Muito se tem falado deste conceito tentando perceber-se aquilo que estaÌ certo ou errado, sendo algo que causa alguma insegurança aos pais, que tentam fazer o melhor que podem e que sabem.
Todos sabemos naÌo soÌ pelas nossas experieÌncias, como pelos relatos que ouvimos de familiares e amigos, que perante a mesma situaçaÌo muitos pais agem de formas diferentes.
Por vezes parecemos alquimistas experimentando isto e aquilo juntando em ensaios tudo o que saÌo os nossos ingredientes, tentando criar a foÌrmula maÌgica de resoluçaÌo de problemas.
NaÌo existe no entanto uma estrateÌgia infaliÌvel, haÌ regras baÌsicas que nos demonstraram serem as mais eficazes, mas como cada adulto eÌ uÌnico e cada criança eÌ diferente de todas as outras, qualquer regra deveraÌ ser adaptada aÌ situaçaÌo concreta sendo o bom senso um ingrediente imprescindiÌvel.
Cada pai educa o melhor que sabe e pode e naÌo se devem fazer comparaçoÌes com outros pais ou com outras crianças, pois estas podem traduzir-se em frustraçoÌes tanto para estes como para elas.
No processo de educaçaÌo, a persisteÌncia seraÌ um dos fatores de maior relevaÌncia para se conseguir alcançar os nossos objetivos e deveraÌ traduzir-se num processo de aprendizagem feito de avanços e recuos. Por isso eÌ importante naÌo desanimar e nem desistir nesta aÌrdua tarefa, cada um deve confiar nas suas capacidades e nas potencialidades do seu filho.
Costuma-se dizer que as uÌnicas pessoas que acham que eÌ faÌcil educar uma criança saÌo as que naÌo tiveram nenhuma, e faz parte do processo de aprendizagem estarem sempre a testar os limites, a desafiar regras tentando perceber onde termina a sua liberdade e começa a autoridade. O grande trabalho da disciplina passa pelo investimento na prevençaÌo numa foÌrmula essencial de 90% de prevençaÌo e 10% de puniçaÌo demonstrando-se que aquilo que fazemos tem consequeÌncias que podem ser boas ou maÌs. NaÌo devemos esquecer que naÌo haÌ crianças nem pais perfeitos, eÌ importante conhecer o temperamento dela, o seu grau de desenvolvimento e de maturidade. Quanto mais velha ela for, mais difiÌcil seraÌ mudar o que estaÌ mal, por isso, o melhor eÌ começar jaÌ.
Quanto a noÌs pais, eÌ fundamental sabermos quais saÌo os nossos pontos fortes e os nossos pontos fracos, quais as nossas limitaçoÌes, quais os aspetos com os quais sabemos lidar melhor, e quais os que lidamos pior, e quais os momentos em que devemos pedir ajuda.
E naÌo se esqueça, tambeÌm faz parte do papel de ser pai ou maÌe frustrar os seus filhos, eles naÌo podem ter tudo o que querem ou comportar-se sempre da forma que desejam. EÌ importante estabelecer limites pois as crianças precisam deles para se sentirem seguras.
O nosso papel eÌ ensinaÌ-las a lidar com as frustraçoÌes e naÌo a evitaÌ-las.
O grande objetivo naÌo eÌ soÌ termos uma criança obediente, eÌ termos crianças capazes de estabelecer os seus proÌprios limites e as suas proÌprias regras, emocionalmente estaÌveis possuidoras de valores fundamentais, e capazes de tambeÌm elas virem a educar os seus proÌprios filhos sendo adultos felizes integrados na sua famiÌlia e comunidade.
Maria de FaÌtima Ferro
PsicoÌloga Educacional e PsicoÌloga CliÌnica FormaçaÌo Profissional em EducaçaÌo Parental
Este artigo foi útil para si?