Para que serve exatamente a terapia da fala infantil? Em que situações em que ela é útil? Em que casos é que a terapia da fala é recomendada?
Esclarecemos todas as dúvidas, explicando em que é que consiste a terapia da fala e quais os casos em que ela é mesmo necessária.
O que é a terapia de fala? A terapia da fala é uma profissão pouco conhecida pela população em geral, originando mitos e ideias sobre as suas áreas e formas de actuação.
- O que é terapia da fala?
- Sinais de alerta: o meu filho precisa de terapia da fala?
- Que mais devem os pais fazer no caso de problemas de fala?
- Mito e factos da Terapia da Fala
- Código promocional Terapia da Fala Online para Famílias Pumpkin
O que é terapia da fala?
A terapia da fala apoia crianças e adultos que tenham problemas em comunicar, mas também pode ajudar quem tem dificuldades em comer, beber ou engolir. No que respeita à linguagem, nas crianças, esta terapia pode mesmo ajudar a prevenir problemas de aprendizagem.
Vocabulário reduzido para a idade, emissão ou troca de sons nas palavras, gaguez ou dificuldade em perceber o que é dito são, apenas, alguns dos sinais de alerta e que podem indiciar que a criança pode necessitar deste género de terapia. A terapia pode ter início antes mesmo da criança começar a falar.
Sinais de alerta: o meu filho precisa de terapia da fala?
É comum dizer-se que cada criança tem o seu ritmo de desenvolvimento, o que é absolutamente verdade. Porém, tal não significa que não haja sinais de alerta aos quais devamos estar atentos e reagir em função desses indicadores. Por exemplo, um bebé que não reage a sons, nem vocaliza, deve ser examinado por um médico.
Os sinais de alerta vão variando em função da idade da criança e dos marcos que é suposto ela ter alcançado em cada uma das etapas. Portanto, tomem nota dos aspetos a que devem estar atento, em função da idade do vosso filho.
Quando levar o vosso filho a um terapeuta da fala?
- aos 12 meses, ele/a não fizer gestos, como apontar ou acenar.
- aos 18 meses, ele/a preferir os gestos às vocalizações para comunicar e/ou tiver dificuldade em imitar sons e em perceber ordens simples.
- aos 2 anos, ele/a não disser frases ou palavras espontaneamente; usar apenas alguns sons e palavras de forma repetida; não seguir ordens simples; ou tiver um tom de voz rouco ou anasalado.
Qual a causa dos problemas da fala?
A origem dos problemas de fala podem estar associados à fisionomia da criança ou a problemas no cérebro.
O atraso na fala pode estar relacionado com complicações físicas, como freio da língua demasiado curto, por exemplo, ou com uma dificuldade de coordenação dos lábios, língua e maxilar. Nestes casos, também há habitualmente dificuldades em mastigar e em engolir.
Contudo, importa alertar que os problemas de audição também podem estar associados a atrasos na fala e na linguagem.
Diagnóstico de problemas da fala
O diagnóstico deste problema deve ser feito por um médico ou, logo, pelo terapeuta da fala. Só eles serão capazes de avaliar aspetos da fala, linguagem, comunicação e motricidade orofacial da criança. Nesse momento, são analisados aspetos como:
- linguagem recetiva (o que percebe);
- linguagem expressiva (o que diz);
- outras formas de comunicação (gestos, apontar, etc.);
- desenvolvimento do som;
- clareza do discurso;
- capacidade motora da boca.
O que os pais devem fazer no caso de problemas de fala?
Além de levarem o vosso filho ao médico/terapeuta, é importante aprender estratégias que ajudem a criança a ultrapassar os seus problemas no discurso ou na linguagem. Algumas dessas medidas são:
- comunicar com a criança, falando, cantando e imitando sons e gestos;
- ler, incentivando a criança a repetir os nomes das figuras ilustradas;
- reforçar o discurso e linguagem nas atividades do quotidiano;
- ter um discurso simples.
Nota: Usar com a criança um tipo de fala “à bebé” é prejudicial ao desenvolvimento da linguagem.
Os estudos evidenciam que tratar precocemente estas dificuldades na fala com terapia é a melhor abordagem para ultrapassar estes problemas e conseguir uma comunicação perfeita e adequada.
Mito e factos da terapia da fala
Com o propósito de desmistificar os mitos e factos da terapia da fala e sobre o desenvolvimento da linguagem, partilhamos 10 exemplos de mitos e factos, fornecida pela Ana Paiva- Terapeuta da Fala na Arte & Fala Porto e S. João da Madeira
Mito 1: “A terapia da fala é para as crianças que não falam bem.”
Podemos dizer que a terapia da fala não se limita à fala propriamente dita, como a designação da profissão indica. O terapeuta da fala pode apoiar crianças, adultos e idosos, nas mais variadas áreas de intervenção. De um modo geral temos a: linguagem, comunicação verbal e não-verbal, consciência fonológica, leitura e escrita, deglutição, motricidade, sensibilidade oro-facial, voz e fala.
Mito 2: “Não precisa de terapia de fala, isso com a idade passa e fala bem.”
Em alguns casos, isso acontece e a criança ultrapassa a dificuldade com a continuidade do seu desenvolvimento. Contudo, não é algo observável em todos os casos e esperar que tal aconteça, poderá agravar o problema e aumentar o atraso no desenvolvimento da linguagem.
Mito 3: “Os bebés prematuros começam a falar mais tarde.”
Os bebés prematuros que nascem saudáveis, geralmente, apresentam um ritmo de aprendizagem e desenvolvimento igual ao dos bebés que nasceram com o tempo de gestação completo (40 semanas). Apenas em casos de bebés prematuros, que ficaram com sequelas neurológicas ou físicas, poderão vir a ter dificuldades no desenvolvimento da linguagem. Nesses casos, o acompanhamento em terapia da fala é aconselhado.
Mito 4: “O nascer dos dentes atrapalha a fala.”
O nascimento dos dentes requer uma adaptação da língua, porém, esse processo é imperceptível à criança. Podem sentir dor e ficar irritadas com o aparecimento dos primeiros dentes, mas isso não significa que afecte o desenvolvimento da linguagem.
Mito 5: “A criança que não fala com 2 anos, tem problemas auditivos.”
Para ter a certeza, é aconselhável realizar um exame auditivo com um audiologista, pois a causa do atraso na linguagem poderá estar relacionado com a audição ou não. Poderá fazer uma avaliação com um terapeuta da fala, para melhor compreender o que poderá originar esse problema na criança.
Mito 6: “Antes dos 3 anos, não vale a pena fazer terapia.”
A intervenção do terapeuta da fala não se restringe a idades. O desenvolvimento da linguagem tem início na gravidez, porque o cérebro humano está “pré-programado” para a linguagem, O percurso dos bebés começa por uma fase pré-linguística em que as palavras ainda não são utilizadas. Assim, ao observar e interagir com a criança, o terapeuta da fala pode verificar se o desenvolvimento da linguagem decorre normalmente ou não, evitando alterações maiores e mais complicadas no futuro.
Mito 7: “Agora não fala, mas quando começar a falar diz logo frases completas.”
Conforme antes de começar a correr aprendemos a andar, também não começamos a produzir frases antes de conseguirmos dizer palavras isoladas. Por vezes, quando a inteligibilidade da fala da criança está comprometida, os cuidadores, família ou profissionais que cuidam da criança, poderão não entender que esta usa palavras com significado. Assim, os cuidadores acham que a criança passou directamente para a construção frásica porque, nessa fase, através do contexto, compreendem o que ela quer transmitir.
Mito 8: “ Ele é preguiçoso, quando quer diz o som sozinho mas não o diz nas palavras.”
É normal que a criança consiga repetir determinado som quando lho pedimos, mas não o pronuncie correctamente em palavras. Não é uma questão de “preguiça”, mas sim um hábito que a criança adquiriu e que agora terá de substituir pela forma correcta. Poderá precisar de apoio para aprender a produzir o som correctamente, para depois passar a produzi-lo em palavras seguindo uma linha de dificuldade gradual.
Mito 9: “Quando a gaguez aparece na infância, torna-se crónica.”
A disfluência fisiológica, conhecida como gaguez, é comum até aos 5 anos de idade e tende a desaparecer com o desenvolvimento da criança. Tal acontece por consequência do processo de aprendizagem que a criança está a passar, isto é, o seu pensamento poderá ser mais rápido que a capacidade de produzir as palavras que quer transmitir.
Mito 10: “A terapia da fala é para os gagos e sopinhas de massa.”
A terapia da fala intervêm em casos de gaguez e de sigmatismo (“sopinha de massa”), contudo essa é apenas uma pequena parte daquilo que o terapeuta da fala faz. Os profissionais desta área podem se especializar numa destas alterações de fala, trabalhando só com casos desse género. No entanto, a maioria não se restringe apenas a uma área.
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