotografia dos vossos filhos é linda, acreditem que ainda a vão achar mais bela em papel. Quase todos os meus serviços oferecem fotografias impressas precisamente pela importância que penso que elas têm. Já me aconteceu dizerem-me “Não preciso das fotografias em papel.”, no entanto, como não abdico de as entregar, entreguei à mesma e a reação do cliente quando as viu valeu bem a pena 🙂

Ainda sobre a questão das fotografias impressas, uma outra dica é terem as mesma em duplicado ou triplicado e distribuídas pela família. Tenho a certeza que os avós vão adorar recebê-las volta e meia como presente e assim, em caso de um dia por algum motivo as perderem, haverão sempre outras com a restante família.

Finalmente, pode mostrar-nos algumas das suas fotos preferidas e explicar-nos porquê?

 

Gosto desta foto pelo acto em si e pelo que representa. Amamentar um filho é dos actos mais lindos e mais íntimos que algum dia uma mãe poderá ter.

 

O meu filho a chorar depois de lhe termos dito que não podia andar mais uma volta no carrossel. Foi num dia de verão, na festa mais importante da aldeia onde cresci. Eu adoro registar os momentos em que ele chora. Fica tão lindo. Lembrar-me como ele era quando chorava é algo também importante para mim.

 

O meu primo e a sua primeira filha com 21 dias de idade. Foi a terceira bebé que fotografei para criar portfólio.

Esta imagem mostra um momento em que o pai pega na bebé para a acalmar contra o seu peito, pele contra pele.

 

Matilde, 15 dias de idade e “a minha” primeira bebé. Infelizmente não tive autorização para publicar muitas fotos dela.

Mas foi a primeira experiência feita com o olhar profissional.

 

 

Rita, 12 dias de idade e a segunda bebé que fotografei.

Esta imagem é umas das minhas preferidas de sempre! Aqui não há nada de premeditado, nada de ensaiado.

A mãe, passava a bebé ao pai, que a iria vestir depois. São estes momentos que mais gosto de registar. 

 

Mais uma imagem 100% espontânea. O beijo da tia na sobrinha.

Gosto mesmo muito desta imagem.

 

 

Rita, a “minha segunda bebé”, quase um ano depois da primeira vez que a fotografei.

Esta imagem tem muito significado para mim, precisamente pelo tempo que me faz entender que passou.

 

 

Novamente a Rita, no dia do seu baptismo. Numa única imagem estão representadas 3 gerações.

Mãe, filha e bisavó. 

 

A sessão com esta família foi das que mais prazer me deu fazer.

Houve uma enorme empatia e julgo mesmo que se criaram laços.

O filho, Gabriel, adora brincar com o pai aos aviões e também adora o boneco Nico que não larga.

Esta imagem conta tudo isso.

 

Das imagens de gravidez que mais gosto até agora no meu trabalho.

A mim transmite-me paz, calma, estado de graça.

Era precisamente isso que pretendia quando fiz o clique. 

 

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