Deixem-nas ser crianças.
Se ouve constantemente conselhos ou frases como “cuidado, não o deixes fazer isso, senão…”, então entenderá na perfeição este desabafo de Filipa Ferreira, do blog Sei Lá Eu Ser Mãe.
“Ai, que o menino suja-se!”
“Ai, que o menino cai!”
“Ai, que o menino chora!”
“Ai, que o menino aleija-se!”
“Ai, que o menino estraga!”
Ai, ai, ai que não me largam!
Deixem as crianças em paz, e deixem as mães serem mães! Deixem-se de palpites, e conselhos e avisos e histórias porque no final, todas fazemos o mesmo, aprendemos as mesmas lições e lidamos com as mesmas situações.
Deixem os miúdos sujarem-se, correr na lama, brincar na relva, apanhar insectos e comer areia!
Deixem-nos brincar com molas da roupa e tupperwares, ou tampas dos tachos mesmo que façam barulho. Logo se arruma!
Deixem os miúdos saltar, cair e esfolar os joelhos, arranhar as mãos e tropeçar nos próprios pés.
Deixem-nos espalhar o papel higiénico, brincar com a escova de dentes e espalhar creme no chão da sala!
Deixem que o vosso mundo se torne desarrumado, desordenado, barulhento e acima de tudo alegre e feliz!
O barulho e a desordem fazem parte da felicidade.
E se pelo caminho dermos umas quedas e esfolarmos uns joelhos. Assim seja.
Se esse é o preço a pagar pela cumplicidade de uma brincadeira entre mãe e filho, assim seja! Ficam as “marcas de guerra” mas não ficam sozinhas. Ficam gargalhadas, memórias e momentos felizes!
Deixem as crianças em paz! Deixem as crianças ser simplesmente crianças!
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