Aprender a crescer - Pumpkin.pt

Aprender a crescer

Aprender crescer

O Barrigas de Amor e Olhar – Associação pela Prevenção e Apoio à Saúde Mental explicam-nos a importância que a relação entre pais e filhos tem no desenvolvimento e no crescimento da criança.

A boa educação emocional entre pais e filhos é como a plantação de uma árvore. Desenvolve-se numa relação feita através de uma atenção específica, onde o tempo é o maior companheiro.

A árvore como um filho, para crescer saudável, precisa primeiro de uma terra fértil. Depois de quem cuide dela e, em simultâneo, um ambiente favorável, onde o sol – as alegrias -, a chuva – as desilusões -, o frio – “aquele” feitio – e o calor – as surpresas -, contribua para o seu desenvolvimento. Encarar a educação de um filho como um trabalho de jardinagem, pode ser o princípio básico de uma grande tarefa.

Ninguém gosta de ver um jardim mal tratado, desprezado. Assim sendo, olhar para um filho, como um jardim que não fica suspenso em lado nenhum, é dar-lhe as condições naturais, para que ele se desenvolva em si mesmo, a partir da disponibilidade emocional espontânea mas responsável dos pais.

No início, os pais como jardineiros, terão que preparar o terreno, arrancando todas as ervas daninhas; e só depois de criadas as condições ideais, permitir que as raízes façam o seu trabalho. Todas as árvores têm um porte próprio, uma beleza só sua.

Um filho, também cada um à sua maneira, tendo um bom cultivo, desenvolverá a sua personalidade, onde passado e futuro se entrelaçam no presente e onde, as mãos e as palavras atentas e cuidadoras dos pais, servirão como faróis de realidade emocional.

No geral, uma árvore demora tempo a crescer; parece que não temos uma percepção exata do seu desenvolvimento; num filho, é o contrário, o tempo é muito veloz, e tudo acontece rápido demais.

E nesta passagem de tempo, muitas vezes, são os pais que se esquecem de acompanhar e compreender o seu próprio crescimento para a maturidade, ocupados que estão com o desenvolvimento dos seus filhos.

Mas, o crescimento dos filhos não pode colidir com o envelhecimento natural dos pais. Se isso acontecer, há algo na comunicação emocional entre todos que fica por dizer. E. o que não for dito, sejam em palavras, atos ou intenções, irá “plantar”, algo que causará turbulência na relação entre todos e fará deste jardim, um lugar algo desencantado e difícil de ser habitado.

Carlos Céu e Silva – Psicólogo clínico e Presidente da Olhar

Associação pela Prevenção e Apoio à Saúde Mental

 

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