O papel da Mediação Familiar na manutenção dos laços afetivos entre pais-filhos.
Ainda que o divórcio se apresente como um período difícil, de emoções conturbadas e de sofrimento, cabe aos progenitores, pai e mãe, garantir aos seus filhos que o amor por eles não termina com o fim da relação a dois. Cabe a estes progenitores assegurar que pai e mãe vão continuar a ser “pais”, mesmo depois da separação. Cabe a estes pais garantir que a família perdura para além do divórcio do casal, promovendo-se para isso a manutenção do contacto dos filhos com ambos os progenitores, bem como a qualidade da relação pais-crianças e dos afectos.
Não obstante, desempenhar este novo papel de pais fora do casamento ou da relação a dois, não é fácil e é algo que os progenitores terão de aprender, um pouco cada dia em cada fase do processo de separação. Os ex-cônjuges precisam aprender a deixar de se relacionar enquanto casal e funcionar enquanto pais separados, mas unidos no projeto comum de educar a criança de uma forma positiva.
A forma como os pais decidem pôr termo à sua relação de casal, também irá ter um impacto nas relações familiares. No processo judicial normalmente encontramos um ganhador e um perdedor, sendo os filhos envolvidos nesta batalha muitas vezes de ódio e conflito exacerbado.
Enquanto forma alternativa de resolução de conflitos, a Mediação Familiar tem um importante papel em proteger os filhos e em manter os interesses da criança no divórcio. A Mediação Familiar consiste na ajuda/intervenção (confidencial) de uma terceira pessoa, neutra e qualificada, o Mediador Familiar, que irá ajudar a resolver os conflitos familiares visando um acordo entre as partes.
A Mediação facilita a comunicação entre os pais sobre a educação e futuro dos filhos. Os pais são ajudados a manter o seu papel de pais e a separar as suas decisões e preocupações como pais, dos seus sentimentos de raiva, revolta e tristeza enquanto ex-cônjuges. A Mediação Familiar procura atender aos principais interesses das crianças e os pais são ajudados a concentrarem-se nas necessidades e sentimentos do seus filhos.
As famílias que recorrem à Mediação procuram acima de tudo assegurar que a responsabilidade parental não termina com o divórcio (ambos os progenitores continuam presentes na vida dos filhos e participantes activos nos cuidados, tarefas e práticas educativas) e que é importante porem-se de acordo, tanto quanto possível, sobre as decisões respeitantes às crianças.
A ruptura do casal não implica necessariamente o fim da família, nem o deixar de ser pai ou mãe.
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Caso procure ajuda de um Mediador entre em contacto com a Red Apple ou visite a página do Gabinete de Mediação Familiar da Red Apple no facebook.
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