Com o verão à porta, chegam as festas e para muitos as dúvidas em relação a levarem os filhos consigo.
Que as crianças gostam de festas, isso é bem verdade! Mas também é verdade que precisam de rotinas e de estar em locais onde se sintam seguras. Como equilibrar estes dois polos? A Conceição Pereira, do blog Amor d’3ducação, dá-nos algumas ideias.
A questão de levar ou não levar prende-se, essencialmente com dois aspetos: os pais desejam desfrutar, as crianças terão mil e uma razões para exigir atenção. Existirá compatibilidade de interesses? Ambos ganharão com a partilha destes momentos? Em alguns casos, sim, noutros será preferível ponderar é mesmo com alguma dificuldade deixar a criança em casa.
Para ajudar a decisão há que ter em conta:
– A idade da criança (até aos seis anos, é um caso a considerar);
– Os hábitos de rotina (higiene, alimentação e sono);
– O local, hora e duração da festa.
Será igualmente importante perceber se existirão outras crianças e espaços adequados para brincar. Sim, porque para uma criança, festa é sinónimo de brincadeira e diversão!
Se a decisão for “festa com elas” seguir uma lista deste género, será meio caminho andado para assegurar que tudo correrá às mil maravilhas:
– Explicar à criança onde vão e que comportamento esperam dela (reforçando que está mais crescida ou outro aspeto que relevante).
– Definir antecipadamente tarefas entre pais ou outros familiares/amigos, para que não se dê o típico jogo do empurra (a criança não vai gostar) ou que aconteça um acidente por falta de vigilância – quando há muita gente por perto, há probabilidades de acontecer.
– Não levar a criança com fome (evita algumas birras, em caso de alterações ou atrasos).
– Preparar mala com muda de roupa, chapéu e calçado confortável (pode acontecer sujar-se ou sujarem-na).
– Levar Kit SOS (toalhitas, protetor solar, repelente, termómetro e medicação para usar em caso febre)
– Não esquecer brinquedos/objetos pessoais. De preferencia escolhidos pela criança (ajudam imenso em momentos de crise).
– Evitar o recurso a tecnologias, pois limitam a interação da criança com o que está a acontecer à sua volta (estar sossegada não é sinónimo de bem-estar, nem um antídoto para alterações de humor e chamadas de atenção).
– Já no local da festa procurar ficar afastado de janelas, portas, escadas e equipamentos (a diminuição de estímulos sonoros e visuais, por norma, propiciam a calma e o auto-controlo).
Se, por outro lado, decidir não levar a criança é importante transmitir-lhe como tudo se irá passar (a conversa deve ser ajustada à sua idade e características individuais).
Parece complexo mas não é.
Afinal, festas com elas?
É mesmo uma questão de opção…
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