A campanha presidencial de Donald Trump foi marcada por comentários ofensivos aos mais diversos grupos minoritários. Mulheres, negros, a comunidade LGBT, muçulmanos, veteranos de guerra, obesos – todos foram alvo do escárnio sem filtro do candidato a Presidente norte-americano. Para as crianças que acompanharam as notícias, é natural que a eleição de Donald Trump para presidente lhes traga muitas questões. À distância que a Geografia nos permite, mas na consciência de que esta é uma decisão que a todos afeta, a Pumpkin traz um guia que ajuda a refletir sobre a eleição de Donald Trump. Tentamos encontrar uma solução que conjugue os valores que queremos transmitir aos nossos filhos e a mensagem que a eleição de um Presidente racista, xenófobo e machista traz ao mundo.
É inevitável pensar que o mundo mudou. Acordou diferente a 9 de Novembro de 2016. Tudo o que podemos fazer, é fazer o que está ao nosso alcance para o tornar melhor. E ter esperança num amanhã mais feliz, em paz, para os nossos filhos. Mas como? Sublinhando como urgente a necessidade de pensar diferente, de sermos bons, de defendermos valores de inclusão e de os passarmos às futuras gerações.
1. Se acha que é errado, diga aos seus filhos que é errado. Não deixe que a eleição de Donald Trump promova nos seus filhos a dúvida. É normal que se questionem. O pensamento das crianças funciona pela lógica: se tanta gente votou nele, é porque concordam com aquilo que Trump defende. E se tanta gente concorda, isso significa que estão certos. Mas estarão mesmo? Se a sua opinião é contrária, não hesite em dizê-lo ao seu filho, e justifique a sua posição com argumentos fáceis de entender.
2. Simplifique, mas não diminua o problema. É natural que as crianças não tenham noção política nem entendam as possíveis consequências da eleição de Donald Trump. Tente fazer o paralelo com situações que lhes são conhecidas. Pode dizer-lhes, por exemplo, que Donald Trump ataca as minorias, e que isso é tão grave como a situação daquele menino que uma vez ridicularizou outros meninos por serem gordinhos.
3. Promova a empatia e a solidariedade. Não só pelas minorias – não devem deixar de ser amigos de algum coleguinha pela sua cor de pele, por exemplo – mas também pelos americanos, num geral. Muitos são os que votaram contra e que agora se sentem tristes. Nem todos acham que os mexicanos são maus, nem todos pensam que as meninas são menos importantes e fortes do que os meninos. É importante nesta altura ter consciência de que não se combate o ódio promovendo o ódio, e sim o amor. E por isso mesmo, em última analise, devemos promover a empatia até por Trump: dar-lhe uma oportunidade de provar que estamos errados.
E se não estivermos?
4. Não prometer que amanhã vai ser melhor. E sim mostrar-lhes que há vários momentos da nossa história em que homens com as ideias de Trump estiveram no poder, e que mesmo assim o bem acabou por vencê-los.
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