O respeito é essencial para uma dinâmica familiar saudável. Mas de que vale se não for mútuo? Preparámos algumas dicas para fomentar o respeito transversal.
No dia 2 de Agosto celebrou-se o Dia do Respeito pelos Pais. Decidimos tomar este pretexto para refletir sobre a forma como o respeito é transmitido no núcleo familiar e sobre como podemos melhorar a forma como o cultivamos.
Com a ajuda da Magda Gomes Dias (Mum’s The Boss e da Escola de Parentalidade e Educação Positivas) e da Inês Marques (Oficina de Psicologia), reunimos algumas dicas muito importantes para o cultivo do respeito mútuo entre pais e filhos. Fiquem a conhecê-las uma a uma e aproveitem para partilhar o infográfico nas vossas redes 🙂
Como fomentar o respeito na família?
Quando uma criança faz o que lhe pedem apenas para evitar repercussões negativas, tem medo. Por outro lado, se o faz porque valoriza a vontade de quem dá a instrução, é sinal de respeito. Os dois podem confundir-se, mas é essencial para uma vida familiar saudável perceber onde está o limite entre um e outro, e garantir que estamos a cultivar o segundo em vez do primeiro.
Como? Preparámos um infográfico com algumas dicas. Mais abaixo, podem ficar a a conhecer mais algumas ideias de comportamentos, atitudes e atividades para o fortalecimento das relações de respeito na família.

Mais ideias para cultivar o respeito familiar
A querida Inês Marques, Psicóloga Clínica e coordenadora da área infantojuvenil da Oficina de Psicologia, recomendou-nos algumas dicas extra. Podem encontrar algumas destas e muitas mais no seu livro, A Brincar Também se Educa.
Aventurem-se na construção de um brasão familiar!
Esta ideia passa por pegar numa cartolina ou outro suporte colorido e construir em conjunto um brasão que represente a vossa família! Depois de desenharem a estrutura geral do brasão, preencham-no com aquilo que cada um considera identificar a família. Podem escrever, desenhar, colocar fotografias – dêem asas à imaginação. O objetivo é conseguir agrupar neste projeto familiar imagens que transpareçam os valores que para vocês são mais importantes e que, de acordo com a psicóloga, funcionam como um escudo protetor para a união e bem estar da família. No final, acrescentem uma frase que funcione como lema familiar! Usem este projeto para decorar o vosso lar e relembrar-vos diariamente destes valores tão importantes.
Recorra a livros e histórias
Existem diversas histórias com “lições morais” embebidas, histórias que escondem alguns dilemas e que procuram a reflexão sobre determinadas questões. Normalmente, a criança pode conhecer o “lado do bom e do
mau”, identificando-se com as personagens e tendo a oportunidade de se tentar colocar no lugar de outras pessoas, imaginar-se nalgumas situações, antecipar reações e confrontar com a mensagem que a história passa.
Demonstre tolerância
Respeite a criança na mesma medida que exige respeito dela. Escute, olhe o seu filho nos olhos, baixando-se “à sua altura” e demonstre interesse genuíno por aquilo que ele tem para lhe contar. Em relação a outros adultos, e
principalmente quando o seu filho é um observador da situação, antes de criticar, mostre-se interessado por compreender o ponto de vista dos outros e realce a possibilidade de diferentes opiniões poderem ser igualmente válidas.
Ensine boas maneiras
Quando a criança começa a comunicar verbalmente ela estará pronta para aprender a dizer contextualmente “por favor” e “obrigado”. Mais uma vez, mostrar boas maneiras funciona melhor do que dar uma palestra sobre o tema ao seu filho. Use “por favor”, “obrigado” e “desculpe” regularmente, tanto no contacto com o seu filho, como nas interações com outras pessoas. A criança compreenderá que estas expressões fazem parte da comunicação habitual, no seio da família, assim como noutros contextos, passando a usá-las com naturalidade, sem ser necessário recorrer ao “faltou a palavra mágica”. A hora das refeições é, também, um bom momento para
ensinar algumas regras sociais, que fomentam a consideração e o respeito pelos outros: como usar os talheres, pedir para se ausentar da mesa, não falar com comida na boca, etc.
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