E quando os Avós sabotam as Regras dos Pais? - Pumpkin.pt

E quando os Avós sabotam as Regras dos Pais?

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De que vale criar limites se quando eles vão para casa dos avós são estragados com mimos? Saibam como resolver este problema.

Os avós são uma das melhores coisas do mundo: têm sempre colo, palavras carinhosas, doces na despensa e… formas de contornar as regras que os pais se esforçam tanto por impôr na vida das abobrinhas.

Não fazem por mal, a mas a verdade é que, por vezes, este conflito de orientações pode ter impactos negativos na educação das crianças e na sua capacidade de aceitar, respeitar e cumprir as regras. Como podemos, então, evitar que isto aconteça?

Leonor Colaço, Psicóloga Clínica da equipa infantojuvenil da Oficina de Piscologia, conta-nos como podemos compreender melhor esta tendência dos avós e garantir que todos os cuidadores podem educar a criança em harmonia.


O papel dos avós

Tornar-se avô ou avó coincide na maioria das vezes com uma fase da vida em que há mais tempo disponível e maior disponibilidade também do ponto de vista afetivo, condições ideais para apoiar no crescimento dos netos e desfrutar do convívio com estes, sem o stress associado à parentalidade.

Muitas vezes e sem terem plena consciência, os avós podem sabotar regras definidas com maior ou menor clareza pelos pais das crianças. Dessa sabotagem podem advir dificuldades no seio familiar, quer ao nível do relacionamento sobretudo entre os avós e os pais, quer até no desenvolvimento ou manutenção de problemas comportamentais nas crianças.

3 Estratégias anti-sabotagem

Quando os pais se deparam com dificuldades no comportamento dos filhos acompanhadas por verbalizações do tipo “em casa da avó eu posso fazer isto!” ou “mas o avô deixa…” perante situações em que deveria ter existido um limite, normalmente é ativado o alarme interno que diz aos pais que as regras que definiram caíram por terra graças aos avós.

Nestas ocasiões, pode-se gerar desconforto na relação com a geração mais madura e muitos pais sentirem vontade de diminuir o convívio entre avós e netos. Todavia, não tem que ser assim.

Empatia

Em primeiro lugar, cultivar a empatia e contextualizar a quebra da regra pelos avós pode ajudar os pais a refletir que tipo de ajustes a situação merece.

Em segundo lugar, é importante dialogar com os avós para que haja por parte destes um entendimento claro de que podem estar a criar ou a manter comportamentos problemáticos através de cedências, permissões ou outras formas de contrariar regras estabelecidas pelos pais.

Pode ser muito importante também definir em conjunto com os avós situações de exceção às regras estabelecidas.

Rotinas

A definição de rotinas o mais semelhantes possível, como terceiro passo, pode ajudar a estabelecer consistência entre aquilo que a criança pode fazer com os pais e o que pode fazer quando está com os avós – são exemplos a definição de horários para as atividades de lazer e as tarefas escolares.

Comunicar com os avós

É importante que na afirmação das regras dos pais juntos dos avós não haja lugar a ressentimentos e outros problemas de relacionamento, até porque as crianças podem entender que existe um ponto de discórdia e dar-lhe uma dimensão que não é a que deve ter.

A comunicação entre os pais e os avós deve ser assertiva e cuidada e permitir aproximar pontos de vista, tendo como pano de fundo a harmonia na família.

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