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Os adolescentes também querem colo!

adolescentes querem colo

Muitas vezes, temos por hábito olhar para os adolescente numa de duas perspectivas, ora fechados sobre si próprios, ora explosivos e insolentes.

Quando pensamos um adolescentes, devemos lembrar-nos que ser adolescente é ter um conjunto de experiências pela primeira vez, todas ao mesmo tempo, é explorar o mundo, o corpo e os outros tudo ao mesmo tempo. A Escola do Sentir reforça-nos por isso a importância de os aconchegarmos também numa fase em que parece que não querem – é quando mais precisam.

Se fizermos o exercício de nos lembrarmos da última vez que fizemos alguma coisa pela primeira vez, sabemos que existe sempre alguma ansiedade, alguma reticência, não porque não queiramos o novo, mas porque, entre outros fatores, perdemos o sentido de previsibilidade que nos dá segurança.

Um adolescente experiência com frequência esta sensação. E, por isso mesmo, podemos dizer que tem borboletas na barriga, a cabeça na lua e os pés na terra, tudo ao mesmo tempo.

O cocktail da adolescência implica que muitas vezes, se tornem ambivalentes e, por isso, muitas vezes quando olhamos para os adolescentes achamos que eles não querem comunicar  connosco e dar de si.

No entanto, os adolescentes – como quase todos nós – querem um colo onde encontrem cumplicidade e compreensão e um lugar onde possam dar espaço às suas vitórias e às suas dores. Mas, aquilo que se passa com os adolescentes – de novo, como a muitos de nós –  é que, têm a sensação que ninguém parece compreende-los. E esta sensação é absolutamente castradora e toldada de uma certa solidão.

 Para conseguirmos dar esse colo a um adolescente e trazê-lo para junto de nós, é importante seguirmos alguns passos:

Em primeiro lugar, muitas vezes, na ânsia de nos aproximar-mos do mundo dos adolescentes, temos tendência a bombardear os adolescentes de perguntas que só tendem a aumentar a sua confusão.

Por isso, mais do que os pais fazerem perguntas, devem procurar compreender, traduzindo por palavras aquilo que os filhos estão a vivenciar, criando pontes de cumplicidade.

Em segundo lugar, por vezes, olhamos para os adolescentes como se fossem uma ‘bomba relógio’ pronta a explodir e acabamos por nunca tocar em assuntos essenciais para evitar a explosão,  e isto nunca é bom, portanto não deixe nenhum assunto ‘debaixo do tapete’.

Em terceiro lugar,  perante o conflito muitas vezes ficamos demasiado presos à procura de quem teve a culpa, o ideal é afastar-se da culpa e, em conjunto com o seu filho, procurar a solução.

Em quarto lugar seja claro, diga a verdade, desta forma fortalece a relação e a confiança com o seu filho.

Em quinto lugar, evite comparar o seu filho com os irmãos ou com os amigos, como quem lhe mostra que os outros são capazes de conversar e ele não, isso só vai fazer o seu filho sentir-se inferior, incapaz e aumentar a vossa distância.

 Por último, é essencial dar espaço ao seu filho para que possa conquistar gradualmente a sua autonomia, a sua liberdade e a sua exploração do mundo.

No fundo, não nos devemos esquecer que atrás de um adolescente há sempre um sem fim de sonhos e oportunidades e que os adolescentes apesar de ‘crescidos’, precisam de colo ao mesmo tempo que precisam de espaço e de limites definidos.

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