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Pai: vantagens da sua utilização!

Recomenda-se o seu consumo diário!

Eduardo Sá é psicólogo clínico, psicanalista, professor e escritor – e uma voz poderosa na quebra de tantas ideias pré-concebidas sobre felicidade, famílias, educação e amor. Partilhamos um texto seu com 15 pontos que realçam a importância de um pai presente no dia-a-dia das abobrinhas.


1. Mesmo que seja pouco chefe, o pai é o melhor amigo das crianças. É de fácil utilização, pode estar sempre á mão (em última instância, à distância de um clique), e tem um período de garantia ilimitado.

2. O pai é um brinquedo fácil de manusear, de acordo com as regras da CEE… E é recomendado para todas as idades.

3. O pai não deve ser guardado em local frio, hermeticamente fechado, e fora do alcance das crianças.

4. O pai pode ser desmanchado, por todas as crianças, porque a sua utilização é segura e a sua “montagem” é fácil… Mesmo sem manual de instruções.

5. O pai é ergonómico e deve ser acondicionado, sem cuidado, nos braços das crianças. Quanto mais intimidante o pai pareça mais rótulos de frágil deve ter.

6. O pai, quando faz birras, é um adversário temível e, às vezes, para não perder, torna-se o dono da bola. Nesses momentos, o pai não deve senão ser guardado em posição horizontal, porque fica mais ao alcance… dos ímpetos paternais das crianças.

7. O pai que não chora, que não “perde a cabeça”, ou que não brinca pode  ter “defeito de fabrico”… ou requer instruções quanto à sua melhor “utilização”.

8. O pai ‘rabugento’ é uma criança que nunca pôde dizer aos seus pais: «quando for grande faço tudo aquilo que quiser». De preferência, deve agitar-se… antes de se “usar”.

9. O pai que, quando joga, se deixa perder, não é pai, mas batoteiro. Deve ficar três vezes sem jogar.

10. Quando a mãe, em vez de ralhar, diz a uma criança: «vou dizer ao teu pai!», à escala dos pesos e das medidas das crianças, equivale a duas “tareias” (a ameaça temível da do pai, e a da consciência dolorosa de, em vez da mãe, ter uma irmã mais velha que quando está aflita chama pelo encarregado da educação).

11. O pai que se esforça por ser bom pai é esforçado… mas não é pai.

12. O pai que acha que as crianças só gritam (quando brincam) foi uma criança de controlo remoto. Deve ser reciclado no seu azedume e reconvertido na criança que não foi.

13. O pai sempre certinho está, geralmente, dentro do prazo de validade, mas requer alguns cuidados dos seus utilizadores, nomeadamente quanto ao perigo de explosão.

14. A infinita paciência das crianças é um ‘dadbag’ com que o pai, em geral, vem equipado. Em caso de colisão frontal é de extrema utilidade, e tem uma garantia anti-corrosiva que, provavelmente, pode ir até à adolescência.

15. O pai em excelente estado de conservação é pai à prova de choque e, ultrapassando todas as garantias, é pai para sempre (o que, em verdade, talvez seja a mais inestimável qualidade da sua utilização).

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