Haverá forma de durar para sempre?
Coube a Lavoisier a célebre frase de que “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Como se transforma, então, o amor depois dos filhos? O blog Paignificos fala-nos desta mudança – que não tem que ser má!
Estou certa de que assim é inclusive com o amor. E o nosso primeiro erro é negar isso. É esperar à partida que por entre febres e birras surjam ramos de flores. É esperar um jantar romântico após o primeiro recado do diretor de turma e por aí adiante. Tudo na vida tem um tempo. Tudo na vida tem a sua forma. E até o amor se transforma com o tempo. Com os filhos, além e depois deles.
Os filhos são a “prova de fogo” de cada casamento, de cada relação. Com eles surgem dificuldades inevitáveis e desafios intensos. Por muito tranquila que seja a criança, por muito estável que seja a a relação.
Mas são também o lugar comum dos corações. Depois dos filhos mais do que os sonhos, que entretanto terão ganho forma, ama-se essa dimensão que o amor tomou. O fato de ser conjunta, partilhada. Ama-se o caminho que se fez a dois, e depois a três ou a quatro. Amam-se as rotinas e as experiências. Valorizam-se os momentos.
E as borboletas na barriga dão lugar a lágrimas que caem pelo rosto no primeiro espetaculo de natal da creche. E não! Não deixamos de amar o outro, aquela metade que nos completou. E continua a completar. Não passamos a amar apenas os filhos. Mas os corações que outrora se contemplavam passam a morar no mesmo sitio e isso é também uma nova e valiosa forma de amor.
Os filhos transformam-se no amor.
Mas calma… Depois dele há que não esquecer aquele amor que lhes deu origem. Dar-lhe tempo e espaço. Mais do que marcar saídas, programas ou surpresas para fugir à rotina. É procurar dentro dela o que noutros tempos borboletava na barriga e palpitava no peito.
É esta a única forma do amor durar para sempre. Contemplando pormenores. A forma como adormece, o cheiro do perfume, o rodar da chave ao entrar em casa. Os pormenores que fazem daquela metade, a nossa. Quando conseguirmos isto, ficarão as memórias da paixão inicial. Mas não a desejaremos mais. Porque no fundo, ela continua lá, mas sob muitas formas diferentes.
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