O desenvolvimento infantil: O que esperar a partir dos 3 anos - Pumpkin.pt

O desenvolvimento infantil: O que esperar a partir dos 3 anos

Oficina de Psicologia ensina-nos quais as mudanças ao nível do desenvolvimento infantil a partir dos 3 anos.

O desenvolvimento do ser humano é ininterrupto, gradativo e obedece a uma certa ordem e regularidade. Desde a conceção até à maturidade, há um paralelo no desenvolvimento do organismo, do cérebro e do comportamento.

Aqui iremos analisar o desenvolvimento infantil desde os 3 anos de idade atéé ao momento em que a criança entra na escola primária, altura em que a família enfrenta desafios claramente diferentes.

Dos 3 aos 4 anos:

  • Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para os adultos

  • Utiliza bastante a imaginação: início dos jogos de faz-de-conta e dos jogos de papéis

  • Sabe o nome, o sexo e a idade

  • Começa a ter noção das relações de causa-e-efeito

  • É bastante curiosa e inquiridora

  • É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria

  • Tem dificuldade em cooperar e partilhar

  • Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo com outras crianças

  • É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo

  • Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro

  • Começa a reconhecer os seus próprios limites, pedindo ajuda

  • As opiniões dos outros acerca de si própria assumem grande importância para a criança

  • Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva

  • Utiliza ameaças verbais extremas, como por exemplo “Eu mato-te!”, sem ter noção das suas implicações

  • Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança

  • Imita os adultos

  • Começa a distinguir o certo do errado

 

Dos 4 aos 5 anos:

  • Adquiriu já um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um grande interesse pela linguagem, falando incessantemente

  • Tem uma curiosidade insaciável, fazendo perguntas

  • Distingue fantasia e realidade

  • Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva acerca dos seus companheiros

  • Gosta de imitar as atividades dos adultos

  • Está a aprender a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro

  • Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar

  • Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros

  • Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores

  • Os seus estados emocionais alcançam os extremos (Ex. é desafiante e depois bastante envergonhada)

  • Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo

  • Tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se maioritariamente em fazer o que está certo

  • Pode culpar os outros pelos seus erros

 

Dos 5 aos 6 anos:

  • Grande interesse pelas palavras e linguagem

  • Segue instruções e aceita supervisão

  • Capacidade para memorizar histórias e repeti-las

  • Copia os adultos

  • Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças, manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo

  • Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá por vezes mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis

  • Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão

  • Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar

  • Aprecia conversar durante as refeições

  • Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebés

  • Está numa fase de maior conformismo, sendo que critica aqueles que não apresentam o mesmo comportamento

  • Maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dos outros

  • Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair, de cães ou de dano corporal

  • Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, chuchar no dedo, etc.

  • Preocupa-se em agradar aos adultos

  • Envergonha-se facilmente

É clara a evolução das crianças num curto espaço de tempo. A interação do adulto com a criança começa logo no seu nascimento, o qual se torna indispensável para a evolução da sua personalidade e das suas capacidades de interação social.

As crianças tomam os adultos mais próximos como uma referência, adotando os seus valores, hábitos culturais e modelos de comportamentos, sejam eles positivos ou negativos.

Até atingirem a maioridade, as crianças/adolescentes precisam de orientação de um adulto, situação que é mais significativa se falarmos de crianças até aos 6anos de idade.

Assim, compete aos adultos proporcionar às crianças um clima emocional estável e dinâmico, que lhes permita interagir com outras crianças e assim desenvolver as suas capacidades de interação social.

Compete ainda ao adulto orientar a criança para que ela mais tarde tenha autonomia, responsabilizando-a, deixando-a expressar-se e viver novas situações e desafios.

Concluímos, assim, que a maneira como o adulto interage com a criança vai determinar o adulto que ela vai ser no futuro.

 

 

Natália Antunes – Psicóloga

Oficina de Psicologia

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