A Oficina de Psicologia ajuda-nos com sugestões para criar crianças autónomas, capazes de fazer as melhores escolhas:
“Como em quase todas as questões que dizem respeito à educação de uma criança, é muito ténue a linha entre o excesso e a falta de autonomia. De facto, podemos encontrar, em cada família, convicções muito particulares acerca deste tema.
Não é um tema novo. É, sim, um tema que cada vez mais vai preocupando pais e educadores. Com as exigências crescentes que os pais enfrentam, chega a preocupação em educar crianças aptas a tomar decisões e corresponder aos desafios do futuro.
Mas, como promover autonomia? Como promover autonomia e independência de forma saudável?
Ficam alguns aspetos a ter em conta:
– Dar segurança. Um ambiente seguro promove crianças autónomas e independentes, sendo que as situações de separação têm um papel fundamental neste processo. Mas, estas situações devem ser introduzidas de forma gradual.
É fundamental compreender as necessidades da criança e acolher os seus receios de forma positiva e tranquilizadora.
– Colocar desafios. É importante colocar desafios à criança. Pequenos desafios, no início. Tardes passadas longe dos pais, em que a criança sabe que, no final do dia, voltará para junto deles. Tempos depois, a dormida em casa de um amigo, por exemplo.
O importante será sempre estar atento e perceber se os desafios estão adequados aos medos e receios da criança.
– Deixar cometer erros. É de extrema importância que a criança aprenda que qualquer ato tem uma consequência associada. E, para isto, terá que cometer erros e tomar decisões menos satisfatórias.
Sempre que ajudar a criança a compreender as consequências dos seus atos, ao invés de simplesmente a proibir, estará a prepará-la para fazer escolhas mais ajustadas.
– Pedir ajuda. Pedir ajuda à criança em pequenas tarefas e solicitar a sua opinião sobre alguns assuntos, resultará num aumento do sentimento de aptidão e competência. Sentir-se-ão mais capazes e reconhecidas pelos seus feitos.
Relembramos, crianças independentes e autónomas, mais facilmente se tornaram adultos igualmente autónomos e capazes de escolher.
Inês Carvalho – Psicóloga Clínica Oficina de Psicologia
Equipa Mindkiddo – área infanto-juvenil da Oficina de Psicologia
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