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Mães Empreendedoras: Carolina Patrocínio

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A Pumpkin falou com a apresentadora de televisão, que nos contou tudo sobre a BabyLoop, o seu novo projeto. Carolina tem conselhos para quem quer começar o seu próprio negócio.

Acreditamos no poder das mulheres e na força dos seus sonhos. Acreditamos na possibilidade de fazer diferente, de quebrar os paradigmas e da reinvenção na e através da maternidade.

Por isso, a Pumpkin quer dar a conhecer projetos diferentes, nascidos da cabeça, coração e esforço de mães empreendedoras. Vamos dar voz a conceitos interessantes e úteis para famílias e ao mesmo tempo sublinhar o quão inspiradoras são estas mulheres que não desistiram da sua vida e das suas ideias mesmo depois do nascimento dos filhos.

A nossa entrevistada é conhecida de todos nós e uma força da natureza: Carolina Patrocínio, que lançou recentemente a BabyLoop, uma plataforma para compra e venda de materiais de puericultura.

A BabyLoop

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No mercado desde janeiro, a BabyLoop, plataforma online para compra e venda de artigos de puericultura, foi lançada por Carolina Patrocínio em parceria com a startup de Coimbra The Loop Co..

Com o desperdício a marcar a atualidade, a BabyLoop nasceu como uma opção socialmente responsável, que permite adquirir produtos com qualidade atestada por preços muito mais acessíveis. A marca tem também um cariz social vincado: o valor das vendas pode ser doado à Ajuda de Berço.

Nestes primeiros meses da sua fase piloto, a BabyLoop conta já com mais de 12 mil utilizadores registados, mais de 3000 produtos submetidos para avaliação e mais de 400 produtos que passaram no Controlo de Qualidade positivamente. Os números significam uma poupança de 40 mil euros para as famílias portuguesas e, aproximadamente, 3,5 toneladas de material reutilizado, que, assim, se traduz numa poupança concreta para o ambiente.

Carolina Patrocínio falou com a Pumpkin sobre o projeto!

Como é que surgiu a ideia de criar a BabyLoop?

As minhas filhas têm idades muito próximas – tive três crianças em quatro anos -, o que fez com que tivesse de ter muitos equipamentos em simultâneo, desde carrinhos, cadeirinhas, berços, etc, e que, agora que cresceram, também tenha acumulado muitos equipamentos que estão inutilizados e acabam por ficar a um canto.

E sabia que este não era um problema só meu, as minhas amigas e irmãs passaram pelo mesmo, então senti que faltava arranjar uma solução que fosse útil para todos. E foi esta necessidade aliada à minha vontade de abraçar um novo projeto fez nascer a BabyLoop. Nos últimos anos, estive muito focada na família e na SIC e agora senti que era o momento certo para avançar com algo diferente.

Há muitas pessoas com ideias boas na gaveta que acabam por nunca as concretizar, muitas vezes por não saberem como o fazer. Qual foi, para a Carolina, o “passo a passo” para dar realmente vida ao projeto? Começa-se por onde? Como foi o processo de definição do modelo de negócio?

 Eu tinha a ideia muito bem definida na minha cabeça, só não sabia bem como coloca-la em prática, porque nunca tinha feito nada do género, e também tinha consciência que ia precisar de ajuda, porque não iria conseguir fazer tudo sozinha, tendo de conciliar diferentes projetos com a vida familiar.

E assim foi: eu conhecia a Book in Loop, plataforma de reutilização de livros escolares, e até tínhamos amigos em comum, então, através desses amigos, apresentei-lhes o projeto e desafiei-os a virem comigo nesta aventura e a resposta não podia ter sido melhor.

Abraçaram o projeto desde o primeiro momento e com tanto entusiasmo quanto eu, pelo que senti de imediato que eram a equipa certa para avançar com a BabyLoop. Depois, o modelo de negócios já definimos juntos.

Como eles tinham um modelo muito bom e com resultados comprovados, o que fizemos foi adaptar esse modelo a esta nova realidade da puericultura. Curiosamente nenhum dos outros membros da equipa tem filhos, então eu dou os inputs mais familiares, dada a minha experiência, e eles dão os inputs de negócio.

Onde encontrar investimentos, apoios, parceiros e a equipa certa?  

Hoje, o ecossistema do empreendedorismo está cada vez mais dinâmico e isso significa também que há mais agentes a investir, sejam instrumentos públicos ou privados. Acredito que uma boa ideia, se realmente for boa e fizer sentido, se estiver bem estruturada e tiver um modelo de negócio capaz, consegue sempre encontrar eco e apoio para se tornar realidade.

Quanto à equipa, não há nenhuma regra de ouro ou receita. Pessoas com criatividade, capacidade de trabalho e jovens são na maioria dos casos boas opções. Mas mais importante: têm de acreditar da mesma maneira no projeto e sentirem-se parte dele. No caso da BabyLoop, foi tudo mais fácil, porque a equipa que desenvolve o projeto comigo já tinha criado a Book in Loop, por isso, conheciam bem as dinâmicas e os desafios deste tipo de projetos e acreditavam que a BabyLoop fazia tanto sentido como a Book in Loop.

Como é que a BabyLoop, ao funcionar como uma intermediária entre as famílias que querem comprar e vender, e assumindo para si a responsabilidade de fazer o transporte e os testes de qualidade, consegue ter retorno financeiro?

Se não conseguíssemos, o projeto não era viável. Tudo o descrito nesta questão é exatamente a nossa proposta de valor e é aquilo que nos diferencia – abrangemos todo o país e damos garantias de qualidade e facilidade. Assim, há uma margem do preço de venda que é nossa.

O desafio é criar escala, seja no transporte ou no controlo de qualidade, para que o custo por produto seja o mais diluído possível. É isso que nos permite ter preços competitivos e ainda assim sermos viáveis. Isto implica muito planeamento e assertividade. São estas as chaves do nosso modelo.

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Fotografia: João Portugal

Ao incentivar à economia circular como forma de proporcionar a mais famílias produtos de qualidade a preços acessíveis a BabyLoop revela também uma preocupação social. É uma das missões da loja, a de democratizar, de alguma forma, o acesso a bens “superiores”?

Sem dúvida. Sabemos que todos os pais querem dar o melhor aos seus filhos, mas também sabemos que a grande maioria dos pais não tem essa possibilidade, porque 30% da população portuguesa recebe o ordenado mínimo e mesmo o salário médio nacional fica-se pelos 887 euros, enquanto um kit básico de puericultura para os primeiros meses custa, em média, entre 920 a 2.130 euros.

A BabyLoop vem dar uma oportunidade a estas famílias de darem o melhor aos seus filhos mas de forma mais acessível, podendo poupar até 80% do valor dos equipamentos num ciclo total de compra e venda: por exemplo, num carrinho de gama média que custe 400 euros as famílias conseguirão poupar cerca de 320 euros se o comprarem na plataforma e, depois, o voltarem a vender quando já não lhes derem uso.

Qual é o grande diferencial da BabyLoop, em que se distingue a sua loja de outros sites com premissas semelhantes?

Apesar de a dinâmica aparentar ser semelhante a outras plataformas, na realidade o projeto é bem diferente. Não nos limitamos a ter uma plataforma para que as pessoas vendam e comprem, nós temos uma plataforma e cuidamos dos produtos para garantir que chegam com qualidade ao comprador e que servem na perfeição os seus propósitos.

Após recebermos o equipamento, ele passa por um criterioso processo de avaliação, depois por uma higienização e só depois segue para fotografar, antes de ser publicado. Estamos a falar de equipamentos que serão utilizados por crianças, pelo que, para nós, era essencial fazer este trabalho.

A par desta grande diferença, também há outras vantagens. Além de benefícios e promoções atribuídas pelos nossos parceiros, o trabalho conjunto com o Continente vem facilitar muito a venda: os vendedores não têm de se deslocar a pontos de encontro, basta que deixem os produtos num ponto de recolha numa loja Continente numa qualquer ida às compras. Não podia ser mais fácil.

 A Carolina como empreendedora, profissional e mãe

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A Carolina concilia a sua profissão de apresentadora de televisão com trabalhos de publicidade e, agora, empresária. Também já escreveu um livro. Sobra tempo para respirar (risos) e para a vida em família? Qual é o segredo para “chegar a tudo”?

Acima de tudo fazer-se aquilo que se gosta e ter uma equipa por trás que nos ajuda.

No caso da Carolina, que concilia o empreendedorismo com a sua profissão pública, quais são os grandes obstáculos e vantagens de ter um negócio próprio?

O maior obstáculo é que temos de estar bastante presentes, mas a maior vantagem é que tudo é à nossa imagem.

Se tivesse que dar 3 dicas rápidas a quem quer começar um negócio próprio, quais seriam?

  1. Ter um boa ideia;
  2. Fazer um bom estudo no mercado;
  3. Arranjar bons parceiros.

E como mãe, quais são os melhores conselhos que pode dar?

Acima de tudo, serem práticas e não se deixarem nunca anular pela maternidade.

Encontrar a BabyLoop e Carolina Patrocínio nas redes sociais

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Fotografia: Carolina Patrocínio

Acompanhem a vida de Carolina Patrocínio e da sua adorável família, Gonçalo, Diana, Frederica e Carolina, no Instagram. A BabyLoop também está presente nesta rede social no perfil babyloop.pt.

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