A Oficina de Psicologia traz-nos algumas sugestões uteis para ajudar as crianças a adormecer e a dormir tranquilos e sem interrupções.
A partir do final do 1º ano de vida, a maior parte das crianças já dorme a noite inteira.
Mas, bem sabemos que, não poucas vezes, este sono é bruscamente interrompido. Os responsáveis por este fenómeno poderão ser os pesadelos, os terrores noturnos, as alterações de rotina ou acontecimentos inesperados e angustiantes.
Pedir ao corpo para adormecer significa pedir-lhe que relaxe de tal forma que os sensores de alerta ao perigo fiquem quase inativos.
Ora, isto só será possível (ou até razoável) quando temos a certeza que os riscos que corremos são mínimos. Precisamos de nos sentir seguros e tranquilos. Confiantes de que tudo estará igualmente calmo e tranquilo quando acordarmos. Com as crianças, o mesmo se passa.
Foquemo-nos nos “monstros debaixo da cama!” que aparecem subitamente e deixam a criança muito aflita e amedrontada.
Ou pensemos naqueles “vilões” que aparecem nuns “sonhos maus e assustadores!”.
Embora não os vejamos, é importante que possamos compreender que, naquele momento, para aquela criança, os monstros e os vilões existem.Estão lá e são assustadores.
Se for mais fácil, podemos pensar que também os adultos têm noites menos tranquilas. Muitas vezes acordam sobressaltados por qualquer preocupação. Também aqui, o corpo dá um sinal de alerta que nos faz despertar.
Mas, como podemos tornar o sono dos “pequenos” mais tranquilo?
Bem sabemos que, entre vidas agitadas, o final de dia resulta num período de cansaço extremo (para pais e filhos).
A comunicação sai prejudicada e, na tentativa bem-intencionada de procurar o momento de descanso, nenhuma estratégia parece funcionar.
Então, deixamos algumas sugestões que podem ser úteis:
– Estabelecimento de rotinas ao deitar. Pode ser importante criar uma sequência de tarefas, repetidas diariamente, na aproximação ao momento de adormecer (vestir o pijama, ir à casa de banho, lavar os dentes, contar uma história – por exemplo). Isto criará uma sensação de previsibilidade na criança que lhe permite tranquilizar-se.
– Preparação do momento de adormecer. As atividades/tarefas escolhidas devem ser pouco estimulantes. O corpo precisa de, progressivamente, ir relaxando.
– Sintonia e tranquilidade entre os pais. Embora o cansaço possa dificultar esta tarefa, é importante que a criança se sinta num ambiente tranquilo e seguro.
– Importância da escolha das histórias. Histórias que passem uma mensagem tranquilizadora ou de resolução de “situações perigosas entre monstros e vilões dos sonhos maus” darão à criança uma maior segurança.
– Luz de presença e porta entreaberta. Deixar uma luz de presença no corredor possibilita que a criança perceba que os pais estarão por perto caso precise e que o quarto é um lugar seguro onde pode ficar.
Inês Carvalho
Psicóloga Clínica
Equipa Mindkiddo – equipa da área infanto-juvenil da Oficina de Psicologia
Também vos pode interessar:
- 31 músicas de embalar (e outras canções para adormecer o seu bebé!)
- Terrores noturnos: o que são, como reagir e prevenir!
- Está na hora de o meu bebé dormir: o que devo fazer?
- Quantas horas de sono o bebé deve dormir?
Este artigo foi útil para si?