Psicomotricidade Instrumental e Relacional
Existem duas vertentes de intervenção na psicomotricidade: a psicomotricidade instrumental e a relacional. A psicomotricista Beatriz Pereira é a pessoa mais indicada para pôr isto em “miúdos” e explicar-nos as diferenças.
A psicomotricidade instrumental, também conhecida por funcional, tem o foco na cognição (capacidade para planear, a memória, a linguagem, a atenção, a capacidade de tomar decisões,…) e na motricidade (equilíbrio, tónus muscular, a coordenação motora, a motricidade fina, a lateralidade, a noção do corpo, a organização no espaço e no tempo,…).
Esta vertente de intervenção utiliza muito as situações-problema, os percursos, os jogos de desafio de forma a que a criança tenha oportunidade de expandir as suas competências cognitivas e motoras.
A psicomotricidade relacional tem um foco essencial na gestão emocional, na regulação de comportamentos, na adaptação a diferentes contextos. Utiliza muito o jogo espontâneo que permite à criança espelhar as suas emoções, o reviver de situações ou sentimentos e ao psicomotricista entender como a criança vive essas emoções, de onde vêm determinados comportamentos e como pode ajudá-la a regular as suas emoções e comportamentos de outra forma.
Tudo isto é estimulado com ambas as vertentes de intervenção da Psicomotricidade, a instrumental e a relacional, tornando uma mais valia a intervenção com o Psicomotricista pela sua abordagem global sobre o desenvolvimento humano: somos corpo, somos movimento, somos ação, somos emoção e comportamento.
Este artigo foi útil para si?