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Educar é orientar o voo!

pilares educação

Um dos aspetos imprescindíveis na educação é a necessidade de Disciplina, Coerência e Consistência.

A criança precisa conhecer bem os limites que a vida lhe impõe, para aprender a viver e atingir o seu potencial, ser um indivíduo completo e feliz. Conceição Pereira, do blog Pro@Educar, deixa-nos algumas reflexões sobre o papel dos pais na educação. 


Recentemente numa das minhas pesquisas, li uma frase que me ajudou a refletir sobre o papel dos pais na educação:

“Educar não é cortar asas, mas sim orientar o voo”.

Sem dúvida, assentou como uma luva. A ideia que pensei em partilhar é simples, mas é tão simples e óbvia, que por vezes parece-me que é desvalorizada ou sobreposta por mil e uma tarefas, ocupações ou interesses da realidade atual.

Qual a chave para uma educação bem-sucedida? Como nos devemos posicionar perante a criança? Persistir ou desistir? Ser pais dos nossos filhos significa que temos que os preparar para a Sociedade, certo? Nesta perspetiva, jamais devemos abdicar da responsabilidade que temos em mãos, assumindo-a na íntegra perante a criança e perante essa Sociedade.

Hoje em dia é perfeitamente perceptível se uma criança tem ou não tem pais presentes do ponto de vista educativo.

Para a criança é fundamental que os papeis de cada um estejam bem definidos, pois é a partir daí que ela se vai ajustar à realidade e desenvolver modelos, atitudes e estratégias comportamentais.

Outro aspeto imprescindível na educação de uma criança, é a necessidade de DCC (Disciplina, Coerência e Consistência).

A criança precisa conhecer bem os limites que a vida lhe impõe, para aprender a viver e atingir o seu potencial, ser um indivíduo completo e feliz.

O grande aliado nesta tarefa, é sem dúvida, o Amor.

Os pais e educadores devem mostrar à criança, por palavras e ações que a amam incondicionalmente, independentemente do seu comportamento. Sei que não é tarefa fácil, mas se tivermos bem definido o que pretendemos com a educação, vamos conseguir “separar as águas”, o que não invalida que se mostre à criança desagrado e zanga perante uma situação. Eu já ouvi e acredito que vocês também, pais colocarem em causa o amor pela criança, por um comportamento: “Se não vens para aqui, já não gosto de ti” ou “se não fazes o que te estou a pedir, vou-me embora e não volto”. Todos nós somos colocados em situações difíceis na nossa tarefa de educar, no entanto esta deverá ser uma regra de ouro, um ingrediente chave para que exista o sucesso desejado.

Como fazer um “plano de educação” que nos permita ultrapassar dificuldades e alcançar os nossos objetivos a curto, médio ou a longo prazo?

“Um plano disciplinar não é mais que um sistema que impõe limites à criança e que permite que esta tome decisões e que se torne responsável pelas suas escolhas ou comportamentos.” (Barnes, 1994)

Ao traçarmos um plano para o nosso filho, estamos a definir o que queremos e a assumir uma aliança parental

Ambos alinhados e comprometidos para a resolução de uma situação ou comportamento recorrente. A criança percebe a união e firmeza dos pais perante os limites ou as regras estabelecidas e vai reagir de forma diferente, vai querer tornar-se melhor. Digo-vos por experiência própria, funciona. Para toda a ação existe uma reação e nesta matéria, não é diferente.

Gostaria de partilhar muito mais convosco pois existem exemplos práticos, de como implementar um plano eficaz… no entanto, tratando-se de um artigo, deixo aqui algumas sugestões práticas:

– pais, conversem regularmente sobre os vossos filhos e escrevam objetivos que pretendam alcançar com a educação do vosso filho, ou o(s) comportamento(s) desajustado que pretendam resolver.

– Numa tabela de três colunas, escrevam a situação que pretendem resolver, na segunda a(s) estratégia(s) e na última o resultado alcançado. Esta tabela pode ser ajustada, caso se verifique essa necessidade.

– Falem com a criança, e de acordo com a idade, expliquem-lhe o plano e responsabilizei-na pela sua execução, com informação das vantagens do seu cumprimento. O reforço positivo é a melhor forma de compensar pequenas alterações ou esforços para a mudança, dando-lhe vantagens ligadas ao plano.

Nunca é tarde para começar… o segredo é mesmo começar!

Para esclarecimentos sobre o tema, envie um e-mail para [email protected]

 

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